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Quando o tema é competências do futuro, o ambiente organizacional tem uma missão muito importante no estímulo e desenvolvimento prático dessas novas modalidades cognitivas.
A Economia Criativa é um termo muito disseminado incluindo a ideia de que habilidades como a própria criatividade e todas as suas vertentes, seja na comunicação, arte, arquitetura, tecnologia e tantas outras, são ferramentas cruciais para inovações e competências do futuro.
No debate sobre ‘profissões do futuro’ será necessário o estímulo e exercícios das competências primordiais e que fará parte de praticamente todas as funções.
Tentar prever profissões do futuro é bastante complexo. Se parar para refletir com profundidade, por que isso seria importante?
Será que essa geração preocupa-se tanto em ‘ter uma profissão’ ou em agregar e integrar ao cenário de múltiplas maneiras? O desenvolvimento de competências é um debate essencial.
Pensando nisso, consideramos mais importante discutir sobre as competências do futuro e principalmente, orientar as empresas a estimular essas habilidades no contexto organizacional. Confira quais são:
Não por acaso esse foi o primeiro tópico escolhido aqui na Plano Consultoria Empresarial. O estímulo ao trabalho colaborativo, inteligência coletiva e a co-criação são fundamentais para resolver questões no mundo VUCA.
OK, muitas empresas já entendem (teoricamente) que hierarquias rígidas e centralizadas não fazem mais sentido. Porém, um ambiente colaborativo altamente funcional se constrói com prática, direcionamento e estímulos assertivos.
O quanto a sua empresa faz isso na prática?
Outro ponto muito importante. Afinal, o que é flexibilidade cognitiva? É não ter uma opinião sobre um assunto?
Na realidade a flexibilidade cognitiva não é somente o que o nome diz ‘pensamento flexível, ajustável’.
Indivíduos cognitivamente flexíveis prezam pelo pensamento analítico, racional e não se importam de repensar sobre as próprias crenças.
Uma mente flexível questiona a si próprio. ‘Por que eu acreditei nisso’ e preocupa-se menos com ‘Devo convencer aos demais de que estou certo’.
Flexibilidade é manter-se em exercício contínuo de reflexão e abertura para que a inteligência coletiva de fato possa ser útil na prática.
A negociação nesse caso não se restringe ao ambiente financeiro, mas na capacidade de compreender a fundo as necessidades e responder aos cenários de maneira pontual e assertiva.
Engloba capacidade de organização, comunicação e planejamento. Negociação em diferentes contextos, como na própria vida.
Na realidade o ecossistema de mudanças constantes geradas pela tecnologia empurrará as pessoas para visões e atitudes mais criativas.
Criatividade para diminuir burocracias, técnicas para tornar ágil a entrega de um produto ou serviço. Esforços em conjunto para resolver questões que travam o trabalho, dentre outros exemplos.
O atendimento humano só fará sentido se for realizado com empatia e foco na resolução do problema do cliente.
Serviços de orientação serão bastante requisitados, exigindo o preparo do time para atender as necessidades do consumidor em diferentes vertentes.
O que seria um pensamento crítico?
Um esforço cognitivo para trazer perspectivas mais amplas sobre o produto ou serviço, por exemplo, conseguir prever a reação do consumidor e impacto, seja positivo ou negativo.
Pensar criticamente é enxergar o óbvio que fica escondido atrás das crenças pessoais que embaçam as lentes para a realidade.
Na ausência de pessoas que pensam criticamente, o que também inclui visão e conduta ética, dificilmente a empresa alcançará credibilidade e compromisso social, aspectos muito importantes para o caminho futuro.
Não por acaso uma abordagem que auxilia muito a Plano nessa tarefa é o sensemaking. Inclui o pensamento crítico e novas perspectivas sobre o cenário, através de lentes diferentes.
Como exemplo dessa prática no cenário atual de covid-19 e isolamento, a Fiat contratou profissionais antropólogos para analisar o contexto e sugerir perspectivas para abordagens necessárias em produtos e serviços, condizentes com a nova realidade.
Vale destacar que o cenário em que estamos inseridos economicamente, mesmo na ausência de pandemia, já é por si só complexo. Mudanças climáticas, necessidades ambientais e tantas outras ‘surpresas’ aos efeitos humanos podem surgir sem que esperemos.
A diferença é que existirão negócios que apenas irão reagir a um contexto como esse, enquanto outros reunirão esforços, inteligência coletiva e sensemaking para enxergar além e construir uma abordagem mais humana e próxima das necessidades sociais.
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