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Como servir vinho e dicas de opções para o inverno

Tomar vinho em reunião de amigos tornou-se popular no Brasil e com a chegada do frio o consumo da bebida ganha mais destaque. Para não errar na hora de servir, veja dicas e alguns rituais que podem não fazer muito sentido para quem não é especialista como cheirar a bebida.

Vinho que combina com o frio

Os tintos são mais indicados porque vão bem com carnes, massas, fondues, sopas, queijos, assados, risotos, pizza, ou seja, os pratos mais consumidos no inverno, além do fato de que, como toda bebida alcoólica, esquentam o corpo e geram uma sensação de satisfação.

Temperatura ideal para servir

Os vinhos tintos devem ser servidos entre 16° e 18°C, no inverno, o que pode ser considerado temperatura ambiente e dispensa refrigeração. Em dias mais quentes, eles podem ficar cerca de 30 minutos na porta da geladeira antes de ir à mesa. Já o vinho branco, deve ser servido entre 9° e 11°, independentemente da estação do ano.

• Quando usar decanter

Vinhos jovens e encorpados, com mais de 5 anos, podem ser servidos no decanter. No primeiro caso, são bebidas que não amadureceram muito e a decantação ajuda a desprender e liberar os aromas primários da fruta. No caso dos outros, o vinho em contato com o ar libera os aromas “presos” e fica mais rico na degustação. Já os vinhos mais velhos, com mais de 10 anos, devem ser servidos na própria garrafa, para não correr o risco de perder as principais características de aroma e sabor quando em contato com o ar.

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• Em que taça servir?

O importante é degustar o vinho em taças grandes, pois isso ajuda a bebida a apresentar suas melhores características de aroma, além de ser esteticamente mais bonito. Taças pequenas são feias e não apetecem. Já as específicas para cada tipo de vinho, região e tipo de cristal são adequadas apenas para avaliação de especialistas e enófilos exigentes e conhecedores da bebida. Para o dia a dia isso está fora de moda.

• É necessário analisar a rolha da garrafa?

Tecnicamente, sim, pois dá para sentir cheiro de mofo ou “velho”, o que mostra que o vinho pode estar estragado, mas se estamos em um restaurante que frequentamos ou em casa, não é necessário.

• Cheirar a bebida antes de tomar?

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A degustação do vinho é dividida em três sensações: visual, aromática e gustativa. Por isso, é essencial sentir o aroma do vinho antes de beber. É a segunda parte da degustação do vinho, traz sensação prazerosa, mesmo que a pessoa não consiga identificar quais são os aromas, vai saber se o vinho lhe agrada.

• Colocar o copo contra a luz para ver a cor?

Não é essencial, mas faz parte da análise visual, a primeira sensação da degustação. É como ver uma obra de arte, se a cor é bonita e lhe agrada. Tecnicamente, pode-se identificar se o vinho está jovem, velho, encorpado, leve, etc, mas é desnecessário quando estamos entre amigos, num restaurante ou com a família.

• Fazer bochecho com a bebida antes de engolir?

Isso só deve ser feito em degustações técnicas e por especialistas. O que devemos fazer é deixar o vinho encher a boca antes de engolir, para sentir a acidez, a doçura, a mineralidade, etc, e é possível fazer isso sem que alguém perceba.

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• Que tipo de vinho servir para um grupo diverso, no qual nem todos apreciam a bebida?

Esse é o momento de comprar um vinho com bom preço, entre R$ 15 e R$ 25, um leve, geralmente argentinos da uva Malbec, chilenos da uva Carménère ou Cabernet Sauvignon ou italianos da uva Sangiovese, da Toscana, por exemplo.

• Como escolher a bebida para começar e para terminar a noite em uma festa regada a vinhos?

Em primeiro lugar é preciso acompanhar as entradas ou petiscos, começando com espumantes leves ou Prosecco. Depois servir os vinhos tintos mais leves, e, na sequência, os encorpados. Para acompanhar a sobremesa ou finalizar antes do café, um vinho do Porto cai muito bem.

• Servir água para os convidados tomarem junto com o vinho?

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É ideal para “lavar a língua” na troca de um vinho por outro ou para poder sentir o gosto do vinho sem a interferência dos sabores do prato, durante o jantar.

• Alguns especialistas rejeitam a combinação queijos e vinhos. Quando essa dupla funciona?

Seguir todas as regras pode interferir no prazer. Pois tomar vinho é um coadjuvante em celebrações, reuniões com amigos. No caso dos queijos, podemos dizer que um gorgonzola é delicioso com um Porto, um brie derretido no forno com geleia de damasco é perfeito tanto com vinho branco como com um tinto de corpo médio, como um Carménère Reserva. O queijo tipo gouda vai bem com vinhos leves, espumantes e brancos. O de cabra temperado combina com vinhos tintos do Alentejo ou espanhóis médios e sempre com brancos e espumantes.

• Que combinações não devem ser feitas?

Peixe grelhado com um vinho tinto encorpado é um pecado ou vinho leve e jovem com cordeiro também não faz sentido. Mas em outros casos, as regras não são tão rígidas. Por exemplo, tecnicamente fondue harmoniza com vinho branco, mas também é uma delícia com um bom tinto.

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• Que comidas informais combinam bem com vinho?

Estrogonofe de frango ou carne é delicioso com vinhos rosé; bruschetta, que é fácil de fazer e todos gostam, harmonizam com brancos e italianos leves (Chianti, Montelpucciano D’abruzzo), fondue vai bem com tintos médios (Carménère ou Cabernet do Chile, Merlot do Brasil ou franceses como Côte Du Rhône).

Churrasco combina com vinhos argentinos da uva Malbec, na faixa de R$ 20 a R$ 30. O vinho que acompanha a pizza depende do recheio da massa, mas as receitas clássicas como margherita, frango com catupiry ou similares, vão bem com Shiraz (ou Syrah), vinhos italianos leves ou Cabernet ou Pinotage sul-africanos, encontrados pelo preço médio de R$ 30 a R$40.

• Posso servir café após um jantar regado a vinho?

Depois da sobremesa e de um Porto não tem problema algum. O café é uma bebida gourmet e com tantos tipos de grãos é um bela opção para fechar a noite, além de que o café após um jantar, ajuda na digestão.

• Dicas de compra

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O Brasil é a bola do vez no mundo do consumo e produtores de todos os países estão trazendo seus vinhos para o País. E a produção nacional tem melhorado muito. Entre os brasileiros, há novidades como o Vallontano Merlot Reserva 2007 e o espumante Cave Geise, que custam cerca de R$ 60. Outra novidade são os vinhos dos Estados Unidos, da região de Napa Valley, Califórnia.

Um exemplo é a chegada da mais esperada linha de vinhos da vinícola do ator e diretor Francis Ford Coppola que, além do rótulo, são excepcionais e chegam a um preço acessível, a partir de R$ 75 reais. E sempre há os achados entre os vinhos de países produtores como Uruguai, Chile, Argentina e África do Sul, com preços até R$ 40.

• Diferença entre Enófilo, Sommelier e Enólogo

O primeiro é amigo do vinho, pode ser qualquer pessoa que gosta de beber vinho, independentemente do nível de conhecimento. Já o enólogo é o produtor do vinho e geralmente é um agrônomo.

É ele que define as misturas, a forma de plantio, produção etc. O sommelier é um profissional treinado, responsável pelo serviço do vinho, como harmonização, melhores vinhos para cada momento, safras, responsável pela guarda do vinho nos restaurantes e importadoras, e hoje em dia é quem presta treinamento aos enófilos de plantão.

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Fonte: Terra

loureiro

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