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Bovespa – 2019 e histórico: Veja as maiores altas e baixas

Dentre todas as bolsas do mundo, uma das mais promissoras é a brasileira. Nos últimos 5 anos, houve uma expansão dos investimentos, o número de clientes pessoa física na bolsa alcançou a marca de 1 milhão, sobrevivemos ao fatídico dia Joesley-day (quando foram divulgados áudios de conversa entre Joesley Batista, um dos controladores da JBS, e o então presidente Michel Temer) e a diversas crises e tensões políticas.
Ainda assim, mesmo com todos estes acontecimentos, a bolsa se valorizou mais de 95% nestes últimos 5 anos.
Por isso, a Bolsa de Valores hoje é um ambiente propício a rentabilidades expressivas, porém requer muita cautela, paciência e dedicação. Mesmo em um cenário otimista, muitas empresas tiveram atuação inferior ao previsto, e quem “apostou” em uma perspectiva que não se concretizou pode não ter tido sucesso em um primeiro momento.
Mas, investir na Bolsa requer resiliência. O ano ainda não terminou, e é bem provável que ainda teremos boas oportunidades pela frente.
E para guiá-lo em todos os acontecimentos, neste artigo você verá um compilado sobre o Ibovespa e a própria bolsa:
- Maiores altas do Ibovespa no 1º semestre: CSN, JBS, Qualicorp, MRVE e Sabesp.
- Maiores baixas do Ibovespa no 1º semestre: Braskem, Ultrapar, B2W, Cielo e CVC.
- As ações destaque fora do Ibovespa e como performaram: Forjas Taurus, Banco Inter, PetroRio e Guararapes.
- Maiores altas e baixas do Ibovespa no 1º trimestre.
- A evolução do Ibovespa nos últimos 5 anos: batendo a marca dos 100 mil pontos.
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Maiores altas e baixas Ibovespa 2019 – 1º semestre
Nesse primeiro semestre de 2019, a bolsa brasileira apresentou altos e baixos, com a volatilidade que alguns investidores tanto gostam e utilizam para ganhar dinheiro, fechando com uma alta expressiva de +14,88%. O quadro político foi o marco, com a reforma da previdência, que demorou mas foi aprovada, enquanto a evolução do cenário econômico apresentou um desempenho mais abaixo do esperado.
Mas, nem tudo foi um mar de rosas. Entre março e abril, enquanto o mercado precificava que o texto da PEC da Previdência seria muito desidratado – ou seja, a economia não seria tão robusta assim – e só seria acordado após o recesso parlamentar de julho, o Ibovespa retratou o seu pior desempenho. O cenário externo também foi bastante conturbado, com o acordo comercial entre EUA e China ganhando notoriedade e impactando diretamente as projeções de crescimento mundial.
Apesar disso, nos últimos dois meses as articulações de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos deputados, foram cruciais para a aprovação da reforma da previdência. O Ibovespa superou novamente os 100 mil pontos e encerrou o semestre com as expectativas renovadas.
Veja agora quais foram os impactos desses acontecimentos e as ações com as maiores altas e quedas do Ibovespa neste semestre.
Maiores altas Ibovespa
Conheça as 5 ações do Ibov que mais subiram neste 1º semestre:
Empresa | Código | Desempenho |
CSN | CSNA3 | +98,32% |
JBS | JBSS3 | +83,11% |
Qualicorp | QUAL3 | +78,20% |
MRVE | MRVE3 | +61,74% |
Sabesp | SBSP3 | +50,06% |
- CSN – o destaque começa por CSN (CSNA3), a maior alta do 1º semestre de 2019. A incrível valorização de +98,32% foi motivada tanto por fatores externos quanto internos da empresa. O aumento do preço do minério de ferro contribuiu para um melhor desempenho da companhia, movimento que se iniciou em janeiro e somente em julho apresentou algum tipo de desaceleração. Os números internos também superaram as expectativas do mercado. A empresa tem como um de seus grandes objetivos se desalavancar financeiramente, ou seja, diminuir sua dívida, e vem conseguindo cumprir o cronograma proposto.
- JBS – em segundo lugar temos as ações da JBS (JBSS3), com uma alta de +83,11% no período. O surto da doença febre suína africana dizimou uma quantidade expressiva de porcos na China, um dos principais importadores dessa proteína, elevando consideravelmente o preço da carne. Com um preço mais elevado, os números da empresa foram impactados positivamente, e atualmente a empresa se encontra em uma situação mais equilibrada em termos de negócio.
- Qualicorp – as ações QUAL3 ficaram em terceiro lugar, com alta de +78,20%. A empresa apresentou problemas de governança corporativa no ano passado, mas conseguiu superar essa dificuldade e performou bem neste início de ano. A companhia atua no setor de saúde, e este apresentou evolução considerável, principalmente quanto ao números de beneficiários. Vale destacar os bons números operacionais que a Companhia apresenta e sua constância de pagar bons dividendos, o que reforçou a alta do papel.
- MRV – na penúltima posição do TOP 5 de maiores altas do Ibovespa se encontra a construtora MRV (MRVE3), com valorização de +61,74% no 1º semestre. O mercado de construção cívil performou muito bem, principalmente ligado ao segmento de baixa renda. Possíveis alterações no Programa Minha Casa Minha Vida, que devem ocorrer ainda em 2019, podem impactar e catalisar a performance do papel.
- Sabesp – por último, mas não menos importante, encontra-se a Companhia Sabesp, empresa estatal de saneamento básico que atua em São Paulo, com alta de +50,06% nesses primeiros seis meses. A constância de bons números operacionais, somado com as expectativas de privatização, impulsionaram o valor das ações. Destaca-se também a reestruturação do setor de saneamento básico, onde o governo se inclina a incentivar os investimentos privados, que reforçam a ideia de alienação da empresa.
Estes valores são surpreendentes, mas é importante lembrar que essa rentabilidade passada não é garantia de uma rentabilidade daqui pra frente. Por isso, para tomar decisões inteligentes de investimento, é preciso acompanhar análises e recomendações de profissionais do mercado.
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Maiores baixas do Ibovespa
Na lanterna do campeonato do Ibovespa, veja as empresas que apresentaram o pior desempenho no 1º semestre:
Empresa | Código | Desempenho |
Braskem | BRKM5 | -26,07% |
Ultrapar | UGPA3 | -23,43% |
B2W | BTOW3 | -22,13% |
Cielo | CIEL3 | -21,20% |
CVC | CVCB3 | -18,56% |
- Braskem – na última colocação, com o pior desempenho do semestre, encontra-se a empresa Braskem (BRKM5), com queda de -26,07% no valor de suas ações. A empresa holandesa LyondellBase desistiu de adquirir a Companhia na reta final do 1º semestre de 2019, permanecendo o controle com a Odebrecht. Os resultados também não foram tão bem precificados, somado com a fraca atividade econômica brasileira, o que justifica a sua atual posição na lista de maiores baixas do Ibovespa no semestre.
- Ultrapar – em seguida temos a empresa Ultrapar (UGPA3), com queda de -23,43% de suas ações nessa primeira metade do ano. A empresa não vem apresentando bons resultados, a perda de margem com aumento dos custos é um dos fatores que prejudicaram, e o volume de vendas tem decepcionado. Tal cenário, aliado a um fraco desempenho da economia e às tensões comerciais entre EUA e China, são os principais indicadores deste desempenho da companhia.
- B2W – os fracos resultados trimestrais apresentados no primeiro semestre de 2019, referente ao 4T18 e 1T19 desagradaram ao mercado, fazendo com que os investidores aumentassem o teor de cautela com as ações da B2W (BTOW3), o que levou a um desempenho negativo de -22,13% no período. O que mais contribuiu para isso foi o aumento do prejuízo líquido em ambos os trimestres, a redução das margens, além de um cenário doméstico para o consumo ainda desafiador.
- Cielo – na quarta posição encontra-se a Cielo (CIEL3), que apresentou uma oscilação negativa de -21,20% no semestre. A guerra das maquininhas de cartão levou a companhia a uma situação complicada: as margens apertaram, a receita encolheu e os resultados estão sendo impactados de forma considerável. Todos estes números levam a questionar a performance da empresa no longo prazo.
- CVC – no primeiro semestre de 2019, as ações da CVC Brasil (CVCB3) cederam fortemente, com queda de -18,56%, conferindo uma das mais fracas performances do Ibov. O principal motivador da queda acentuada foi o envolvimento do sócio fundador em um escândalo de corrupção, onde ele confessou à Polícia Federal ter pago propina a agentes públicos para se livrar de uma dívida tributária de cerca de R$160 milhões.
Resultados negativos às vezes assustam, mas como você viu anteriormente, assim como existem resultados negativos na bolsa, também existem resultados muito positivos. O importante é se informar sobre as ações de interesse, acompanhar análises e saber o momento certo de comprar e vender suas ações.
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O outro lado da Bolsa: ações em destaque fora do Ibovespa
Além dos ativos que compõem o Ibovespa hoje, existe uma gama de outros papéis que merecem destaque neste 1º semestre de 2019.
- Forjas Taurus – começando por Forjas Taurus (FJTA4), a maior fabricante de armas de fogo no Brasil apresentou uma oscilação de mais de 100% só no mês de janeiro, contudo fechou o 1T19 cedendo quase 28%. Muitas dessas ações não seguem comportamentos técnicos, são reféns de ataques especulativos, como foi o ocorrido com o possível facilitamento do porte e posse de armas.
- Banco Inter – passando para o setor bancário, um dos ativos que ganhou bastante notoriedade foi banco Inter (BIDI4). A companhia se valorizou quase 60% só neste início de ano, tornando-se uma aposta de muitos investidores. O segmento financeiro ligado a atuação digital pode apresentar-se bastante promissor. Outro exemplo disso é o BTG, que vem expandindo nesse tipo de mercado.
- PetroRio – empresa ligada ao setor de petróleo e muito comentada pelo mercado financeiro, teve valorização de mais de 60% das suas ações PRIO3 nesses 6 primeiros meses de 2019. Ao passo em que a empresa tornou-se lucrativa, não apresenta problemas quanto a dívida e realiza aquisições para descentralizar sua produção, como o campo de Frade, o valor de suas ações foi precificado de forma positiva.
- Guararapes – você provavelmente conhece a loja Riachuelo, mas talvez não saiba que é o grupo Guararapes (GUAR3) quem a controla. A performance do papel neste início de ano foi abaixo do esperado, cedendo pouco mais de 20%, mas em linha com alguns pares varejistas.
Desta forma, embora o leque de oportunidades fora do Ibovespa seja tamanho, os riscos atrelados também se elevam nas mesmas proporções. É preciso saber escolher as ações corretamente e o momento certo de comprar e vender. Para te ajudar, na Toro você pode encontrar as melhores ações já selecionadas por nossos analistas.
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Maiores altas e baixas Ibovespa 2019 – 1º trimestre
O ano de 2019 começou com certo otimismo, a expectativa de um novo governo inclinado a ideias mais liberais animou os investidores (talvez até de forma exagerada). O Ibovespa subiu 10,82% só em janeiro, e encerrou o primeiro trimestre com alta acumulada de 8,56%.
Das 5 maiores altas do trimestre, 3 estão no segmento de utilities (empresas de saneamento e energia elétrica). Em contrapartida, o setor terciário, principalmente os segmentos de varejo e serviços, tiveram 3 das 5 maiores baixas.
O noticiário político foi inundado pela evolução e impaciência quanto a reforma da Previdência. O protagonismo se deu pela atuação de Rodrigo Maia, presidente da câmara, como principal articulador, e do próprio presidente Jair Bolsonaro.
A volatilidade da Bolsa no curto prazo foi precificada:
- Ora de forma bem positiva, até superando os tão sonhados 100 mil pontos.
- Ora de forma negativa, observando-se um recuo do Ibov, especialmente após o dia 19 de março, quando tornou-se consenso do mercado o alongamento no trâmite da PEC da reforma e um acirramento das tensões comerciais entre EUA e China.
Veja agora quais foram os impactos desses acontecimentos e as ações com as maiores altas e quedas do Ibovespa neste trimestre:
Maiores altas Ibovespa
Listando as 5 ações do Ibov que mais subiram no 1º trimestre de 2019:
Empresa | Código | Desempenho |
CSN | CSNA3 | +83,82% |
Eletrobras | ELET3 / ELET6 | +51,42% / +34,40% |
JBS | JBSS3 | +37,36% |
Sabesp | SBSP3 | +33,33% |
Engie | EGIE3 | +29,35% |
- CSN – o destaque começa por CSN (CSNA3), com alta de +83,82%. A subida do minério de ferro foi um dos principais motivos para a disparada de suas ações, uma vez que a companhia tem uma das maiores minas do país e, com isso, se beneficiou de tal cenário. A ação, que virou uma das “queridinhas” dos investidores apresentando bons números no quarto trimestre de 2018, está em processo de desalavancagem de sua dívida e ainda possui boa perspectiva futura.
- Eletrobras – maior empresa de energia da América Latina, a Eletrobras ficou em 2º lugar. As ações ordinárias (ELET3) subiram expressivos +51,42%, enquanto as preferências (ELET6) ficaram na casa dos +34,4%. Embora o setor de energia elétrica apresente desafios contínuos, uma burocracia expressiva e encargos elevados, o que prevaleceu foram os rumores sobre capitalização da empresa, que é o processo de emitir novas ações a fim de vender o controle acionário.
- JBS – os investidores assistiram o avanço das ações ligadas ao segmento de proteína animal, e o principal destaque neste segmento ficou para a JBS (JBSS3), que subiu +37,36% no 1º trimestre de 2019. O principal vetor para a expressiva valorização foi a febre suína africana, que está dizimando a população de porcos da China, responsável pela maior produção de carne suína do mundo, tendo a metade da população mundial de porcos. Sendo assim, a JBS poderia se beneficiar, uma vez que a carne suína compõe parte relevante de sua receita e a companhia possui grande exposição ao mercado externo.
- Sabesp – os rumos sobre privatização também influenciaram a companhia Sabesp (SBSP3), com alta no período de +33,33%. No mercado de saneamento básico, existe a tramitação da MP 868/2018, que, caso seja aprovada, facilitará a parceria pública-privada, incentivando os investimentos a longo prazo e beneficiando o setor como um todo. Dentro deste cenário, e somado ao fato de que João Dória (governador do Estado de São Paulo) pode atuar em facilitar a alienação da Empresa, com o intuito de angariar recursos para melhorar as contas públicas, a Sabesp ficou em 4º lugar nas maiores altas do Ibovespa no 1º trimestre de 2019.
- Engie – como dito anteriormente, o segmento de utilities teve 3 das 5 maiores altas do Ibovespa, sendo a Engie (EGIE3) a última delas, com alta de +29,35%. A empresa, focada em geração de energia limpa e renovável, passa por um processo de expansão. Aquisições das Usinas Hidrelétricas de Jaguara e Miranda, assim como o Complexo Eólico Umburanas, possibilitaram o avanço nos serviços de acesso às centrais eólicas, sendo um fator importante para elevação do faturamento.
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Maiores baixas do Ibovespa
Na contramão do movimento de alta do Ibov, algumas empresas “patinaram” e apresentaram quedas significativas no 1º trimestre de 2019:
Empresa | Código | Desempenho |
Embraer | EMBR3 | -14,90% |
Lojas Americanas | LAME4 | -14,54% |
Hypera Pharma | HYPE3 | -14,24% |
CVC | CVCB3 | -10,51% |
Ultrapar | UGPA3 | -10,48% |
- Embraer – entre as quedas do Ibovespa, o maior destaque negativo ficou para a Embraer (EMBR3), que recuou -14,9% no primeiro trimestre. Embora a consolidação da Joint Venture com a Boeing tenha sido efetivada, não foi o bastante para conter o viés negativo. Em uma linha de resultados decrescente, foi a primeira vez que a Companhia reportou prejuízo líquido nos últimos 10 anos. A Empresa possui um posicionamento de destaque no mercado de jatos regionais, contudo, as frustrações com os números do avião KC-390 também pesaram nos resultados.
- Lojas Americanas – a rede varejista Lojas Americanas (LAME4) também compõe este quadro de maiores baixas, com queda de -14,54%. O nível de atividade econômica brasileira ainda permanece aquém do esperado, os índices de inflação, desemprego e vendas no varejo não apresentaram melhora, frustrando as expectativas do mercado. Por sua vez, as varejistas são dependentes da evolução desses agregados macroeconômicos, levando a uma ponderação neste início de ano mais negativa.
- Hypera Pharma – uma das mais famosas farmacêuticas no país, Hypera Pharma (HYPE3), também teve um 1º trimestre desafiador, com suas ações cedendo -14,24%. Embora a empresa apresente números favoráveis constantemente, o resultado do 4° trimestre de 2018 foi um tanto quanto fraco. No ano passado, a concorrência ganhou espaço em segmentos importantes que a empresa domina, como por exemplo o de Vitamina D. Assim, os demonstrativos publicados pela Hypera apontaram para a retração da receita, o crescimento dos custos (impactados pela desvalorização do real) e, consequentemente, margens mais estreitas.
- CVC Brasil – da mesma forma que as Lojas Americanas, a CVC Brasil (CVCB3) apresentou um desempenho de sua ações bem abaixo do esperado, caindo -10,51%. O segmento de turismo também depende diretamente da evolução do cenário econômico, como este não demonstra melhora a curto espaço de tempo, o papel da CVC tem tido desempenho contrário a evolução do Ibovespa nesses 3 primeiros meses de 2019, ficando então no 4º lugar entre as maiores baixas do índice.
- Ultrapar – as ações da Ultrapar (UGPA3) negociavam o início de 2019 em movimento lateralizado, mas apresentou resultados mistos, com leve crescimento no volume de vendas no segmento de distribuição, porém perda de margem com aumento dos custos. As ações, por sua vez, caíram -10,48% no 1º trimestre, muito por conta do movimento da bolsa a partir de 18 de março, que após romper os famosos 100 mil pontos, caiu cerca de -4,5% até o final de março. Esse movimento foi relevante para o mercado em geral, e também puxou as ações da Ultrapar para baixo.
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Maiores altas e baixas Ibovespa – como foram os últimos 5 anos?
A bolsa vivenciou vários dias que foram marcantes nos últimos 5 anos. Os altos e baixos, as idas e vindas, toda a volatilidade gerada e oportunidades criadas foram expressivas.
E se compararmos os últimos 5 anos, tivemos sim anos desafiadores, mas seguidos de um crescimento expressivo da Bolsa.
Veja abaixo a evolução do Ibovespa nos últimos anos:

Foram mais de 95% de valorização do Ibovespa entre 2015 e 2019. E esse crescimento, assim como os momentos de baixa, foram motivados por diversos fatores.
Sobrevivemos a uma das maiores crises da história brasileira, os consecutivos anos 2015-2016, quando o PIB regrediu mais de 6% nesse período, a taxa básica de juros oscilou na casa dos dois dígitos e havia rumores de que inflação poderia disparar. Todas essas incertezas levavam a oportunidades escassas e um risco considerável para se investir no mercado de capitais, com o Ibov atingindo algo em torno de apenas 37 mil pontos.
Entre 2015 e 2016, as atuações do governo não eram efetivas, o mercado precificou uma situação difícil e que poderia perdurar ao longo dos anos.
Especificamente sobre 2016, os bastidores se deram sobre o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, com Michel Temer assumindo o governo. Já no ano de 2017, a bolsa se valorizou +26%, embora a retomada de crescimento econômico ainda se encontrava muito abaixo do esperado.
Uma das grandes datas deste ano foi o marco de 18/05/2017, conhecido como Joesley-day. As denúncias ligadas a JBS (que como mencionamos anteriormente foi uma das maiores altas do 1º trimestre de 2019) não só derrubaram o papel, mas fizeram que o Ibov caísse mais de 10% em um único dia.
Dias como este costumam ser complicados, mas, como já dito, as oportunidades criadas também podem ser expressivas. Por exemplo:
Quem comprou ações da JBS um dia após o Joesley day, e segurou o papel até o início de 2019 teve uma valorização de mais de 200%.
Mas é importante lembrar que esta volatilidade é apenas um exemplo e que não há nenhuma garantia de que essa valorização se repita no futuro. Assim como o fato de que oscilações negativas também podem acontecer em investimentos em Bolsa. Por isso, acompanhar análises e recomendações profissionais é essencial.
O marco de 2018 foram as eleições, apresentando uma guinada de partidos pró-mercado, situação bem vista pelos agentes econômicos. A expectativa era de um governo menos intervencionista, concentrando suas forças em ampliar reformas e controlar os gastos. Apesar disso, as contas públicas foram, e ainda são, ponto de interrogação, que de certa forma requer um acompanhamento mais próximo.
Assim, a aprovação da Reforma da Previdência ganha notoriedade, pois tem potencial de gerar uma economia aos cofres nacionais de R$1 trilhão ao longo de 10 anos.
Embora o trâmite necessário para a evolução da PEC da Previdência tenha se mostrado mais desafiador do que o imaginado, o projeto foi aprovado em primeiro turno na câmara dos deputados por 379 votos a favor contra 131 opositores, faltando poucos passos para sua finalização. Tal vitória do governo impactou positivamente a Bolsa de Valores, levando ao encerramento de julho com o Ibov acima do patamar de 102 mil pontos.
A cotação da Bolsa acima de 100 mil pontos foi um momento histórico e encarado com positividade pelo mercado, ressaltando as grandes oportunidades deste investimento. Assim como todos os fatos que citamos também mostra que este investimento requer acompanhamento e cautela. Contar com análises e recomendações profissionais para tomar decisões de investimento faz toda diferença nestes momentos. E na Toro você tem tudo isso gratuitamente, juntamente com uma forma de investir muito simples e rápida.
Fonte: Toro Investimento
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Chamadas
Nova regra mudará tudo! Veja se sua empresa perturba a saúde mental dos funcionários

A saúde mental dos funcionários nunca foi tão discutida, mas agora virou regra: a nova atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) obrigará as empresas a monitorarem e prevenirem riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Mas o que isso significa na prática? As companhias terão que identificar fatores como assédio moral, sobrecarga e jornadas exaustivas para evitar que seus funcionários adoeçam. Mas o que acontece se não cumprirem essa exigência? Penalidades severas estão no horizonte!
Nos últimos anos, os afastamentos por transtornos mentais dispararam no Brasil. Mas em 2024, o cenário atingiu um novo recorde: 472 mil licenças concedidas, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério da Previdência Social. Esse crescimento alarmante acelerou a necessidade de mudanças, e a partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas deverão adotar medidas para proteger a saúde psicológica dos seus trabalhadores.
O que muda com a nova NR-1 para a saúde mental?
Mas, afinal, o que as empresas precisarão fazer? A principal mudança será a inclusão obrigatória da avaliação de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que as companhias precisarão:
- Identificar fatores de risco como sobrecarga, insegurança no emprego e assédio moral;
- Avaliar a gravidade desses riscos e definir prioridades de ação;
- Implementar medidas preventivas e corretivas;
- Monitorar continuamente a eficácia dessas ações.
Mas não basta apenas dizer que se preocupa com a saúde mental. Empresas que não levarem a exigência a sério poderão enfrentar fiscalizações, multas e até processos trabalhistas. “A atualização tira a saúde mental da esfera de ‘benefício’ e a posiciona como uma questão de compliance e gestão de riscos”, afirma Ana Carolina Peuker, especialista em saúde mental no trabalho.

Empresas que não se adaptarem podem pagar caro
As companhias que não cumprirem as novas regras poderão sofrer autuações, multas e até interdições. Mas há consequências ainda mais graves: funcionários que adoecerem devido ao ambiente de trabalho poderão acionar a Justiça e solicitar indenizações por danos morais e materiais. Além disso, empresas que ignorarem a NR-1 podem enfrentar processos administrativos e ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho.
Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, alerta para o problema do “wellbeing washing”, que ocorre quando empresas tentam parecer preocupadas com a saúde mental, mas sem adotar medidas concretas. “Muitas vão criar campanhas e palestras motivacionais, mas se a rotina continuar tóxica, nada muda de verdade”, diz.
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Impacto na cultura corporativa na saúde mental do trabalhador?
A mudança na legislação pode transformar a cultura organizacional, mas especialistas alertam que os primeiros impactos levarão tempo para aparecer. “Os resultados reais podem levar de dois a cinco anos para se consolidarem”, afirma Peuker. Mas, para os funcionários, a nova regra já representa um avanço significativo na proteção contra ambientes de trabalho abusivos.
Com a exigência de ações concretas, empresas que antes negligenciavam o bem-estar dos funcionários agora serão obrigadas a agir. Mas será que todas farão isso da forma correta? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: ignorar a nova regra pode sair muito caro para quem não levar a sério a saúde mental no ambiente corporativo.
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Contabilidade
Resultado de Enquete do Jornal Contábil revela incertezas e desafios da Reforma Tributária para contadores

A Reforma Tributária, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, tem gerado debates acalorados e expectativas diversas entre os profissionais da área contábil. Uma recente enquete realizada pelo Jornal Contábil buscou mapear as principais preocupações dos contadores em relação às mudanças propostas. Os resultados revelam um cenário de incertezas, desafios e a necessidade de adaptação por parte dos profissionais
Tabelas dos Gráficos da Enquete sobre a Reforma Tributária
1. O que você percebe que mais preocupa seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Preocupação | Percentual |
---|---|
Aumento da carga tributária | 67,8% |
Necessidade de revisar o modelo de negócios | 5,4% |
Insegurança jurídica na transição | 1,5% |
Falta de clareza sobre os impactos financeiros | 25,4% |
2. Na sua opinião, qual é o maior desafio da Reforma Tributária para os contadores?
Desafio | Percentual |
---|---|
Adaptação às novas regras e exigências fiscais | 69,7% |
Mudança na forma de apuração e aproveitamento de créditos | 9% |
Impacto da tributação no destino e novas alíquotas | 5,2% |
Custos de adaptação tecnológica e obrigações acessórias | 16,1% |
3. Você sente que já tem informações suficientes para orientar seus clientes sobre a Reforma Tributária?
Resposta | Percentual |
---|---|
Sim, estou acompanhando e me preparando | 6,8% |
Mais ou menos, ainda há muitas dúvidas | 15,8% |
Não, preciso de mais informações e capacitação | 77,4% |
4. O que poderia ajudar você e seu escritório na transição da Reforma Tributária?
Ajuda | Percentual |
---|---|
Materiais práticos e guias explicativos | 44,5% |
Treinamentos específicos sobre a nova tributação | 40,9% |
Ferramentas tecnológicas para facilitar a adaptação | 10,2% |
Parcerias estratégicas com especialistas em planejamento tributário | 4,4% |
Baixe a Planilha em PDF da Enquete
Como foi Realizada Enquete: A enquete foi computada no canal e comunidades do whatsapp do Jornal Contábil em Fevereiro de 2025
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Chamadas
ESG abre caminho para novas oportunidades na contabilidade

O conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) já se tornou um dos pilares para o futuro dos negócios, mas ainda há muitas empresas que não sabem como aplicá-lo corretamente. E é aí que os contadores entram em cena! A contabilidade, que antes era vista apenas como uma ferramenta para organizar números e tributos, agora tem um papel fundamental na adoção de práticas sustentáveis dentro das organizações.
Se antes as demonstrações financeiras se limitavam a números e balanços, agora elas incluem também a transparência ambiental e social. Empresas que querem atrair investidores, conquistar consumidores e se destacar no mercado precisam demonstrar um compromisso real com a sustentabilidade. Mas isso não significa apenas falar sobre o assunto, e sim relatar e comprovar o impacto social e ambiental das operações.
E é exatamente isso que o ESG contábil proporciona: uma nova maneira de integrar esses aspectos na rotina financeira das empresas, garantindo relatórios confiáveis, auditorias e uma visão mais ampla sobre o impacto dos negócios. Mas como esse movimento funciona na prática?
O que é ESG contábil e por que ele está transformando o mercado?
O ESG contábil nada mais é do que a aplicação dos princípios de sustentabilidade dentro da contabilidade. Ele envolve a coleta e análise de dados financeiros e não financeiros para que as empresas possam medir o quanto suas ações realmente são sustentáveis.
Alguns exemplos práticos de ESG dentro da contabilidade incluem:
- Relatórios que detalham a emissão de gases de efeito estufa e o impacto ambiental da empresa.
- Indicadores sobre diversidade e inclusão dentro do quadro de funcionários.
- Transparência sobre práticas trabalhistas e engajamento com stakeholders.
Isso significa que contadores com conhecimento em ESG não só podem ajudar empresas a se adequarem às novas normas, mas também agregar valor ao mercado, atraindo novos clientes e fortalecendo suas carreiras.

Por que ESG contábil é um diferencial para empresas e investidores?
Empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas seguem regulamentações ambientais, mas também se tornam mais atrativas para investidores. E isso não é exagero!
Os investidores estão cada vez mais atentos a critérios ESG antes de colocar dinheiro em uma empresa. Isso acontece porque empresas sustentáveis tendem a ser mais resilientes a crises e menos propensas a problemas jurídicos ou financeiros relacionados ao meio ambiente e à governança.
Além disso, consumidores estão priorizando marcas que se preocupam com o impacto que causam. Relatórios contábeis que incluem métricas ESG podem ser um fator decisivo na hora de conquistar clientes que buscam transparência e responsabilidade.
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Oportunidade para contadores: como atuar com ESG
Os contadores que se especializarem em ESG contábil terão uma vantagem competitiva enorme nos próximos anos. Afinal, o ESG não é apenas um movimento passageiro, mas sim um novo padrão de mercado.
Para atuar nesse setor, os profissionais devem se capacitar em temas como:
Regulamentações ambientais que afetam as empresas.
Normas internacionais de relatórios sustentáveis.
Ferramentas para calcular o impacto ambiental e social das organizações.
Identificação de greenwashing (empresas que tentam parecer sustentáveis, mas na prática não são).
O perigo do greenwashing e a responsabilidade dos contadores
Se por um lado o ESG tem trazido avanços para o mercado, mas por outro também há empresas que tentam enganar consumidores ao se venderem como sustentáveis sem realmente aplicar essas práticas. Esse fenômeno é conhecido como greenwashing, uma estratégia de marketing que cria uma imagem falsa de sustentabilidade.
Casos famosos de greenwashing mostram como empresas já foram advertidas por propaganda enganosa. Exemplos incluem:
- Volkswagen, que manipulou dados sobre emissões de poluentes.
- Fiat, que anunciou um “pneu superverde” sem comprovação ambiental.
- Ford, que divulgou um modelo de carro como ecológico, mas que na prática teve péssimo desempenho ambiental.
Os contadores têm um papel crucial em evitar que esse tipo de prática aconteça. Mas como? Através da auditoria e da transparência dos relatórios financeiros, garantindo que as empresas realmente estejam cumprindo o que prometem.
Como as PMEs podem se beneficiar do ESG?
Muita gente acredita que sustentabilidade é coisa de empresa grande, mas esse conceito já chegou também às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Para essas empresas, o ESG pode trazer benefícios como:
Redução de custos (adotando práticas mais eficientes).
Acesso a crédito facilitado, já que algumas instituições oferecem condições melhores para empresas sustentáveis.
Atração de clientes que preferem comprar de empresas que prezam pela responsabilidade social.
ESG não é modismo, é o futuro da contabilidade!
A contabilidade deixou de ser apenas um setor burocrático e se tornou um aliado estratégico das empresas, ajudando na construção de um futuro mais sustentável. Mas para isso, os contadores precisam se atualizar e entender como o ESG contábil pode ser aplicado na prática.
O desafio é grande, mas as oportunidades são ainda maiores! Afinal, quem se especializar em ESG não só terá mais chances de crescimento profissional, mas também poderá ajudar empresas a fazerem a diferença no mercado e no mundo.
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