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Como lidar com a depressão e a ansiedade pós covid-19

Depressão ou tristeza? Cansaço ou alerta de estresse e possível burnout? Transtornos que já existiam? Ou surgiram com o vírus da Covid-19? Um estudo mostra alta prevalência de depressão, ansiedade e estresse pós Covid.  

Madalena Feliciano, empresária e gestora de carreiras faz um alerta sobre a necessidade de entender os sentimentos e perceber os danos deixados pela pandemia. Ela ensina a usar ferramentas que ajudam a desenvolver a inteligência emocional e tirar proveito de situações difíceis tanto na vida profissional como pessoal. Segundo Madalena a vida pode melhorar se aprendermos a usar as emoções a nosso favor.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estudaram 425 pacientes que se recuperaram das formas moderada e grave da Covid-19. Eles observaram uma alta prevalência de déficits cognitivos e transtornos psiquiátricos. As avaliações foram conduzidas no Hospital das Clínicas entre seis e nove meses após a alta hospitalar.  

Segundo a pesquisa, mais da metade (51,1%) dos participantes relatou ter percebido o declínio da memória após a infecção e outros 13,6% desenvolveram transtorno de estresse pós-traumático.

O transtorno de ansiedade generalizada foi diagnosticado em 15,5% dos voluntários, sendo que em 8,14% deles o problema surgiu após a doença. Já o diagnóstico de depressão foi estabelecido para 8% dos pacientes em 2,5% deles somente após a internação. O estudo apontou que nenhuma das alterações cognitivas ou psiquiátricas observadas nos pacientes se relaciona com a gravidade do quadro. 

   O agravamento de sintomas psiquiátricos após infecções agudas é algo comum e esperado, segundo os pesquisadores, mas em nenhuma outra doença viral se observou tanta diferença e perdas cognitivas significativas como com a Covid-19. “Uma das possíveis explicações é o próprio efeito do vírus no sistema nervoso central, segundo os pesquisadores ainda é cedo para saber se essas perdas são recuperáveis.” analisa Madalena Feliciano.

O que fazer então?

Felicidade, euforia, tristeza, depressão…o que fazer diante disso? Primeiro passo é procurar um especialista. Um terapeuta ou um psiquiatra. Mas para isso é necessário aprender a entender que existe algo errado acontecendo. 

A felicidade é um constructo (percepção ou pensamento formado a partir da combinação de lembranças com acontecimentos atuais), existem vários comportamentos que a gente pode ter no nosso dia a dia para ser uma pessoa feliz. “Não que precise ficar rindo o tempo todo, mas que eu me sinta bem, que eu tenha uma boa saúde mental, e que eu consiga ficar alegre nas circunstâncias que vão acontecendo, e triste quando preciso.

Ser feliz não é necessariamente não ser triste.” complementa a terapeuta e gestora de desenvolvimento humano Madalena Feliciano.

Felicidade é um estado de espírito e de fato é impossível estar feliz o tempo todo. É necessário encarar a realidade de uma forma mais leve. “O Problema não é o problema, mas sim como eu reajo a ele!” Podemos passar anos dormindo com o problema ou simplesmente resolvê-los!

De 10 coisas que acreditamos ser um grande problema, 9 não são exatamente como enxergamos e o único que é, vamos resolver! Então relaxe!

Outra observação de Madalena, é que, mais importante é você identificar o que está sentindo, voltar sua atenção para suas emoções, sentimentos, sensações, pensamentos.
A partir daí, aprender a aprender, buscar ajuda, entender o que trouxe a tristeza, ansiedade, angústia, dentre outras emoções que podem te incomodar.

Hoje, já é possível trabalhar para gerar estados de felicidade e livrar se do peso da raiva, mágoa, culpa, medo.

Madalena Feliciano traz algumas dicas para ajudá-lo:

Meditar – É uma atividade muito útil, no começo pode ser desafiador, mas com o tempo e prática será possível se beneficiar!

Tenha um propósito – Ajude alguém, contribua de alguma forma, tenha um trabalho voluntário, use seu conhecimento e experiência, multiplique!

Monitore seus pensamentos – Leia bons livros, ouça boas músicas, fique distante de notícias que possam minar seus pensamentos.

Tenha bons amigos – Fique longe de pessoas negativas ou que possam minar seu progresso, se não for possível manter a distância, blinde-se de alguma forma.

Pratique atividade física – Pode ser qualquer coisa que lhe dê prazer, caminhar na natureza, dançar, fazer academia, bike, movimente-se!

Alimente-se bem – Já sabemos que somos o que comemos, portanto mantenha hábitos saudáveis.

Wanessa

Redação Jornal Contábil

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