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Dívida X Lucro: a Contabilidade Gerencial acabando com o vilão das empresas

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A vida útil de uma parcela significativa de empresas no Brasil dura em torno de 4 anos, de acordo com o IBGE. Tal fato ocorre, em sua maioria, pela falta de conhecimento dos empresários em gestão financeira e, principalmente, da ausência de estruturação e análise das demonstrações contábeis. A ausência de informações sobre a saúde financeira do negócio, pode causar a redução do lucro devido às despesas financeiras com altas taxas de juros provenientes dos empréstimos e financiamentos, comprometendo assim a Projeção de Fluxo de Caixa. Por isso é essencial que os donos do negócio e profissionais como Gestores Financeiros e Controllers, utilizem a Contabilidade Gerencial como ferramenta para analisar mais profundamente os dados econômicos-financeiros.

Como e quando usar a Contabilidade Gerencial para uma análise financeira?

A Contabilidade Gerencial, ou Contabilidade de Gestão, fornece um conjunto de informações geradas na contabilidade com fins gerenciais, e pode ser utilizada por todos os portes de empresas tais como: micro, pequenas, médias e grandes.

processo de Contabilidade Gerencial é de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingirem os objetivos organizacionais, não se prendendo a nenhuma obrigação legal.  Lembrando que o Contador é responsável pelas obrigações legais, enquanto o Controller e/ou o Gestor Financeiro, realizam o trabalho de análises e elaboração dos relatórios, auxiliando a diretoria a terem uma visão sintética e analítica dos dados para a tomada de decisão.

Algumas informações da Contabilidade Gerencial que os gestores devem utilizar para analisar o desempenho organizacional, são:

Em algumas empresas que não possuem um setor de Contabilidade ou a Contabilidade é externa, o maior erro cometido pelos gestores é o de não realizar as análises das demonstrações contábeis. Isso ocorre pois calculam apenas o vendido no mês (receita), menos o pago (despesas), chegando ao lucro. Muito desses relatórios são elaborados por funcionários despreparados ou proprietários sem conhecimento em finanças, como segue um exemplo de modelo:

Análise-financeira-simples

O correto é a empresa elaborar um Demonstrativo de Resultado do Exercício, famoso DRE. Nele é possível analisar as rubricas e ter uma compreensão mais clara do resultado econômico da organização, conforme a imagem abaixo.

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Estrutura do DRE

Caso você tenha interesse em fazer o download do Modelo de Planilha de Demonstrativo de Resultado, pode baixá-la gratuitamente clicando no banner:

Planilha Modelo de Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)

O que é Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e o Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC)

Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), é um relatório que oferece uma síntese econômica completa das atividades operacionais e não operacionais de uma empresa em um determinado período de tempo, demonstrando claramente se há lucro ou prejuízo. Ele foi criado pela legislação brasileira para padronizar e organizar o controle financeiro da empresa. Embora muitas pessoas não saibam, o DRE surgiu a partir de uma lei brasileira criada em 1976, a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404). Essa lei tornou obrigatória a apresentação anual de um DRE por todas as empresas do país, devendo seguir determinadas orientações e padrões exigidos na Lei.

Já a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é uma demonstração contábil, que mostra as entradas e saídas de dinheiro do caixa e investimentos num determinado período, ou seja, evidencia a posição financeira da empresa. O DFC, é dividido em três atividades:

  • Atividades Operacionais: são as receitas e os gastos relacionados a produção dos bens e serviços.
  • Atividades de Investimentos: relacionam-se com o aumento ou diminuição dos ativos não circulantes no balanço patrimonial, que são utilizados na produção dos bens e serviços. Por exemplo, aquisição ou vendas de equipamentos e edificações, compra ou venda de participação em outras empresas, etc.
  • Atividades de Financiamentos: são os empréstimos e financiamentos adquiridos no curto prazo. As entradas são as vendas de ações emitidas no mercado, a emissão de debêntures e os empréstimos obtidos. As saídas, são os empréstimos pagos, dividendos, etc.

Comparativo do DRE X DFC

Quando é feito uma análise somente pelo DRE, os dados mostram a receita, as despesas e custos realizados dentro do mês, independente se a venda ou o pagamento foram feitos a prazo ou à vista.

Muitas vezes a empresa pode ter realizado um volume alto nas vendas com lucro no DRE, porém, pela má gestão nos prazos de pagamento e recebimento, ela ficará sem dinheiro no caixa.Contabilidade Gerencial

Exemplo: Imagine que uma empresa que venda sapatos comprou sua matéria-prima no valor de R$ 15.000,00 no mês 04 e pagará seu fornecedor em 3 pagamentos. O primeiro pagamento será no valor de R$ 5.000,00 no mês 05, o 2º no valor de R$5.000,00 no mês 06 e o 3º no mesmo valor de R$ 5.000,00 no mês 07. Esses produtos poderão ser vendidos no mês 07 no valor de R$ 21.000,00 em 3 pagamentos de R$7.000,00, sendo que o 1º recebimento seja realizado somente no mês 08. Com isso, a empresa poderá sofrer com a falta de recursos no caixa para cumprir a obrigação com seu fornecedor.

Nesse exemplo, a empresa teria um DFC representado dessa forma:

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DFC

Enquanto o seu DRE será:

DFC

Analisando as imagens, podemos perceber que existe uma diferença entre Regime de Caixa e Regime de Competência. O Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) é elaborado pelo Regime de Competência, que é um método de registro de lançamentos contábeis na data do fato gerador (receita, despesas e custos). Já o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) é elaborado pelo Regime de Caixa, no qual as receitas, despesas, custos e investimentos são registrados somente quando forem recebidos ou pagos.

As demonstrações contábeis citadas acima, são de fundamental importância por terem objetivos distintos, porém, deverão ser elaboradas mediante a realidade de cada empresa, tendo como foco, a mensuração do resultado econômico-financeiro e auxiliar a diretoria na tomada de decisão.

Dicas de Gestão

Para sobreviverem, as empresas precisam alavancar suas vendas, adotando políticas de pagamento à prazo e à vista, além de minimizarem o risco de perdas (Perda de Devedores Duvidosos – PDD) e inadimplências.

Como mostramos no exemplo da empresa de sapatos, se não houver uma gestão nos prazos de pagamentos e recebimentos, a organização não terá dinheiro suficiente em caixa. Por isso, poderá não cumprir com suas obrigações sendo necessário recorrer a capital de terceiros, como empréstimos e financiamentos, acarretando em pagamentos de juros, aumento das despesas financeiras e redução da margem de lucro do negócio.

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Para que sua empresa não passe por essa situação, seguem três dicas para prevenir a insuficiência do capital de giro:

#1 –  Mantenha o controle de inadimplência: antes de iniciar o controle de inadimplência de uma empresa, é necessário que seja realizado uma análise de crédito para aquele cliente em potencial solicitando documentos de identificação, ou dados da empresa para análise de índices econômicos – financeiros (como por exemplo o de liquidez e endividamento). A partir das informações obtidas, é determinado o perfil do cliente de acordo com as exigências da empresa. Um dos segredos é oferecer o crédito pedindo uma garantia, também deverá ser observado a situação do mercado atual, como por exemplo a economia do país e a taxa de desemprego. Um dos grandes problemas da gestão financeira, é não receber de seus clientes dentro do prazo negociado pois isso compromete a outra ponta, que é o pagamento dos fornecedores. Alguns passos essenciais para evitar a inadimplência e receber no prazo são:

  • Ser transparente deixando claro os valores, as formas e prazos de pagamentos, além das consequências da inadimplência como multas, juros e interrupção dos serviços ou vendas de bens;
  • Dê opções de formas de pagamento para o cliente como boleto bancário e cartão de crédito. Por mais que seja cobrada uma taxa pela transação do cartão de crédito, a operadora garantirá o recebimento;
  • Gerenciar os títulos a vencer por meio de relatórios financeiros e enviar lembretes para o cliente por e-mail dias antes do vencimento de maneira amigável e com foco no assunto;
  • Implantar indicadores de cobrança para gerenciamento;
  • Criar descontos e incentivos para pagamentos antecipados;
  • Em caso de não pagamento no prazo estipulado, uma equipe de cobrança deverá entrar em contato com o cliente para obter uma justificativa;
  • As primeiras cobranças deverão ser realizadas de maneira amigável entre as partes. Após um período e o cliente não quitar seu débito, a empresa deverá tomar medidas legais cabíveis para ter êxito nessa negociação.

#2 – Renegocie se necessário dívidas para o longo prazo: quando a empresa possui problemas de liquidez, está com as contas vencendo e sem caixa para cumprir com as obrigações, uma das soluções é negociar novos prazos de pagamento com fornecedores que não cobrarão juros ou juros mais baixos que empréstimos bancários. Uma ferramenta importante é medir a Necessidade de Capital de Giro (NCG) da empresa, reduzindo os ciclos financeiros e operacionais.

#3 – Reduza custos e despesas: seguem alguns exemplos que possam contribuir para uma redução de custos:

  • Dimensionar os custos setoriais;
  • Implantar planejamento orçamentário e medir o desempenho utilizando o FORECAST;
  • Analisar os contratos com prestadores de serviços para otimizar custos;
  • Ter uma vasta rede de networking de fornecedores buscando preço sem perder a qualidade dos produtos e/ou serviços;
  • Melhorar o gerenciamento de estoque para não imobilização de capital desnecessário;
  • Analisar o custo de oportunidade no ato das compras de matérias-primas.

Outras dicas você pode conferir nesse conteúdo: Gestão de Custos e Despesas: 19 dicas para ganhar eficiência operacional com a Redução de Custos e Despesas!Análise das Demonstrações Contábeis

O capital de giro pode auxiliar os empreendedores por meio de uma estratégia econômica sólida e eficaz, para que seja possível ter recursos para aplicar em outros investimentos.

Uma das maneiras de medir o desempenho da gestão e manter a sobrevivência da empresa, é através do Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro, que auxiliam tanto na análise da projeção do fluxo de caixa quanto da necessidade do capital de giro, levando em consideração o prazo médio de estocagem.

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O que é Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro

Ciclo Operacional é a soma de todos os acontecimentos de uma operação, desde a compra da matéria prima até o recebimento das vendas realizadas. A gestão de estoque é muito importante para contribuir para um ciclo mais curto e não acarretar despesas como aluguel para estocagem, energia, água, colaboradores, limpeza do local, etc.

Ciclo Financeiro, também conhecido como Ciclo de Caixa, é o período de pagamento aos fornecedores até o recebimento referente às vendas do produto. Quanto maior o prazo dos fornecedores, mais dinheiro a empresa terá em caixa e menor será o Ciclo Financeiro, evitando pagamento de juros bancários, ou utilização do dinheiro para outros investimentos que gerem retorno para a empresa.

Para que a empresa seja saudável, é necessário que todos os ciclos sejam reduzidos e que girem várias vezes no ano. Tudo isso dependerá de dois pontos importantes, no Ciclo Operacional precisará de uma excelente gestão de estoque, e no Ciclo Financeiro ter barganha nas negociações com os fornecedores, reduzindo a necessidade de capital de giro e proporcionando maiores retornos sobre os investimentos.

Como medir o desempenho da empresa

Uma análise eficiente, deverá ser realizado usando as Demonstrações Financeiras (Balanço PatrimonialDRE e DFC), para assim colher dados por todos os ângulos da situação econômica e financeira da empresa.

Para medir o resultado e alcançar as metas planejadas, o uso de Indicadores Chave de Desempenho – KPI’s, são de fundamental importância, devendo ser analisados em conjunto. Cada empresa cujo sua realidade, usará seus indicadores chaves de desempenho, não devendo ser padronizado para todas as empresas.

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Abaixo, segue alguns exemplos de indicadores.

Os Índices Financeiros são aqueles que evidenciam a situação financeira da empresa.

  • Índices de Liquidez: tem por escopo apurar a capacidade da empresa de saldar suas obrigações com terceiros, ou seja, pagar seus passivos. Por sua vez desdobram-se em:
    • Liquidez Corrente (LC) – representa a disposição de valores monetários e bens conversíveis de imediato em dinheiro, como por exemplo as dívidas de curto prazo.
    • Liquidez Seca (LS) – mede a capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos circulante sem considerar os estoques.
    • Liquidez Imediata (LI) – mede a capacidade para honrar compromissos a curto prazo.
    • Liquidez Geral (LG) – percentual de ativos de curto e de longo prazo disponíveis para pagamento do total das dívidas.
  • Índices de Estruturas ou Endividamento: estes índices relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros.
    • Endividamento (E) – demonstra quanto do Ativo é financiado por capital de terceiros.
    • Composição do Endividamento (CE) – representa o percentual da dívida de curto prazo em relação ao total das dívidas.

Já os Índices Econômicos são aqueles que representam margens de rentabilidade como as de resultados apurados, de retorno do capital investido, velocidade das operações realizadas, entre outras.

  • Índices de Rentabilidade ou Retorno: os índices de retorno indicam basicamente o lucro da empresa com relação aos custos e despesas realizados para sua obtenção, e aos volumes de investimentos necessários e de recursos disponíveis. Normalmente são indicados em níveis percentuais.
    • Margem Bruta (MB) – relaciona o lucro bruto com as vendas líquidas.
    • Margem Líquida (ML) – relaciona o lucro líquido do período com as vendas líquidas.
  •  Prazos Médios: são índices que podem ser aferidos em número de vezes de renovação do item ou em dias.
    • Prazo Médio de Renovação de estoque (PMRE) – mede quantas vezes houve renovação do estoque com o ciclo de vendas.
    • Prazo Médio de Pagamento (PMP) – indica quanto tempo a organização leva para pagar suas obrigações de curto prazo.
    • Prazo Médio de Recebimento (PMR) – indica quanto tempo a organização leva para receber suas vendas.

Conclusão

Podemos afirmar que a estruturação e gestão dos dados fornecidos pela Contabilidade Gerencial, é de fundamental importância para medir o desempenho da empresa baseado na análise das Demonstrações Contábeis, auxiliando nas tomadas de decisões.

Sobre o autor

Franco-Rezende

Este artigo foi escrito por Franco Andrade Rezende especialmente para os leitores do Blog da Treasy.

Franco é formado em Administração de Empresas, Mestrando em Administração de Empresas com foco em Controladoria, Orçamento e Custos, pela Universidad de La Empresa (UDE) em Montevidéu-UY. Possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria e MBA Administração Executiva em Saúde, ambos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Desde 2008 atua no setor financeiro, com experiência e vivência em Contabilidade e Departamento de Pessoal. Atualmente, exerce função de Gestor e Consultor em Controladoria Financeira.

Para entrar em contato com Franco, envie e-mail para: [email protected] ou adicione no Skype: francoandraderezende.

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A Redação do Jornal Contábil agradece a Treasy

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O que esperar da reunião do Fed e Copom

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Na próxima quarta-feira, dia 04/05, ocorre o que o mercado financeiro considera como Super Quarta, data em que o Fed, nos EUA, e o Copom, no Brasil, devem se reunir. Diante da inflação global, o mercado financeiro aguarda uma decisão e tem a expectativa de aumento de taxa de juros brasileira (SELIC) e americana – Fed considera aumento de 0,50 p.p. na taxa de juros dos EUA em maio.

Segundo o Boletim Focus do Banco Central, a expectativa é de que a taxa básica de juros chegue a 13,25 % ao ano até o fim de 2022 para segurar a inflação. A Selic é o principal instrumento do Banco Central no controle da inflação.

Para comentar os impactos negativos e positivos da alta da taxa de juros nos EUA para os investidores brasileiros e na bolsa de valores, sugerimos a entrevista com Felipe Reymond Simões, diretor de Investimentos da WIT Asset.

Pontos que podem ser abordados:

  • Os impactos da alta da taxa de juros nos EUA para os investidores brasileiros.
  • Como países emergentes, como o Brasil, podem se beneficiar do aumento dos juros americano e brasileiro. E quais os impactos negativos na bolsa de valores.
  • É hora de revisar as carteiras de investimentos. O que a WIT Asset tem aconselhado aos clientes investidores.
  • As ações recomendadas para maio.
  • Análise a curto e longo prazo, médio e longo prazo a respeito das commodities.

Sobre a WIT – Wealth, Investments & Trust

A WIT – Wealth, Investments & Trust é uma empresa especialista na gestão de patrimônio para pessoas, grupos familiares e empresas, atuando nas áreas de câmbio e remessas internacionais; assessoria de investimentos; seguros e benefícios; ativos imobiliários; consultoria patrimonial; e serviços financeiros. A WIT tem escritórios em São Paulo e nos principais centros econômicos do interior paulista: Campinas, Piracicaba, São João da Boa Vista, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba e Votuporanga. Conta com uma equipe de mais de 200 profissionais que agregam valor ao seu patrimônio para que você valorize o melhor da vida.

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Cinco Contadores que mudaram o mundo

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E enquanto brincamos com as noções antigas de que a contabilidade é uma reserva empoeirada de homens com viseiras em escritórios marrons cercados por livros de contabilidade intermináveis, esta também é uma oportunidade de aprender algo novo sobre os momentos mais notáveis ​​desta antiquíssima profissão.

Nos bastidores de alguns dos eventos e movimentos mais famosos da história, você encontrará contadores ultrapassando os limites e construindo as bases de como lidamos com nosso dinheiro e, consequentemente, alterando nossas vidas na sociedade em geral.

Frank J. Wilson

O gangster Al Capone de Chicago é famoso em todo o mundo por comandar o crime organizado nos Estados Unidos durante a era da proibição. Ele nunca teve nenhuma conta em banco, nem apresentou uma declaração de imposto de renda, mas conseguiu gerar até $ 100 milhões de renda, secretamente.

Foi uma equipe corajosa de contadores da Receita Federal, chefiada por Frank J. Wilson, que vasculhou mais de dois milhões de registros financeiros para finalmente derrubar Capone e colocá-lo na prisão.

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Nada mal para um trabalho administrativo bem feito e o estabelecimento de precedentes para a importância da contabilidade forense hoje.

Mary Addison Hamilton

Mary Addison Hamilton, junto com Bessie Rischbieth e Mary Bennet, pode ter feito mais pelo movimento feminista na Austrália durante o início do século 20 do que qualquer outra mulher da época.

Liderando pelo exemplo, Hamilton superou as expectativas acadêmicas ao passar nos exames da Câmara de Comércio de Fremantle com as maiores pontuações na Austrália Ocidental. Ela então teve aulas noturnas para se tornar a primeira contadora pública certificada do país.

Em um campo totalmente dominado por homens, ela mudou a maré e forneceu verdadeira inspiração para as mulheres de todo o mundo ultrapassarem os preconceitos da época.

Josiah Wedgwood

Josiah Wedgwood é o pai da contabilidade de custos, tendo desenvolvido o primeiro sistema confiável para rastrear os custos e lucros finais em 1772.

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Durante uma crise econômica, Wedgwood testou seu sistema em sua própria empresa de cerâmica. O sucesso foi tanto que descobriu um esquema fraudulento executado por seu secretário-chefe.

A firma de cerâmica de Wedgwood sobreviveu à crise econômica da época e ainda está presente, fornecendo a milhões de pontos de venda em todo o mundo cerâmicas e cristais icônicos. O poder de uma boa contabilidade para a longevidade dos negócios é inegável.

John Pierpont Morgan

O humilde contador JP Morgan começou a vida em um banco de Nova York em 1857. A partir de então, seu brilhantismo com dinheiro salvou o sistema bancário americano na década de 1890, estabilizou o mercado americano durante o pânico de 1907 e, desde então, sobreviveu e evoluiu para Hoje, a empresa de serviços financeiros líder do mercado global ainda leva seu nome.

Atualmente, a empresa doa US $ 200 milhões anualmente a organizações sem fins lucrativos para causas e esforços para tornar o mundo um lugar melhor para todos. Se JP Morgan pensasse que mudou o mundo durante sua vida, talvez nunca tivesse imaginado o impacto que sua empresa teria após sua morte.

No dia do funeral de JP Morgan em 1913, a Bolsa de Valores de Nova York suspendeu as negociações até o meio-dia. Foi por respeito a um contador lendário.

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Luca Pacioli e Amatino Manucci

Amatino Manucci é o homem que documentou pela primeira vez a prática da contabilidade por partidas dobradas por volta do ano 1300.

Tal como acontece com muitos assuntos de gênio, não foi capitalizado até cerca de 200 anos depois, quando Luca Paciola popularizou o sistema em seu livro Summa de arithmetica, geometria – Proportioni et proporcionalita. O livro de Pacioli também detalhou um processo de equilíbrio do livro-razão e um sistema para desencorajar a fraude por meio de análises independentes do livro-razão.

500 anos depois, em 1994, sua cabeça foi apresentada em um selo italiano. Reconhecimentos como esse não acontecem para realizações superficiais, comprovando o impacto absoluto na vida que um contador pode ter.

Embora esses nomes possam ser facilmente eclipsados ​​pelas multidões de celebridades de hoje e outros humanos aparentemente lendários ao longo da história, não há dúvida de que também são os parceiros silenciosos que moldam o nosso mundo, e um grande número deles são contadores.

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Estudo: Entenda o que é um estado de sítio e quando ele pode acontecer

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Discussões sobre estado de sítio, estado de defesa e calamidade pública tomaram força desde o 7 de Setembro. A ideia de estabelecer um estado de sítio tem sido ventilada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Há diferentes tipos de regras de exceção que são adotadas em períodos considerados anormais. Além do estado de sítio e da calamidade pública, também há o estado de defesa, que é de uma gravidade intermediária entre o Estado sitiado e a calamidade.

Entenda o que significa cada um:

Estado de defesa

O estado de defesa está previsto no artigo 136 da Constituição Federal e busca “preservar ou prontamente restabelecer a ordem pública ou a paz social”. Existem duas hipóteses para a aplicação deste instrumento: grave e iminente instabilidade institucional ou calamidades de grandes proporções naturais.

O estado de defesa dura 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, e permite ao presidente adotar as medidas previstas no artigo 136 da Constituição Federal. Segundo este artigo, o presidente pode decretar o estado de defesa “em locais restritos e determinados”, nos quais a ordem pública ou a paz social estejam ameaçadas.

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Se decretado, pode ficar proibida a reunião, “ainda que exercida no seio das associações”. Podem ser quebrados os sigilos de correspondências e de comunicação telefônica.

Enquanto estiver em vigor, fica permitida “a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, [que] será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial”, diz a Constituição.

Porém, a Constituição também prevê que o presidente da República “dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta”. O Congresso tem até dez dias para apreciar o texto.

Estado de sítio

Previsto no artigo 137, o estado de sítio, mais grave que o de defesa, pode ser decretado após o presidente ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional e solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio.

Ele pode ser decretado quando há comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. Quando há declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

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O estado de sítio não pode ser decretado por mais de 20 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior. Porém, ele pode ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira, se esses forem os casos.

Uma vez decretado, permite a detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns. Ele elimina as restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei.

Ele suspende a liberdade de reunião. Permite busca e apreensão em domicílio e intervenção nas empresas de serviços públicos, além de requisição de bens.

Para entrar em vigor, o presidente precisa solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatando os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Nas redes sociais já existem boatos que o Presidente Jair Bolsonaro tenha declarado estado de Sítio, que ainda não foi confirmado por fontes oficiais.

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