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Dólar fecha a R$ 4,97, mas tem maior queda trimestral em 12 anos

Num dia de correção global e de tensões domésticas, o dólar subiu e aproximou-se de R$ 5. A moeda, no entanto, fechou junho com a maior queda para um trimestre em 12 anos. A bolsa de valores caiu pelo segundo dia seguido e fechou o mês praticamente estável, distanciando-se do recorde alcançado no início de junho.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (30) vendido a R$ 4,973, com alta de R$ 0,031 (+0,63%). Numa sessão tensa, a cotação chegou a R$ 5,02 na máxima do dia, por volta das 12h45, mas desacelerou durante a tarde.

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Apesar da segunda alta consecutiva, a divisa encerrou junho com queda de 4,82%, o maior recuo mensal desde novembro do ano passado, quando tinha caído 6,82%. No trimestre, a moeda norte-americana caiu 11,62%, a maior queda para o período desde o segundo trimestre de 2009.

Em meados de março, em meio às indefinições sobre a prorrogação do auxílio emergencial e o Orçamento de 2021, a cotação bateu o recorde do ano, chegando a R$ 5,797. No primeiro semestre, o dólar acumula queda de 4,15%.

No mercado de ações, o dia foi marcado pelas perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quarta-feira aos 126.802 pontos, com recuo de 0,41%. O indicador, que chegou a bater o recorde histórico de 130.776 pontos no último dia 7, recuou nas últimas semanas e fechou o mês com alta de apenas 0,46%. Mesmo assim, o índice acumula ganho de 6,54% no primeiro semestre.

Fatores internos e externos contribuíram para a tensão no mercado financeiro hoje. Nos Estados Unidos, foi divulgada uma projeção do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) que estimou a primeira alta de juros da maior economia do planeta para o início de 2023. Taxas mais altas em economias avançadas pressionam o mercado financeiro em países emergentes, como o Brasil.

No mercado interno, as repercussões da proposta de reforma tributária, as tensões políticas e a compra de dólares por empresas estrangeiras que estão enviando lucros para fora do país contribuíram para a volatilidade.

Fonte Agência Brasil – Wellton Máximo 

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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