Americanas: dois anos depois de anúncio de fraude, minoritários cobram responsabilidade do Conselho
Ao entrar em recuperação judicial as lojas Americanas precisaram fechar 29 lojas e cortar 5 mil postos de trabalho desde o início do ano.
Agora, a varejista possui 1.851 unidades. No início do ano eram 1.880 lojas. Os dados são dos últimos relatórios de monitoramento do administrador judicial da empresa.
O número de funcionários também caiu, agora a empresa está com 5.025 trabalhadores. Só para você ter uma ideia, quando as lojas Americanas entraram em recuperação, possuía 43.123 funcionários. Mas no mês de maio, o número caiu para 38.098.
Os desligamentos incluem demissões por iniciativa da empresa e por iniciativa do funcionário.
Outra bomba que caiu no meio financeiro das Americanas, foi a perda de cerca de 3,2 milhões de clientes. A base de clientes ativos da varejista foi de 48,3 milhões em janeiro para 45,1 milhões em abril.
Em janeiro deste ano, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, após a revelação de um rombo bilionário em seus balanços. A dívida atual das lojas Americanas está estimada em R$ 40 milhões.
O plano de recuperação judicial da varejista prevê a venda de uma série de ativos.
Existem outras decisões por parte das lojas Americanas. Entre elas, vender sua participação no Grupo Uni.Co, dono das franquias Imaginarium, Pucket, Mind e LoveBrands, marcas que vendem itens para casa, presentes, moda e acessórios e da rede Hortifruti Natural da Terra.
Americanas S.A. (anteriormente Lojas Americanas S.A. e B2W Digital S.A.) é uma holding brasileira que atua principalmente no segmento de varejo. Fundada em 1929 em Niterói, no Rio de Janeiro pelo austríaco Max Landesmann e pelos americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger.
Em 2015, era a quarta maior empresa varejista do país, segundo ranking do IBEVAR, caindo para quinta colocação em 2022, com 32,2 bilhões de reais de faturamento anual.
Em 2023, após a divulgação controversa de passivos até então não reconhecidos, ingressou com pedido de recuperação judicial citando dívidas superiores a R$ 40 bilhões.
Em janeiro de 2023 uma análise preliminar apontou um déficit estimado em 20 bilhões de reais nos balanços da empresa, que, segundo fato relevante divulgado pela mesma, não teria efeito caixa. Após a divulgação do fato, os CEO e CFO da empresa pediram demissão depois de nove dias no cargo como diretores estatutários.
No dia 13 do mesmo mês, o juiz Paulo Assed Estefan do Rio de Janeiro concedeu proteção à Americanas contra vencimento antecipado de dívidas, atendendo ao pedido das empresas do grupo, dando fôlego para a empresa enfrentar uma crise sem precedentes após ter anunciado um rombo contábil de R$ 43 bilhões.
No dia 14, o credor BTG Pactual, que possui R$ 1,9 bilhão a receber da varejista, impetrou recurso contra a tutela de urgência concedida à Americanas.
Com o agravamento da crise, a Americanas passou a demitir funcionários e encerrou seu serviço de televendas. No dia 9 de fevereiro, a empresa anunciou aos shoppings que não irá pagar o aluguel de suas lojas físicas. É o primeiro calote da empresa.
Nesta sexta-feira (26), a loja Americanas informou que fechou sua unidade no Shopping Plaza Sul, empreendimento da Aliansce Sonae + brMalls, em São Paulo (SP).
Segundo a empresa, o encerramento das atividades foi por motivos de litígio que envolve divergência por parte do centro de compras sobre o processo de recuperação judicial da companhia.
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