O índice utilizado para corrigir a maioria dos contratos de aluguel no Brasil, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), se manteve em alta iniciada há cerca de um ano e já subiu mais 0,6% no mês de junho. Com a variação fica expresso a desaceleração em relação ao salto de 4,1% registrada no mês passado (maio).
Através dos novos índices de variação divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (29), o índice acumula uma alta que chega aos 15,08% este ano, totalizando um aumento de 35,75% nos últimos doze meses.
Resumidamente falando, o impacto será gritante aos inquilinos que pagam aluguel. Por exemplo, um inquilino que pague R$ 1.350 de aluguel terão que pagar agora R$ 1.832,62, ou seja, um aumento de R$ 482,62 no pagamento do mesmo imóvel que mora.
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Para que o cidadão não seja amplamente prejudicado com o reajuste, especialistas da área recomendam que a renegociação do aluguel aconteça diretamente com o proprietário do imóvel.
De acordo com André Braz, coordenador da FGV, a desaceleração do IGP-M ocorre com a combinação relativa à valorização do real bem como o recuo dos preços das commodities (matérias-primas) sendo cotadas em dólar.
“A combinação fez o grupo matérias-primas brutas cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado. Com este movimento, a taxa do IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo] registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%”, afirmou André Braz.
Diferença de indicadores
Frente a uma diferença entre os indicadores, algumas imobiliárias passaram a usar a inflação oficial para reajustar os novos contratos de locação. O deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP) propôs uma proposta de reforma à Câmara de Comércio, mas isso vai contra os interesses de shoppings e instituições financeiras administradoras de fundos imobiliários.
O governo também se opõe à mudança proposta por entender que se trata de uma “intervenção estatal indevida”. A avaliação é que o uso do IPCA para reajuste vai levar a muita judicialização, com isso, grande parte dos contratos não seriam renovados, fazendo com que o valor médio do aluguel possa subir.
Conteúdo por Jornal Contábil, com informações R7
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