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Nesta quarta-feira (1º), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. Apesar da recente valorização do dólar e das taxas de juros em ascensão nos Estados Unidos, a expectativa é que o Copom opte por reduzir a Selic, atualmente em 12,75% ao ano, para 12,25% ao ano. Isso marcará o terceiro corte consecutivo desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.
Em comunicados recentes, o Copom havia indicado que os diretores do BC, juntamente com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, concordavam de forma unânime com a perspectiva de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
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De acordo com a edição mais recente do boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve, de fato, registrar uma redução de 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições prevejam um corte menor, de 0,25 ponto. A expectativa geral do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano. A decisão do Copom será anunciada ao final do dia de hoje.
Na reunião de setembro, o Copom expressou preocupações em relação à incerteza presente nos mercados financeiros. O comitê também identificou riscos de um possível aumento, próximo ao final do ano, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação.
O Copom analisou que parte dessa incerteza que afeta as expectativas de inflação nos mercados está relacionada à habilidade do governo em implementar políticas fiscais compatíveis com as estruturas orçamentárias. No mercado internacional, a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de baixar os juros em 0,5 ponto.
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Para o Banco Central, a redução das projeções de inflação se dará por meio de uma ação decisiva, visando fortalecer a credibilidade e a reputação tanto das instituições quanto dos mecanismos econômicos em vigor. Devido à substancial desaceleração nos índices de preços nos últimos meses, as expectativas inflacionárias estão em declínio.
De acordo com a edição mais recente do Boletim Focus, as estimativas para a inflação em 2023 foram revisadas de 4,65% para 4,63%. Esses números situam-se dentro do intervalo estabelecido como meta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de até 4,75% para este ano.
No mês de setembro, impulsionado pelos preços da gasolina, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,26%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a pressão exercida pelos combustíveis, o índice permaneceu em linha com as expectativas do Boletim Focus. Esse resultado resultou em um aumento acumulado de 3,5% no ano e de 5,19% nos últimos 12 meses.
A taxa básica de juros, conhecida como Selic, desempenha um papel crucial nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Além disso, ela serve como referência para outras taxas na economia, desempenhando um papel fundamental na estratégia do Banco Central para controlar a inflação. Diariamente, o Banco Central realiza operações de mercado aberto, envolvendo a compra e venda de títulos públicos federais, com o objetivo de manter a taxa de juros próxima ao valor definido nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Quando o Copom opta por elevar a taxa Selic, seu principal objetivo é conter a demanda excessiva na economia. Isso tem um impacto direto nos preços, uma vez que taxas de juros mais elevadas encarecem o crédito e incentivam a poupança. Por conseguinte, taxas mais altas também podem restringir o crescimento econômico. No entanto, para os bancos, a definição das taxas de juros para os consumidores leva em conta outros fatores, como o risco de inadimplência, margem de lucro e despesas operacionais.
Uma redução na taxa Selic, por sua vez, tende a tornar o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo. Isso, por sua vez, pode diminuir o controle sobre a inflação e fomentar a atividade econômica.
As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias. Durante o primeiro dia do encontro, são apresentadas análises técnicas sobre a situação econômica brasileira e global, bem como o comportamento dos mercados financeiros. No segundo dia, os membros do Copom, que consiste na diretoria do Banco Central, revisam as informações e tomam decisões em relação à taxa Selic.
Para o ano de 2023, o Banco Central tem como meta de inflação a ser perseguida, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, um índice de 3,25%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior da meta é de 1,75%, enquanto o superior é de 4,75%. No que se refere aos anos de 2024 e 2025, as metas são estabelecidas em 3% para ambos, com o mesmo intervalo de tolerância. Quanto à meta para 2026, esta será definida ainda neste mês.
No último Relatório de Inflação, divulgado no final de setembro pelo Banco Central, a instituição manteve sua projeção de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano de 2023 em 5%, indicando a possibilidade de um ligeiro descumprimento da meta de inflação estabelecida. O próximo relatório está previsto para ser divulgado no final de dezembro.
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