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DPVAT 2021 será cobrado com o fim da Seguradora Líder?

O fim da Seguradora Líder vem deixando os condutores em dúvida se vão precisar pagar o DPVAT 2021, sendo que a seguradora deixou um caixa de mais de R$ 7 bilhões.
O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres é obrigatório.

O DPVAT está em vigor desde 1974 e serve para indenizar vitimas de acidentes envolvendo veículos automotores. Sendo pago anualmente pelos condutores.
No final de 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), através de Medida Provisória extinguiu o Seguro DPVAT. Segundo o presidente, o motivo de acabar com o DPVAT estava na má gestão.

Entretanto, a MP acabou sendo suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (não sendo votada pelo Congresso Nacional). No entanto, em novembro de 2020, acabou sendo dissolvida a Seguradora Líder que administrava o DPVAT.

De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Economia, o DPVAT 2021 não deve ser cobrado aos condutores. E está isenção deverá ser estendida até 2022.

“A Susep avalia zerar a cobrança do prêmio pelos próximos dois anos, dado que há R$ 7,5 bilhões em caixa. Neste período, espera-se que o Congresso estabeleça um novo formato para o seguro obrigatório no Brasil”, informou através de nota.

Esse valor está sendo questionado pela Susep, mas, em defesa, Leandro Alves, presidente do Conselho de Administração do consórcio, R$ 3,3 bilhões já está reservado para o pagamento de indenizações que ainda serão pagas e para as despesas administrativas e operacionais.

A Seguradora continuará responsável pelo DPVAT até 31 de dezembro de 2020. Sendo que, continuará recebendo os pedidos de indenizações relativas a acidentes ao longo de três anos, como determina a lei.

“O valor a ser repassado para a próxima gestora atualmente é avaliado com a Susep e não vejo problema para chegarmos a um consenso. Porém, nossa projeção de pagamento de sinistros, incluindo aqueles que ainda não foram comunicados, exige manter o dinheiro em caixa. A partir de 1º de janeiro, deixaremos de ter receitas, apenas despesas”, justifica o Leandro Alves.

dição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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