Participar de um processo seletivo para uma posição de liderança é algo que muitos executivos passam ao longo de suas carreiras. Receber uma ligação de um profissional de RH ou headhunter é motivo de felicidade, porém, ao mesmo tempo a ansiedade toma conta, ainda mais em um país que tem a população mais ansiosa do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A apreensão toma conta, com a cobrança do próprio executivo de mostrar o seu melhor para conquistar a posição. No entanto, a falta de preparo para esse momento muitas vezes coloca a possibilidade de ter êxito por água abaixo. Lúcio Daniel, sócio da EXEC, empresa especializada na seleção e desenvolvimento de altos executivos e conselheiros, que, ao longo de 13 anos de mercado já entrevistou mais de 14 mil pessoas, em 90% das entrevistas os executivos não se preparam para isso.
“Grande parte deles não se prepara totalmente para a hora de estar frente a frente com o entrevistador, seja presencialmente ou online. É muito raro ver um executivo totalmente pronto. Muitas vezes a rotina corrida dificulta esse preparo, seja porque ele está saindo de uma reunião, pega trânsito no meio do caminho para chegar ao local da entrevista ou abre o link da entrevista em cima da hora quando a conversa é digital, deixando tudo para a última hora”, afirma.
De acordo com Daniel, é importante o executivo ter uma noção profunda com quem vai falar. “Além de cuidar da sua apresentação, com vestimenta adequada, ser pontual e simpático, o executivo deve fazer um mergulho na empresa, conhecer sua história, saber quem são seus investidores, organograma, histórico, quem está por trás dela, seus aspectos culturais, valores e propósito. Um estudo prévio sobre a organização é muito importante. Tudo isso soma para a pessoa ter a chance de fazer uma boa conversa e demonstrar claramente para o entrevistador a relação que ele pode ter com os valores da empresa e aspectos técnicos da posição”.
O sócio da EXEC aponta ainda que, do outro lado do balcão, as empresas também estão cometendo alguns equívocos nos processos seletivos de posições de liderança executiva. “Vivemos em uma era no qual o aspecto comportamental tem um grande peso na hora de escolher um líder, além dos valores e princípios, o que chamamos de soft skills. No entanto, infelizmente hoje as empresas ainda têm um olhar muito voltado para as capacitações técnicas do candidato, que têm maior aderência nesse sentido, deixando mais de lado sua visão estratégica, por exemplo”, analisa.
O perfil do líder sofreu grandes mudanças nos últimos anos, principalmente após a pandemia. E isso impacta diretamente na busca de candidatos para ocupar essas cadeiras. “Com o trabalho remoto, a saúde mental ganhando mais ênfase, o perfil do líder mudou. Com isso, as entrevistas para as posições de liderança executiva têm sido conduzidas de maneira muito diferente. Como headhunters, nós investigamos se o executivo evoluiu seu estilo de liderança para uma postura mais empática, aberta, inclusiva, baseada em propósito, se tem habilidade para lidar com a diversidade, incluindo a questão geracional, com jovens da geração Z e profissionais mais maduros trabalhando em uma mesma equipe, além da sua capacidade de engajar times que trabalham online, sem contato físico”, explica Daniel.
Outro aspecto mencionado pelo sócio da EXEC é o preparo do “novo líder” para lidar com profissionais da geração Z. “Os jovens da geração Z chegam ao mercado de trabalho com uma ansiedade muito maior do que os profissionais mais velhos, o que demanda do líder a capacidade de saber lidar com esse sentimento, transmitindo segurança, oportunidades de projetos, investir em trilha de carreira, deixando-os mais confortáveis”.
Lúcio elencou e comentou seis estratégias importantes para ajudar os executivos se saírem bem na hora da entrevista.
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