Contador está entre os profissionais com mais riscos de ter depressão

A depressão pode acometer a produtividade no trabalho e, infelizmente, vem afetando muitos trabalhadores. Transtornos mentais nem sempre são fáceis de serem comprovados, mas quando diagnosticados, o trabalhador precisa se afastar para se tratar.

Um ambiente de trabalho exaustivo, muita competição, pressão por resultados melhores, cumprimento de prazos, entre outros fatores são responsáveis por gerar estresse no trabalhador . Muitas vezes ele nem tem ciência que isso pode afetar sua qualidade de vida e pode causar uma grave doença. 

De acordo com a revista estadunidense Health, do Ministério da Previdência Social e do Instituto SWNS, os contabilistas e consultores financeiros estão entre as 10 profissões mais propensas a desenvolver depressão.

E tem mais, de acordo com o Senado Federal, a depressão está em 2° lugar entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. perdendo apenas para as Lesões por Esforço Repetitivo (LER)

 O estresse ocupacional é causado pelo ritmo frenético que nós temos hoje em relação a tudo, principalmente no trabalho. A cobrança excessiva de metas e os conflitos que existem no próprio mundo do trabalho implicam o estresse ocupacional. 

leia também: Saúde mental no trabalho: não cuidar será um dos grandes males para o empregador

Como identificar a depressão no trabalho?

O primeiro passo é diferenciar a tristeza da depressão. A tristeza é apenas um estado momentâneo, já a depressão é uma psicopatologia que leva as pessoas a viver um estado constante de desconforto e angústia.

Dessa forma, são várias as maneiras que a depressão pode se manifestar, e os sinais variam muito de pessoa para pessoa, porém algumas características aparecem com mais frequência e algumas delas são:

  • Desânimo, cansaço e indisposição;
  • Ansiedade, preocupação, insegurança e indecisão;
  • Sensação constante de culpa, inutilidade, incapacidade, desamparo e solidão;
  • Alteração no sono- tanto a insônia quanto o excesso de sono-, cansaço fora do normal;
  • Alteração no apetite- excesso ou falta dele;
  • Dificuldade de concentração e falhas na memória;
  • Ideias de morte ou suicídio;
  • Tristeza e/ou irritabilidade persistente, inquietação e isolamento social;
  • Perda da capacidade de sentir prazer nas atividade que antes gostava de fazer, seja no trabalho ou lazer, inclusive na vida sexual;
  • Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda de energia, preocupação excessiva com os problemas.

10 profissões mais propensas a desenvolver depressão

  • Telemarketing;
  • Consultor de vendas;
  • Enfermeiras e cuidadoras de criança;
  • Assistentes Sociais;
  • Médicos;
  • Professores;
  • Profissionais de apoio administrativo ( Secretárias, atendentes)
  • Consultores financeiros e contabilistas;
  • Garçons;
  • Artistas e escritores.

Desse modo, é importante ressaltar que esta é apenas uma listagem com algumas profissões que podem causar depressão no trabalho. O que de fato causa essa depressão é a forma de gestão do chefe para o empregado, a competitividade no mercado, a busca para ter sua empresa reconhecida, para bater meta e para ganhar mais dinheiro. 

Por isso, os chefes e administradores das empresas acabam esquecendo que estão lidando com humanos e não máquinas. 

Leia também: Saúde mental merece atenção na rotina dos colaboradores

Como agir nestas situações?

No passado, as doenças psiquiátricas eram ignoradas pelas empresas que não reconheciam a gravidade e tratavam apenas como uma tristeza passageira ou como falta de interesse. 

Infelizmente, é  muito comum até hoje os profissionais sofrerem em silêncio e serem demitidos por algo que não podiam controlar. Por isso, este assunto tem que ser mais comentado nas mídias, para quem sofre deste problema estar ciente dos seus direitos. 

Para reverter este quadro e promover uma mudança no ambiente de trabalho é mantê-lo saudável em atitudes como: investir em programas de qualidade de vida, incentivar a realização de atividades físicas e criar ferramentas para denunciar os abusos.

Todavia, é primordial a necessidade de acompanhamento profissional e existem algumas empresas que disponibilizam profissionais especializados a seus funcionários.

Ao sentir que está sofrendo com o problema, procure a ajuda do RH de seu serviço. Caso não tenha, procure um colega ou o próprio superior e explique o que está passando.

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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