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Compensa começar a contribuir para o INSS depois de velho?

Em meio às incertezas da vida, questionamentos sobre o futuro financeiro são comuns, especialmente quando se trata da segurança na aposentadoria. “Será que ainda vale a pena começar a contribuir para o INSS depois de uma certa idade? O que acontece com aqueles que já estão na casa dos 40, 45 ou 50 anos?” Essas são dúvidas frequentes que assolam muitos brasileiros.

A Previdência Social é um sistema que assegura benefícios apenas àqueles que contribuem regularmente e seus dependentes. Por outro lado, existe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), regido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), no âmbito do INSS.

Contudo, é crucial entender que o BPC é destinado exclusivamente a indivíduos de baixa renda, com 65 anos ou mais, ou àqueles que enfrentam incapacidades. Essa distinção é vital, pois sublinha a importância de considerar todas as possibilidades ao planejar a segurança financeira na terceira idade. A decisão de contribuir para o INSS em uma idade mais avançada pode parecer desafiadora, mas é uma questão que merece uma análise cuidadosa e ponderada.

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Vale a pena começar a contribuir para o INSS depois de velho?

Muitos, ao ponderar sobre a contribuição previdenciária, focam unicamente na aposentadoria, negligenciando a gama de outros benefícios assegurados pelo INSS, como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez e o auxílio-acidente.

Pensemos em um cenário onde um indivíduo se torna incapacitado após 12 meses de contribuição – o período de carência mínimo, exceto para enfermidades graves previstas em lei. O montante que essa pessoa investiu retornaria já no primeiro mês de recebimento do benefício.

Se considerarmos a aposentadoria por idade, o argumento a favor de contribuir também se sustenta: uma mulher de 50 anos que nunca contribuiu para o INSS poderia, ao alcançar os 65 anos, se aposentar com o recebimento de ao menos um salário mínimo, dependendo do método de contribuição. Ela poderia reaver o investimento em menos de dois anos após se aposentar, a depender do percentual de contribuição!

Isso sem mencionar outros aspectos, como a pensão por morte para os dependentes ou a eventualidade de um acidente ocorrer logo após o início da contribuição. Não se trata de uma visão pessimista, mas sim de um exercício de precaução! Infelizmente, imprevistos e problemas de saúde são realidades da vida.

Portanto, a conclusão é clara: SIM, iniciar as contribuições para o INSS em uma fase mais madura da vida é, sem dúvida, um investimento valioso e prudente!

Regra para ter direito a aposentadoria

Para se tornar elegível para a aposentadoria por idade, o segurado deve satisfazer, no mínimo, dois critérios essenciais:

  • Alcançar a idade mínima estabelecida (62 anos para mulheres e 65 anos para homens); e
  • Completar o período de carência exigido (15 anos de contribuição, ou seja, 180 meses de carência).

A norma vigente para pagamento do benefício será de:

Será concedido 60% da média de todos os vencimentos contributivos desde julho de 1994, com um acréscimo de 2% para cada ano que ultrapassar 20 anos de contribuição no caso dos homens e 15 anos no caso das mulheres.

Dessa maneira, podemos observar que uma pessoa que começou a contribuir ao INSS aos 50 anos, por exemplo, um homem, poderá ter acesso a sua aposentadoria com seus 65 anos, ou seja, compensa e muito contribuir para o INSS.

Claro que o valor poderá ser relativo, mas lembrando que existe uma regra que estabelece que o valor mínimo que o Instituto pode pagar ao segurado é um salário mínimo, logo, começar a contribuir após idade mais avançada, claramente se torna uma vantagem, tanto por garantir acesso a benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente, como também dará direito a aposentadoria por idade.

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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