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Dinheiro ‘esquecido’ pode ser retirado por herdeiros?

O dinheiro ‘esquecido’ no banco pode ser retirado por herdeiros de parentes falecidos? Essa é a dúvida de muita gente que ficou sem saber se tem direito nesse caso.

Na segunda-feira (14), o Banco Central (BC) retornou com a consulta aos valores ‘esquecidos’ em bancos. O Sistema Valores  a Receber (SRV) foi criado em janeiro, mas a consulta de quase todo o Brasil, congestionou o site do Banco do Central que se obrigou a suspender temporariamente o acesso. Agora, o sistema está no ar novamente.

Para os herdeiros, a notícia é boa, eles vão poder fazer a consulta para saber se há valores a ser retirados de parentes falecidos. A consulta neste caso é diferente do normal. Isso porque o BC não permite a consulta a contas de parentes falecidos por qualquer pessoa, a instituição considera esse tipo de informação como sensível. O Banco Central promete para os próximos dias informar quais serão os procedimentos que deverão ser realizados por terceiros para poder pedir o saque de valores.

Neste caso, o BC deverá orientar como herdeiros, procuradores, tutores, curadores, inventariantes e responsáveis por menores não emancipados vão poder fazer a retirada do dinheiro das contas de parentes falecidos. Geralmente, a pessoa precisa ser inventariante (autorizada pela justiça) para poder ter acesso a valores em contas bancárias.

Nos casos quando não há inventariante, será possível realizar a abertura do processo direto em um cartório sem precisar recorrer à justiça.

Para realizar o saque em contas de falecidos com certeza será necessário ser feito pelo inventariante e com autorização da justiça. No caso do órfão ou o viúvo que não tenha o inventário pronto, é possível realizar a abertura do processo direto em um cartório, sem a necessidade de ir à justiça.

Como sei se tenho dinheiro ‘esquecido’ no banco?

Para saber se você tem a valores a receber terá que seguir as instruções fornecidas pelo BC:

Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br; 

em seguida, digitar seu CPF ou CNPJ e a data de nascimento ou de criação da empresa para consultar se há valores ‘esquecidos’ em bancos;

nos casos em que houver valores a ser retirados, será informado uma data pelo sistema. Será nesta data que você saberá o valor exato a receber (sendo possível pedir transferência) também pelo endereço valoresareceber.bcb.gov.br. 

Está disponível no sistema um calendário para que você possa pedir o resgate do dinheiro tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica. O calendário libera a consulta de acordo com o mês de nascimento ou quando a empresa foi aberta:

  • 7 a 11/3 – para nascidos ou empresas abertas antes de 1968
  • 14 a 18/3 – para nascidos ou empresas abertas entre 1968 e 1983
  • 21 a 25/3 – para nascidos ou empresas abertas após 1983.

Há um horário liberado para consulta, neste caso você deverá ficar atento, isso porque as consultas só podem ser realizadas nesse período: das 4h às 14h ou de 14h à meia-noite.

No caso de consulta para parente já falecido, é necessário ter em mãos documentos que comprovem seu parentesco com ele. Fique atento,  que assim como a conta para si próprio, para realizar um pedido ao Banco Central é necessário ter uma conta gov.br de nível prata ou ouro. Veja como:

será necessário entrar na página do Banco Central para descobrir quais documentos são necessários para que possa ser realizada a consulta para informação de outra pessoa;

selecionar o canal “Pela internet” ou “Por correspondência”, se preferir;

Escolher o perfil correto para a sua situação.

Depois envie o seu pedido:

Acessando o endereço do Banco Central;

em seguida, clique em “Pedido de informação ao BC”;

Clicar em “Outro assunto”;

Clicar em “Pedir informação”;

neste momento você vai entrar com conta gov.br, ela precisa ter nível prata ou ouro;

Continue a fazer o pedido.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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