Com um ano de pandemia, sabemos dos impactos nas finanças pessoais. O cenário da doença tem se agravado muito nos últimos dois meses e junto com as incertezas vieram ainda mais medidas restritivas, que já levam ao aumento do desemprego.
Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro traz dicas para os brasileiros conseguirem um respiro diante de tanta incerteza e instabilidade financeira.
A instabilidade e até a ausência de uma política pública, junto da necessidade do isolamento tem gerado queda de renda e desemprego para muitas pessoas, e esses são fatores que comprometem muito o bem-estar financeiro.
Para a especialista, o tema quando não cuidado impacta a saúde física e psicológica das pessoas, além de agravar o cenário de desigualdade social, como também demonstrou o índice que avaliou o desenvolvimento sustentável de mais de 700 cidades brasileiras, divulgado na última semana pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com a ONU.
“A organização da vida financeira é uma das bases do tripé para promoção de bem-estar, mas é preciso lembrar que é comum enfrentarmos diversas crises ao longo da vida, e para passar bem por estes momentos difíceis é necessário buscar um estilo de vida saudável. ”, comenta Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro.
De acordo com um estudo do CFPB (Órgão de Proteção ao Consumidor Financeiro dos Estados Unidos), o bem-estar financeiro pode ser definido como um estado de estar no qual as pessoas:
- Têm controle sobre as finanças do dia a dia, mês a mês;
- Têm a capacidade de absorver choques financeiros;
- Estão no caminho para atingir seus objetivos financeiros;
- Têm liberdade financeira para fazer escolhas que lhes permitam aproveitar a vida.
É importante ressaltar que não existe relação direta entre bem-estar financeiro e renda, mas há uma relação ao significado que se dá ao dinheiro e a forma que se relaciona com ele.

“O bem-estar financeiro também não é algo binário, ‘tenho ou não tenho’, é uma escala que pode ser mais positiva ou negativa, de acordo com o que: eu conheço sobre planejamento financeiro; como eu aplico na minha realidade o que conheço sobre finanças pessoais e qual atitude diária eu tenho com o dinheiro. ”, explica a Toyama.
De acordo com a especialista, é necessário buscar hábitos no cotidiano que desperte a consciência de poupar e entender que mudança de comportamento é algo gradual. Muitas vezes as pessoas não seguem seu propósito por conta da indisciplina financeira, e por isso, acabam abrindo mão de sonhos, justamente por não sobrar dinheiro no final do mês.
“Para melhorar de vida precisamos procurar ajuda e perder o medo de encarar as finanças. Começar com pequenos hábitos e fazer suas escolhas a partir da sua realidade, faz muita diferença.
Você pode e é capaz de mudar algumas coisas para impactar positivamente em seu bem-estar financeiro, afinal já sabemos que imprevistos acontecem. ”, afirma Rebeca Toyama.
E para auxiliar os brasileiros neste desafio, a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama, elaborou 5 dicas para se promover o bem-estar financeiro de forma positiva:
- Planeje um estilo de vida alinhado com seus valores pessoais e sua realidade financeira, encontre formas para garantir qualidade de vida sem comprometer suas finanças pessoais;
- Preste atenção nas suas emoções, autoconhecimento é muito importante, pois sem ele raramente conseguimos promover as mudanças comportamentais necessárias para ter os resultados necessários;
- Tenha objetivos e escolha os caminhos para atingi-los, guardar dinheiro por guardar é muito mais difícil do que ter disciplina para realizar um sonho pessoal ou de uma pessoa querida;
- Faça um orçamento familiar, seu saldo bancário ou seu patrimônio é o resultado de uma série de escolhas que quando feitas em conjunto e com antecedência trazem melhores resultados;
- Controle suas finanças diariamente, dinheiro é um recurso limitado, como suas 24 horas por dia, portanto, demanda organização. Lembre-se que nossas atitudes no presente trarão resultados no futuro, se positivos ou negativos, dependerá de você
Por Rebeca Toyama
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