A prisão da empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra em uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais na internet está movimentando a mídia e também muitas figuras famosas.
A ação chamou a atenção para como as bets (apostas) podem ser usadas para encobrir a origem de dinheiro ilegal. Deolane Bezerra foi detida em Recife como parte da operação “Integration” da Polícia Civil de Pernambuco e de outros quatro Estados.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a quadrilha alvo movimentou cerca de R$ 3 bilhões em quatro anos. Ao todo, foram expedidos 19 mandados de prisão e outros 24, de busca e apreensão.
A polícia não detalhou a ligação de Deolane e da mãe dela, Solange Bezerra, que também foi presa, com o suposto esquema criminoso.
Sabe-se, porém, que estão entre os alvos da investigação algumas empresas envolvidas em jogos na internet. Uma delas é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte, que também atua como patrocinadora de alguns times de futebol, como Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz.
Após ficar 6 dias presa na Colônia Penal Feminina do Recife, ela chegou a ser solta na segunda-feira através de um Habeas Corpus. Todavia, após colocar uma tornozeleira eletrônica e ser liberada, Deolane descumpriu a medida cautelar após contato com a imprensa e com fãs que se aglomeravam no local. Ela também postou uma foto no Instagram em que aparece com a boca coberta por uma fita, com a inscrição de um “X” no meio.
A Justiça determinava que Deolane não poderia se manifestar por meio de redes sociais, imprensa ou outros meios de comunicação.
A advogada teve a prisão preventiva decretada por descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça para a concessão de prisão domiciliar.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em abril do ano passado e têm como alvo uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais na internet.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a quadrilha movimentou cerca de R$ 3 bilhões em quatro anos. Para lavar o dinheiro obtido de forma ilegal, de acordo com o ministério, a quadrilha usava empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros. O esquema era realizado por meio de depósitos fracionados em espécie e transações bancárias entre os suspeitos com o saque imediato dos valores.
Outra forma de disfarçar o crime, segundo o ministério, se deu pela compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógios de luxo e imóveis.
Ainda de acordo com o ministério, foram identificadas movimentações financeiras atípicas entre pessoas físicas e jurídicas ligadas à organização criminosa e a maioria dos suspeitos apresenta um padrão de vida “totalmente incompatível” com a renda e os bens declarados à Receita Federal.
As penas dos crimes variam entre reclusão, de três a oito anos para associação criminosa, e três a dez anos para lavagem de dinheiro, e multa.
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