Com o advento das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), torcedores e investidores têm a oportunidade de lucrar com seus times favoritos de maneira regulada e estruturada.
Atualmente, 40% dos times da Série A do Brasileirão operam como SAFs. Clubes como Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Red Bull Bragantino e Vasco adotaram esse modelo administrativo. As SAFs permitem que os clubes abram capital, emitam debêntures, promovam crowdfunding de investimentos, montem fundos de investimentos e realizem securitizações, tudo sob a regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Para muitos investidores, a forma mais acessível de investir em clubes de futebol é através da compra de debêntures. Esses títulos de dívida permitem que os clubes captem recursos diretamente do mercado financeiro, sem a necessidade de empréstimos bancários.
Por exemplo, o Cruzeiro recentemente emitiu debêntures no valor de R$ 50 mil, com cada unidade custando R$ 1 mil. Esse dinheiro pode ser utilizado para diversas finalidades, como a contratação de novos jogadores ou a reforma de estádios.
Investir em debêntures é uma maneira de emprestar dinheiro ao clube, recebendo em troca juros definidos previamente. É uma opção atrativa para investidores que buscam diversificar suas carteiras e apoiar o crescimento do futebol brasileiro.
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Outra forma de investir nos clubes é através de fundos de private equity e fundos especializados em esportes. Esses fundos compram participações em organizações que ainda não são listadas em bolsa, permitindo que investidores obtenham ganhos através do crescimento e valorização dos clubes.
Um exemplo é a mudança administrativa do Atlético-MG, onde os antigos controladores venderam 75% das ações para o Galo Holding por R$ 913 milhões. Esse tipo de transação é mais acessível para grandes investidores, mas também exemplifica o potencial de retorno para aqueles que conseguem participar dessas oportunidades.
Além das debêntures e fundos de private equity, o crowdfunding de investimentos é uma opção emergente. Essa modalidade permite que pequenos investidores unam forças para financiar projetos específicos dos clubes, como a construção de novos centros de treinamento ou campanhas de marketing.
A popularização dessa prática pode aumentar a participação dos torcedores no desenvolvimento financeiro dos clubes.
Os Multi Club Ownership (MCOs) são grupos empresariais que possuem participação em vários clubes de futebol ao redor do mundo. Essa prática tem ganhado popularidade e oferece diversas vantagens, como a aplicação de conhecimento em gestão e metodologia de futebol, além da facilidade na transferência de jogadores entre os clubes do grupo.
No entanto, a complexidade regulatória e a necessidade de manter a integridade das competições são desafios significativos para os MCOs.
Investir em futebol pode trazer diversos benefícios, incluindo a possibilidade de altos retornos financeiros e a satisfação emocional de apoiar o clube do coração. No entanto, também existem riscos consideráveis.
A gestão dos clubes de futebol é frequentemente criticada por sua falta de profissionalismo, e o desempenho esportivo pode ser imprevisível, impactando diretamente os resultados financeiros.
Empresários como Rubens Menin, acionista do Atlético Mineiro, destacam que o setor está evoluindo e que a profissionalização da gestão dos clubes pode transformar o futebol em uma indústria lucrativa. Menin acredita que o futebol pode representar até 1% do PIB do Brasil, mas enfatiza a necessidade de paciência e visão de longo prazo para os investidores.
Investir em times de futebol no Brasil é uma oportunidade crescente, principalmente com a implementação das SAFs e a regulamentação do mercado financeiro. As opções variam desde a compra de debêntures até a participação em fundos de private equity e MCOs, cada uma com seus próprios benefícios e desafios.
Autor: Daiane de Souza | 0007147/SC
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