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Câmara aprova texto-base da nova regra fiscal

Nesta noite desta terça-feira (23), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto que cria o novo arcabouço fiscal, principal medida econômica do governo Lula (PT). Foram 372 votos a favor e 108 contra.

O texto prevê uma meta para as contas públicas e condiciona o aumento de gastos a quanto o governo arrecada com impostos. Se a meta for descumprida, o governo terá mais restrições no ano seguinte.

O governo federal fez uma proposta de zerar o rombo nas contas em 2024 e ficar no azul (gerar superávit) nos anos seguintes. Para isso, Lula terá que gastar menos do que o governo arrecada.

Antes da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira, participou de um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O que é o arcabouço fiscal?

O arcabouço fiscal foi uma maneira encontrada pelo Ministério da Fazenda para substituir o regime do teto de gastos, vigente desde o governo Temer até o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O arcabouço fiscal é um conjunto de regras que têm como objetivo evitar o descontrole das contas públicas.

Leia Também: Ministro Da Previdência Quer A Volta Do Imposto CPMF

Acordo

O deputado e relator do texto, Cláudio Cajado (PP-BA) conseguiu um acordo entre as bancadas para votar o projeto nesta noite de terça-feira. Ele fez alterações no relatório, e o entendimento foi firmado durante reunião de líderes na tarde desta terça na Residência Oficial da Câmara.

Segundo o portal UOL, a principal mudança feita por Cajado foi em relação ao limite de crescimento real da dívida pública passe de 2,5%.

O relator decidiu manter o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e o piso da enfermagem dentro do teto, seguindo as novas regras fiscais. O deputado ignorou as críticas dos governistas.

O crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo. Mesmo que a arrecadação do governo cresça muito, será necessário respeitar um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%, desconsiderando a inflação do período.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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