O dólar iniciou o dia de forma hesitante no mercado doméstico, oscilando entre tendências de baixa e alta. No entanto, posteriormente, o real registrou uma leve valorização, em parte devido à reversão para baixa das taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (T-Note 10 anos) e dos títulos de longo prazo (T-Bond 30 anos) em Nova York. Esse movimento reflete a reação dos investidores à divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos na quinta-feira, 26.
O rendimento dos T-Note de 10 anos caiu para 4,928%, em comparação com 4,940% no final da tarde de quarta-feira, enquanto o T-Bond de 30 anos registrou 5,062%, ante 5,074%.
Os investidores estão absorvendo os seguintes dados econômicos dos EUA:
- A primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos apontou um crescimento anualizado de 4,9%, superando as expectativas (que eram de 4,5%) e o desempenho do segundo trimestre (que foi de +2,1%).
- As encomendas de bens duráveis aumentaram 4,7% em setembro em comparação a agosto, superando as projeções (que eram de +1,5%).
- Os pedidos semanais de auxílio-desemprego subiram 10.000 na semana, atingindo 210.000, em linha com as previsões.
Leia também: 10 Mulheres Mais Ricas Dos EUA
Aqui no Brasil, os ajustes no câmbio refletem o alívio após a aprovação do Projeto de Lei (PL) dos Fundos pela Câmara dos Deputados na quarta-feira à noite, bem como a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro.
O PL dos Fundos foi aprovado na Câmara com 323 votos a favor, 119 contra e uma abstenção. Espera-se que o PL auxilie o governo no cumprimento da meta de déficit fiscal zero no próximo ano, com previsão de arrecadação de cerca de R$ 18 bilhões em 2024. Além disso, o Senado também aprovou na quarta-feira o PL que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, e o texto agora aguarda a sanção presidencial.
Leia também: Procurar um advogado de Imigração é 1º passo para quem quer viver nos Estados Unidos
No entanto, o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano a longo prazo e o fortalecimento do dólar no exterior contribuem para um cenário de volatilidade no mercado cambial brasileiro.
Os investidores locais também estão atentos à desaceleração do IPCA-15 de outubro, que registrou um aumento de 0,21%, após uma alta de 0,35% em setembro. É importante notar que a difusão do IPCA-15 aumentou para 47,14% em outubro, ante 41,69% em setembro. Isso indica a proporção dos 377 subitens do indicador que apresentaram aumento de preços no período. Além disso, os serviços aceleraram para 0,63% no IPCA-15 de outubro, em comparação com 0,53% em setembro, enquanto os preços administrados desaceleraram para 0,27%, após 1,54% no mês anterior.
No cenário internacional, o euro registrou uma queda adicional em relação ao dólar após o anúncio do Banco Central Europeu de manter as taxas de juros inalteradas, interrompendo uma série de dez aumentos consecutivos.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Nos siga no
Google News
Participe do nosso grupo no
WhatsApp