Negócios

Como receber pagamentos de empresas estrangeiras sendo Freelancer?

O mundo do trabalho mudou bastante, ganhando novos contornos. Processo que vinha acontecendo lentamente, às margens da dinâmica tradicional, ganhou força com a pandemia de Covid-19.

Há mais de um ano os empregos invadiram os lares, mostrando que o teletrabalho é uma realidade que funciona bem para muitas ocupações.

Além disso, a redução de salários e o desemprego crescente provocado pela crise levaram muitas pessoas a fazerem do trabalho freelancer a fonte de renda oficial.

Segundo dados do relatório da Workana, uma das principais plataformas de freelancers atuante no mercado, somente em 2020 houve um crescimento de 32% no número de novos profissionais brasileiros cadastrados.

Embora necessite de bastante disciplina e organização, trabalhar como freelancer tem muitas vantagens.

Entre os pontos positivos elencados pelos entrevistados do estudo estão a possibilidade de gerenciar os horários, escolher projetos mais alinhados aos seus valores e poder trabalhar de qualquer lugar do mundo, independentemente de onde estão os parceiros de negócio.

Essa é uma característica interessante para quem deseja fazer uma reserva financeira em moeda estrangeira.

Com a tecnologia invadindo todas as esferas da vida, receber dinheiro do exterior é cada vez mais fácil e acessível para profissionais de todas as áreas.

Documentação

Ao ser contratado por uma empresa alocada no exterior, o profissional brasileiro deve procurar uma instituição financeira que opere no país pretendido e disponibilize esse tipo de serviço.

É necessário apresentar uma série de documentos, um dos principais é o Invoice.

Trata-se de um documento detalhado sobre o tipo de serviço prestado, o valor a ser recebido e a forma de pagamento acordada entre o contratante e o prestador de serviço. Além dele, é preciso emitir a nota fiscal referente ao contrato para fins de tributação.

Como receber o dinheiro?

Há algumas maneiras de receber o dinheiro vindo do exterior e a mais tradicional delas é por meio de uma conta (pessoal ou jurídica) em um banco convencional.

Nessas instituições é cobrada uma taxa para a realização do serviço, que varia de banco para banco, mais o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O prazo para que o dinheiro caia na conta do beneficiário é geralmente de três dias.

Outra opção que tem se popularizado são as fintechs, empresas financeiras que usam a tecnologia para realizar operações bancárias sem burocracia e com taxas mais competitivas.

Na Remessa Online, por exemplo, para receber um salário vindo de uma empresa no exterior, é preciso apresentar o contrato de prestação de serviço.

Uma vez aprovado, basta fazer login na conta e clicar em “Receber” e escolher a moeda em que o pagamento será feito.

Assim que o dinheiro cai na conta, o profissional é avisado e tem até dois dias úteis para resgatar a quantia.

Nessa empresa não é cobrada tarifa bancária, o câmbio usado pra a conversão é o comercial e é cobrado IOF de 0,38%. Entram ainda nos custos da operação uma taxa de 1,30%, que compõe o Valor Efetivo Total (VET).

Cartão Payoneer é opção

Outra opção para quem precisa receber dinheiro do exterior é o cartão Payoneer. 

Trata-se de uma ferramenta digital que permite realizar operações financeiras ao redor do globo, sem precisar sair de casa.

O usuário faz o cadastro, preenchendo dados pessoais, de segurança e bancários e submete à aprovação.

Uma vez aprovada a conta, basta solicitar o cartão pré-pago físico, que permite receber e realizar pagamentos internacionais, bem como gerenciar fundos, retirar dinheiro em caixas eletrônicos ou fazer compras.

As taxas cobradas pela Payoneer para recebimento de remessas estrangeiras variam entre 1% e 3%, sendo gratuitas em alguns países, dentre os quais o Brasil não está incluso.

Além disso, caso seja necessário realizar uma operação de câmbio durante a transferência, é cobrada uma taxa 0,5%.

A empresa cobra ainda outras tarifas como saques, manutenção anual de conta, consulta de saldo e extrato, transferências para contas bancárias, conversão, recusa na hora do saque e também para substituição do cartão pré-pago.

Gabriel Dau

Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atualmente trabalha como Redator do Jornal Contábil sendo responsável pela elaboração e desenvolvimento de conteúdos.

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