Negócios

Como integrar o ESG no setor de logística

De acordo com um estudo feito em 2021, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), mais de 75% dos brasileiros creem que a adoção do ESG deve ser prioridade para as empresas.

Na logística, setor que alcançou muita relevância no Brasil durante a pandemia, não tem sido diferente. O mercado tem exigido que os líderes adotem o ESG para tornar o ecossistema mais sustentável e receptivo para a sociedade.

No que diz respeito ao enquadramento nos padrões e métricas sustentáveis instituídos pela ONU, a logística pode fazer desde pequenas mudanças na conduta diária até grandes alterações no modelo de negócios. Neste aspecto, listo as principais formas de a logística integrar as políticas ESG:

Redução da pegada de carbono

Segundo um relatório do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o Brasil está presente na lista dos maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo. A queima de combustíveis fósseis por veículos ocupa grande parte desse percentual.

Assim, a otimização da cadeia logística, que envolve soluções como roteirização, manutenção de frotas e implementação de pick-up points, auxiliam na redução da pegada de carbono, ajudando na desaceleração de problemas ambientais.

Uso de métricas de governança

Devido ao histórico de atividade informal do setor logístico no Brasil, as questões que envolvem governança são as mais desafiadoras para o segmento, mas, por meio da criação de métodos e direcionamentos da cultura para as práticas ESG, o setor torna-se cada vez mais apto para operar de acordo com as exigências governamentais e fiscais. 

Nesse aspecto, algumas soluções do mercado de envios têm ajudado os pequenos varejistas a iniciar operações online com escalabilidade e competitividade, podendo contar com o apoio de tecnologias de automatização que simplificam os processos.

Cuidado com pessoas e geração de emprego

A pandemia impôs novos desafios às empresas em relação à atenção com o bem-estar dos funcionários. Vale lembrar que o ESG não é importante só para atender a um padrão mundial de diretrizes, mas também para ensejar uma série de regalias para a logística, tais como a melhora da experiência de compra, transparência, regulamentação e desburocratização, geração de empregos, aprimoramento das condições de transportadores e ofertas de serviços mais competitivos. 

Além disso, o ESG proporciona mais responsabilidade aos desafios sociais, ambientais e de governança, valores que, ao meu ver, ganharão cada vez mais relevância, tornando-se diferenciais para os consumidores.

Por Stefan Rehm

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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