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Copom sobe juros pela 5ª vez, a 6,25% ao ano, maior nível desde 2019

Copom sobe juros pela 5ª vez, a 6,25% ao ano, maior nível desde 2019

O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou pela 5ª vez  consecutiva a taxa básica de juros, nesta quarta-feira (22). A Selic passou de 5,25% para 6,25% ao ano. Sendo o maior patamar desde julho de 2019. No final de outubro quando o Copom voltar a se reunir poderá haver um novo ajuste da mesma magnitude (de um ponto percentual – na taxa Selic).

Na verdade, o Banco Central segurou a alta de preços. Isso porque, o IPCA acumula 9,68% em 12 meses, até agosto. Estando muito acima da meta do BC (3,75%), com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (podendo ter uma variação entre 2,25% e 5,25%).

Em um trecho de nota divulgada pelo Copom, é mencionado os motivos da alta dos juros. “A inflação ao consumidor segue elevada. A alta nos preços dos bens industriais (…) ainda não arrefeceu e deve persistir no curto prazo. Adicionalmente, persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis”.

A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos por ela corrigidos. A alta não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são bem maiores.

O mercado financeiro estima que a inflação medida pelo IPCA somará 8,35% em 2021, bem mais que o dobro da meta central (7,5%) e acima do teto de 5,25% do sistema de metas.

O mercado financeiro estima que em 2022 a inflação esteja em 4,10%, acima da meta central, mas ainda dentro da tolerância.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) argumentou que a alta de 5,25% para 6,25% ao ano da Selic aumenta o risco de uma nova recessão, num cenário em que nem a produção industrial, nem o emprego se recuperaram dos níveis anteriores à pandemia de covid-19.

Já a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) disse em nota que considera “excessivo” nesse momento acelerar o ritmo de aumento da taxa básica de juros da economia. A entidade argumenta que o aumento da taxa básica de juros 5,25% para 6,25% pode comprometer a recuperação de uma economia ainda fragilizada.

“Acreditamos que a evolução do quadro inflacionário atual e as expectativas inflacionárias à frente seguem sendo de manutenção do ciclo de alta da taxa de juros, dados os fatores relacionados ao risco fiscal e a recomposição da demanda.”

Com informações do portal G1

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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