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A América apenas agora começa a ser afetada de forma mais séria pelo Covid-19, mas na Europa a pandemia tem sido um problema grave desde o início do ano. Por isso fomos falar com a Comparamais, o site português especializado em comparação de preços, para saber o que está sendo feito para minorar o impacto do Covid-19.
Embora a China tenha sido o primeiro país afetado pelo Covid-19, é na Europa que o vírus tem causado mais problemas, especialmente na Itália e em Espanha. Tendo assistido de perto ao desenvolver desta grave situação, Portugal implementou várias medidas que têm ajudado a combater com maior eficácia o alastrar dessa doença e ajudado a economia a resistir. Por isso, fomos saber junto da Comparamais as medidas de contingência aplicadas em Portugal.
As medidas para evitar o contágio
Como nos explica a especialista em comparação de preços, uma das principais preocupações deve ser agir quanto antes para evitar que o Covid-19 esteja espalhado pela população e, por isso, com maior risco de contágio entre as pessoas. Portugal começou por decretar medidas de isolamento como o encerramento das escolas até à Páscoa e o fecho temporário de serviços públicos como as Finanças (fazenda), os correios ou a previdência social. Em alternativa, foi reforçado o atendimento telefónico e os serviços digitais. Apesar de tudo, numa primeira fase foi sendo possível o atendimento nos serviços, mas apenas com agendamento prévio.
Mais recentemente, a 19 de março, o Presidente da República e o Governo de Portugal decidiram decretar o Estado de Emergência Nacional, reconhecendo a gravidade da situação e a necessidade de tomar medidas drásticas para conter o vírus. A Comparamais explica que, com esta alteração, praticamente todo o país ficou parado (a exceção são serviços vitais como mercados ou gasolineiras) e a liberdade de movimentos das pessoas está condicionada. As pessoas com mais de 70 anos e as que sofrem de doenças crônicas, as mais vulneráveis ao Covid-19, ficaram obrigadas a permanecer em casa e apenas sair para compras e outras emergências. E aos restantes portugueses foram também recomendado que ficassem em casa e não fizessem viagens longas, surgindo mesmo fiscalizações nas estradas para garantir que esse dever de recolhimento era cumprido. A verdade é que em Portugal o crescimento da epidemia de Covid-19 tem sido mais brando que na Espanha e Itália, demonstrando que a introdução atempada de medidas de isolamento pode ajudar a combater o alastrar do vírus.
As medidas para ajudar trabalhadores e economia
Com a maior parte do país em casa, seja por teletrabalho, isolamento ou para cuidar dos filhos sem escola, a Comparamais recorda que foi também preciso introduzir medidas para salvaguardar os empregos e evitar o encerramento das empresas. Por isso surgiram apoios da previdência social para ajudar a pagar salários e também incentivos para o mundo dos negócios.
Para garantir que os salários continuariam a ser pagos, foi decidido que a previdência social ajudaria com esse encargo. Assim, quem tenha sido obrigado a ficar em casa por isolamento ou para apoiar os filhos recebe ⅔ do seu salário, com 70% da verba a ser paga pelo Estado. Existem, no entanto, limites mínimos e máximos para este apoio. O mesmo acontece nas empresas que entrem em lay-off enviando os trabalhadores para casa, sendo de ressalvar a proibição de despedimentos nas empresas que recebem este apoio do Estado.
A Comparamais recorda que a segunda grande área de intervenção estatal em Portugal foi nos impostos. Para facilitar a vida às empresas, muitas delas sem qualquer entrada de dinheiro em caixa, muitas taxas foram adiadas ou ficaram com montantes inferiores ao habitual. É o que acontece, por exemplo, no pagamento mensal das empresas para a segurança social. Este desagravamento fiscal, em conjunto com as ajudas aos salários dos trabalhadores e outras medidas do Estado, vai custar a Portugal 5,2 mil milhões de euros. Ou seja, praticamente o mesmo que o país pensava gastar com educação durante todo o ano e dez vezes mais que o valor do Orçamento de Estado em 2020 para a Cultura.
Existe ainda outra grande área de intervenção. Como nos explica a Comparamais, foram criadas linhas de crédito garantido para os sectores da economia mais afetados. As agências de viagem (200 Milhões de euros), Restaurantes (600 M€), Hotéis (900 M€) e as indústrias do têxtil, calçado, vestuário e madeira (1300 M€), que, basicamente, ficaram paralisadas, podem recorrer a empréstimos. Destaque para o facto destas linhas de apoio, num total de 3000 milhões de euros, contarem com montantes destinados em exclusivo às empresas de menor dimensão.
Além deste financiamento, que é canalizado pelos bancos para as empresas pela Linha de Crédito – Covid19, outra medida de grande importância foi tomada no sector bancário. Ela passou pela moratória aos créditos à habitação e créditos pessoais, que significa um adiamento do pagamento dos empréstimos por particulares e empresas. Ou seja, como os ordenados desceram, não serão pagos estes encargos mensalmente.
Ataque ao Covid-19 em duas frentes
A Comparamais concluiu esta explicação sobre o cenário em Portugal indicando que a ação das autoridades se pode dividir, resumidamente, em duas áreas. A primeira é o combate direto ao Covid-19, evitando ao máximo o contágio, e a segunda é evitar que essa epidemia cause graves danos na saúde econômica do país. A primeira parte da luta parece estar a ter sucesso, já que o crescimento de infetados não tem superado os 15% (enquanto na Itália e Espanha se viram taxas acima dos 30% por vários dias). Já sobre a segunda, apesar de todos os esforços, será necessário que passe a epidemia de Covid-19 para se saber qual o seu impacto total…
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