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O cenário do Ibovespa e do dólar aparentemente se inverteu nos primeiros 15 dias de setembro.
Enquanto em agosto, o principal índice da bolsa de valores renovou o recorde histórico de 13 sessões consecutivas de queda, neste mês, já acumula alta de quase 3%.
O movimento também é visto no mercado cambial. O dólar voltou a operar abaixo de R$ 4,90 nesta quinta-feira (14). A moeda americana chegou a ser cotada a R$ 4,8628 (-1,11%), na mínima intradiária. No mês, o dólar recua aproximadamente 1,68%.
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A queda da moeda americana nos últimos dias está mais relacionada com o desempenho dos mercados internacionais — de olho, mais uma vez, na política monetária dos Estados Unidos.
Nesta quinta-feira (14), a agenda norte-americana segue movimentada de indicadores.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,7% em agosto ante julho, segundo o Departamento do Comércio americano. O indicador veio acima das projeções de avanço de 0,4%. Na comparação anual, o PPI avançou 1,6% no mês.
O núcleo do PPI, que exclui itens mais voláteis como combustível, registrou alta de 0,3% em agosto, ante previsão de 0,2%. Na comparação anual, o núcleo avançou 3,0%, também acima do esperado.
As vendas no varejo cresceram 0,6% no mesmo período, ante expectativa era de alta de 0,1%.
Vale lembrar que ontem (13), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,6% em agosto ante julho, como previsto. Na comparação anual, o CPI acumulou alta de 3,7% em agosto, ante as estimativas de +3,6%.
E, essa “sopa de indicadores” dá pistas de qual deve ser a próxima decisão sobre os juros do Federal Reserve — a reunião está prevista para os dias 19 e 20 de setembro.
Em linhas gerais, os traders veem 97% de chance de o banco central norte-americano manter os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group.
Já as apostas pela alta de 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 5,50% a 5,75% ao ano, são de 3%.
Vale ressaltar que o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa de referência da Zona do Euro pela 10ª vez consecutiva, a 4% ao ano. Por lá, os juros devem ficar “em níveis suficientemente restritivos pelo tempo que for necessário”, segundo o documento da decisão.
Sendo assim, o apetite ao risco no exterior reduz o “interesse” na compra de dólar, que é considerado um ativo de proteção em cenário de cautela.
Há também a pressão do petróleo sobre o dólar. A commodity tem renovado as máximas nos últimos dias após decisões da Rússia e da Arábia Saudita em cortar a produção do óleo em cerca de 1,3 milhão de barris por dia até dezembro — que elevou o barril a opera no nível de US$ 90 desde então.
Somado a isso, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) manteve as projeções de demanda global até o fim de 2023, na última segunda-feira (13).
A decisão elevou as expectativas de pressão na oferta do óleo e, consequentemente, o preço unitário do barril.
Em linhas gerais, quando os preços do petróleo estão mais altos, o valor das importações aumenta e o dólar passa a cair — por um déficit comercial.
Hoje (14), o barril do Brent, utilizado como referência para a Petrobras (PETR4), registra alta acima de 1%, a US$ 93,44, na Intercontinental Exchange (ICE).
O cenário fiscal doméstico deixou de ser, pelo menos por enquanto, um dos motivos para a volatilidade do dólar e as atenções dos investidores seguem mais concentradas nos indicadores econômicos — e na próxima decisão do Banco Central.
Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de agosto.
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O indicador de referência para a inflação registrou alta de 0,23% no mês, ante avanço de 0,12% em julho, abaixo das projeções do mercado de 0,28%.
E, o avanço da inflação menor que o consenso do mercado reforçou as apostas do mercado de continuidade do ritmo de corte na taxa Selic em 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O colegiado se reúne nos dias 19 e 20 de setembro.
Fonte: Seu Dinheiro
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