Num mundo cada vez mais globalizado e com um cenário de retração econômica que exige ações para o desenvolvimento econômico e social do País, empresas que atuam na área da certificação digital criaram, nesta primeira semana de maio, a Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD).
A entidade será presidida por Júlio Cosentino, vice-presidente da Certisign, e terá como diretor executivo e porta-voz Antonio Sérgio Borba Cangiano, com experiência no segmento de TI e passagens por grupos como Serpro, IMA, Prodesan, IBM, Unisys, Origin e ITI, entre outros.
“Nossos primeiros associados são Certisign, Serasa, Valid, Boa Vista, Soluti e ACBr. Essas seis empresas representam 90% do mercado certificador digital”, diz Cangiano. Segundo o diretor executivo, essas empresas são privadas, mas todas as demais do segmento, incluindo as públicas, serão convidadas a participar da nova entidade.
Ele destaca que um dos principais objetivos da ANCD é promover a certificação digital e suas relações com a sociedade, de forma a contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País. “Vamos mostrar ao público em geral que essa tecnologia é atual e representa o futuro das relações.”
Para o diretor executivo da ANCD, em razão dos benefícios na segurança de seu uso na internet e do valor que ela incorpora ao documento, a certificação digital garante a integridade de conteúdo, a certeza de autoria e a validade jurídica em todos os fóruns nacionais e internacionais.
“Por isso a certificação passou a ser a melhor opção em relação aos modelos tradicionais, tanto assim que a nossa Justiça já utiliza largamente a certificação digital na análise e condução dos processos”, argumenta.
Além da segurança, facilidades e validade jurídica, Cangiano diz que a certificação digital proporciona a eliminação da burocracia, o ganho de tempo e a redução de custos diretos e indiretos, como a manutenção de espaços para armazenar documentos, fatores que fazem a diferença, principalmente num momento de crise como a que o País está enfrentando.
“Queremos destacar que a certificação digital permite o trabalho num universo praticamente sem o uso do papel”, diz, destacando os impactos positivos para o meio ambiente.
Desde a implantação da nota fiscal eletrônica, mais de 10 bilhões de notas fiscais deixaram de ser emitidas, com a consequente economia de papel, tempo, custos de remessa e espaços para a guarda desses documentos.
Até o mês de fevereiro, foram emitidos 9,353 milhões de certificados, o equivalente a um crescimento de 15% ao ano. “A certificação digital tem um papel fundamental no crescimento da economia como um todo e nossa entidade irá espelhar essa nova realidade e a relevância deste setor”, reiterou. (Agência Estado)
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