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O currículo é o cartão de visita do candidato. É com essa ferramenta que ele apresenta sua experiência, objetivos profissionais e parte do que pode oferecer para as empresas.
Na ânsia pela contratação, muitos incluem informações que não condizem necessariamente com a realidade e “alguns chegam a mentir até na entrevista, mas é muito difícil que um profissional com experiência em recursos humanos não perceba”, explica Renata Motone, especialista em Recursos Humanos da Luandre, consultoria com 50 anos de atuação no mercado.
Para Renata, a mentira no currículo é um fator que depõe contra o candidato, por dois motivos. Um deles é a falta de aptidão que o candidato terá para o cargo, uma vez que os pré-requisitos necessários não estão sendo de fato preenchidos. O outro é a demonstração de falta de ética e o constrangimento, caso descoberto.
Saiba quais as mentiras mais comuns e entenda como fazer bem seu próprio marketing sem ter que mentir no currículo.
Há quem minta sobre o salário anterior como forma de se valorizar e tentar uma negociação por um valor maior no próximo emprego.
Renata aconselha a não fazer isso porque há uma média salarial para cada cargo e quem seleciona sabe disso.
“Fluência em língua é outra mentira frequente”, diz Renata da Luandre — “a questão é que na primeira prova escrita ou entrevista oral já se nota a diferença entre o real e o que se conta no currículo”.
Ela aconselha a ser claro quanto às habilidades linguísticas, afinal, há vagas em que não é necessário o inglês.
Muitos querem impressionar e acreditam que adicionar experiência como voluntário em causas sociais vai facilitar a contratação, mas não passam autenticidade na entrevista.
“A estratégia em vez de contar pontos, joga contra”, esclarece Renata, que acrescenta que este não é um fator decisivo na maior parte dos casos e, portanto, só deve constar no currículo se, de fato, o candidato puder contribuir para a empresa com sua real vivência como voluntário.
Como forma de status, candidatos mentem sobre a universidade em que se graduaram ou falam sobre MBAs, doutorados e outros títulos que não têm efetivamente.
Há cargos que exigem formação específica, mas o importante é poder comprovar o conhecimento — “onde o candidato cursou a faculdade não é um ponto decisório, experiência e conhecimento contam mais”.
Não existe problema em dizer que foi demitido. É algo até considerado normal e pode acontecer por uma série de razões.
O que se deve evitar é falar mal da empresa anterior, mesmo que a demissão não tenha sido amigável.
“Tentar atacar o antigo empregador só gera dúvidas ao selecionador sobre o caráter do candidato. O melhor é ser direto e sutil sobre o motivo da demissão”, aconselha Renata.
Por Luandre Soluções em Recursos Humanos tem 50 anos de atuação e oferece soluções técnicas e inovadoras na área de RH.
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