Saúde

Cobertura da vacina BCG caiu de 100% em 2011, para 82% em 2022

Nos últimos anos a queda na cobertura vacinal foi relevante. A cobertura vacinal da BCG para bebês de até um ano, caiu de 100% em 2011 para 82% em 2022, esses dados são de um relatório feito por pesquisadores da Fiocruz.

A queda na taxa de cobertura vacinal da BCG, é uma das preocupações do Ministério da Saúde, a BCG é a vacina que deixa uma cicatriz característica no braço direito, e é super importante.

A disponibilizada aqui no Brasil desde 1976 protege contra a tuberculose e principalmente contra as formas mais graves da doença e pode evitar mortes e sequelas nas crianças.

A tuberculose ainda hoje é uma doença altamente transmissível que afeta principalmente os pulmões e continua sendo um importante problema de saúde pública.

Por ano cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por no Brasil, a doença é responsável por mais de 1 milhão de mortes anuais, por isso é fundamental retomar a alta nas taxas de cobertura vacinal.

Importante lembrar que a BCG também a vacina contra poliomielite, sarampo e coqueluche, todas essas estão disponíveis no SUS, é só procurar o posto de saúde mais perto de casa.

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Volta de doenças erradicadas

O Brasil tem visto o retorno de algumas doenças que foram eliminadas no passado principalmente devido a baixa cobertura vacinal nos últimos cinco anos.

As doenças eliminadas do Brasil e de muitos países do mundo são doenças que agente não tem mais a circulação do vírus entre nós, portanto não temos mais a doença, mas se a gente abaixa a cobertura vacinal esses vírus voltam a circular.

Em 2018 na região norte e sudeste do Brasil voltou a se relatar casos de sarampo, a segunda doença é a paralisia infantil, a poliomielite, essa doença desconhecida da grande parte da população e principalmente os pais já matou muitas crianças e deixou muitos com sequelas para o resto da vida.

A Polio, já foi considerada erradicada do Brasil no início da década de 90, mas abaixa a cobertura vacinal tem colocado o país como um dos países que a OMS considera como de alto risco para poliomielite.

Algumas outras doenças que podem também voltar segundo os pediatras e os imunologistas, são: difteria e rubéola, já que elas também fazem parte da vacina tríplice viral, que é dada junto com sarampo.

Em 2022, vimos casos de rubéola em todo o país, que é uma virose que normalmente é benigna na maioria das veze es nem gera sintomas, porém em grávidas, pode gerar a síndrome da rubéola congênita que é uma síndrome difícil com problemas cardíacos e mentais.

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Baixa cobertura vacinal

Os especialistas afirmam que o Brasil possui vários fatores que tem influenciar sobre essa baixa cobertura vacinal nos últimos anos, alguns deles são por exemplo a dificuldade de acesso aos locais de vacinação.

A espera a pela vacinação também teve influência, a sensação de que a doença não existe mais também é uma grave fator, a desinformação principalmente nos últimos anos, a fake News são fatores extremamente impactantes.

As fake news geram um cenário de desconfiança, porém sempre temos que lembrar que a vacinação vai trazer dois tipos de imunização, a imunização ativa que é aquela que você mesmo produz após a vacina, então seu corpo vai gerar os anticorpos que vão te proteger contra a doença.

E também a imunização passiva, que também é chamada de imunidade rebanho, é aquela que decorre da administração ou transferência de anticorpos, ou seja, quando se tem só metade da população vacinada esse vírus fica circulando e mesmo essas pessoas vacinadas mas que não ficaram protegidas e também aquelas que não se vacinaram vão adoecer para tentar proteger a si próprio.

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

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