Operação da PF revela que maquininhas de cartão de crédito foram usadas pelo PCC para lavagem de dinheiro, gerando prejuízo de R$ 450 milhões a empresários
O crédito rotativo do cartão tem emergido como uma das principais vias de financiamento para os cidadãos brasileiros.
Em prática, os consumidores são direcionados a esse método de empréstimo, que cobra juros que chegam, em média, a 440% ao ano, quando pagam apenas uma fração mínima da fatura do cartão.
De acordo com estatísticas do Banco Central, no mês de junho, os cidadãos do Brasil acumularam uma dívida de R$ 77,46 bilhões no crédito rotativo do cartão.
Esse número dobrou em relação a junho de 2021, quando as dívidas totalizaram R$ 38,48 bilhões. Esse montante representa o saldo pendente no crédito rotativo, ou seja, o volume total das dívidas. Paralelamente, a taxa de inadimplência no mesmo período aumentou de 27,65% para 49,05%.
Quando um cliente não consegue quitar integralmente a fatura do cartão, o banco oferece um pagamento mínimo para a dívida.
A porção restante, não paga, é financiada, acarretando juros adicionais para os usuários no sistema de crédito rotativo.
Até junho, a taxa de juros mensal estava em 15,03%, conforme registrado pelo Banco Central.
Leia Também: O Que É O Rotativo Do Cartão De Crédito? Governo Prevê Mudanças
Na semana passada, durante uma sessão no Senado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, revelou que estava em andamento uma discussão com os bancos acerca da eliminação do sistema de crédito rotativo do cartão.
Campos Neto também abordou a questão da limitação dos juros, destacando que essa medida poderia resultar em uma redução na disponibilidade de cartões de crédito.
Por outro lado, ele mencionou que os consumidores inadimplentes teriam a opção de liquidar suas dívidas de forma parcelada, com uma taxa de juros de 9% ao mês.
Além disso, o líder do Banco Central trouxe à tona a possibilidade de impor um limite ao parcelamento sem a cobrança de juros.
Entretanto, o anúncio antecipado dessa solução provocou controvérsias e, de maneira oficial, Campos Neto afirmou que ainda não havia uma decisão definitiva a respeito desse tema.
Ele também explicou que o aumento das taxas de juros no cartão de crédito é influenciado pelo considerável número de parcelamentos realizados nas compras, com uma média de 13 parcelas por consumidor.
Essa extensão nos pagamentos acarreta em um aumento do risco de crédito para as instituições financeiras, tendo em vista o potencial de alguns consumidores não cumprirem com suas obrigações financeiras. Como resultado, esse cenário se traduz em taxas de juros mais elevadas.
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