A renomada publicação científica “Nature” relatou nesta quarta-feira (10) que os resultados do ensaio clínico em humanos para o desenvolvimento de uma vacina contra o câncer de pâncreas foram considerados ‘promissores’ apesar de um ‘sucesso limitado’.
O novo tratamento consiste em uma vacina que visa melhorar a resposta imunológica do paciente ao tumor, sendo classificada como uma forma de imunoterapia, assim como a maioria dos imunizantes em teste. Seu objetivo é impedir que o câncer retorne, cresça ou se dissemine.
A vacina está sendo desenvolvida pela empresa alemã de pesquisa BioNTech em parceria com a Genentech, dos Estados Unidos, e é baseada na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) – a mesma usada para o imunizante contra a Covid-19 desenvolvido pela BioNTech e Pfizer.
O estudo se concentrou no tipo de tumor chamado adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC), que é responsável por mais de 90% dos casos de câncer pancreático.
Infelizmente, apenas cerca de 10% dos pacientes com PDAC conseguem sobreviver por dois anos após o diagnóstico.
O tratamento descrito tem como objetivo fortalecer as defesas naturais do corpo contra as células cancerígenas, utilizando proteínas produzidas no corpo ou em laboratório para treinar o sistema imunológico do paciente a identificar e destruir as células causadoras da doença.
De acordo com ensaios clínicos de fase 1, metade dos 16 participantes do estudo que passaram por cirurgia para remover tumores desenvolveram células T após receberem o tratamento.
Segundo a Nature, as células T têm potencial para reconhecer células cancerígenas e impedir sua reaparição.
Entre os oito participantes do estudo que apresentaram resposta imunológica detectável, não houve evidência de recorrência do câncer 18 meses após a cirurgia, enquanto o tempo médio de recorrência foi de 13,4 meses entre os pacientes que não responderam ao tratamento.
Embora os resultados sejam promissores, ainda há um longo caminho a percorrer na busca por novos tratamentos contra o câncer.
Para esta vacina, os próximos passos incluem a realização de ensaios clínicos de fase 2 e 3 antes que o imunizante possa ser submetido às agências reguladoras e, posteriormente, chegar ao mercado.
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O câncer de pâncreas é um tipo de câncer que se desenvolve no pâncreas, um órgão localizado atrás do estômago que é responsável por produzir hormônios como insulina e glucagon, bem como enzimas digestivas.
O câncer de pâncreas é considerado uma doença grave devido à sua tendência a se espalhar rapidamente e causar sintomas tardios.
Os tratamentos disponíveis incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia, mas a taxa de sobrevivência a longo prazo ainda é relativamente baixa.
O câncer de pâncreas é predominantemente do tipo adenocarcinoma, que se origina no tecido glandular e afeta principalmente a cabeça do órgão.
Por ser difícil de detectar e agressivo, tem alta taxa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 1% de todos os casos de câncer diagnosticados e 5% das mortes causadas pela doença no Brasil.
É raro antes dos 30 anos e mais comum a partir dos 60, com uma incidência que aumenta com o avanço da idade e é mais significativa em homens.
Fonte: Vacinas personalizadas de neoantígenos de RNA estimulam células T no câncer de pâncreas
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