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O Dia dos Pais está chegando e, com ele, a expectativa de aumento no faturamento do setor varejista também é grande.
Segundo estimativas da CNC (Confederação Nacional do Comércio), até o final do ano o segmento deve registar um crescimento de 3,9%.
Porém, para os consumidores que planejam celebrar a data com presentes ou em restaurantes, já é bom ir preparando o bolso.
Isso porque com a alta da inflação e o aumento da carga tributária em alguns Estados nos últimos meses, a comemoração vai sair mais cara neste ano.
Entre as opções mais procuradas de presente para a data, como eletrônicos, equipamentos esportivos, calçados, itens de vestuário, bebidas, videogames, instrumentos musicais e perfumes, a tributação pode chegar a 78% segundo dados IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
Apesar do aumento de preço ser realidade em todo Brasil, especificamente no Estado mais populoso do país, podemos esperar um Dia dos Pais ainda mais caro em comparação com o ano passado por conta do pacote de ajuste fiscal do governo do Estado de São Paulo que aumentou a alíquota de ICMS de 12% para 13,3% e reduziu os benefícios fiscais pertinentes ao imposto.
Vale ressaltar que, além dos presentes, a conta para almoçar em bares e restaurantes também pode sair bem salgada.
Em São Paulo, por exemplo, a alíquota do setor aumentou de 3,2% para 3,69% no último ano.
“É preciso ponderar, ainda, que quando falamos sobre aumento de impostos no varejo, também devemos considerar a tributação incidente sobre toda a cadeia econômica. Afinal, a indústria como um todo teve um baque diante da pandemia, sem falar na escassez de insumos que vem causando um aumento na demanda e no valor de itens como embalagens, produtos plásticos e aço, por exemplo”, explica Giuliano Gioia, Tax Manager da Sovos Brasil, empresa global líder em soluções digitais para impostos.
Em tempos de isolamento social, o setor de compras online e marketplaces ganharam ainda mais relevância.
O comércio eletrônico (e-commerce) brasileiro alcançou números recordes durante a pandemia da Covid-19, crescendo 73,88% em 2020 de acordo com dados do índice MCC–ENET.
Porém, a expansão do mercado também implica em novas obrigações fiscais, exigindo mais conhecimento e monitoramento das legislações tributárias específicas dos novos sortimentos e de outros Estados, antes não atendidos no modelo de venda presencial.
Tudo isso têm despertado a atenção do Fisco, principalmente, sobre o risco de sonegação pelos sellers que utilizam as plataformas de vendas – alguns Estados têm editado normas de responsabilidade tributária para os marketplaces pelas operações de seus sellers com objetivo de garantir o crédito tributário.
“A legislação fiscal está em constante mudança, e é preciso acompanhá-la para evitar problemas e manter-se em conformidade fiscal. Para tal, muitas empresas estão investindo em ferramentas tecnológicas de gestão que gerenciem e apliquem essas mudanças automaticamente, evitando, assim, problemas com o Fisco”, explica Giuliano.
“A transformação digital no setor varejista é uma realidade, e além de mitigar possíveis erros na determinação e cálculo de tributos, ainda pode promover economia na carga tributária das empresas, atualmente em torno de 34% no Brasil” conclui.
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