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As fintechs brasileiras tiveram o melhor desempenho da história no que diz respeito à captação de investimentos ao longo de 2020.
De acordo com o Inside Fintech Report, levantamento mensal realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito, as startups do setor financeiro captaram mais de US$ 1,9 bilhão no último ano, montante dividido em um total de 115 rodadas.
O volume bateu recorde e superou os números de 2019, quando as jovens empresas do setor captaram US$ 1,1 bilhão.
Segundo o estudo, o Brasil conta hoje com 876 fintechs.
Somente em dezembro, mais de US$ 580 milhões foram investidos em empresas de tecnologia do setor financeiro, por meio de 9 rodadas de investimento – sendo o mês com maior volume de investimentos de 2020.
Os destaques do último mês ficaram por conta das captações recebidas pela Creditas, no valor de USS 255 milhões; e do C6 Bank, no valor de USS 241 milhões.
No ano, as duas maiores rodadas do setor foram para o Nubank e Neon Pagamentos, ambas de US$ 300 milhões.
“Para 2021, prevemos um cenário ainda mais otimista para as fintechs.
Entendemos que o setor continuará a receber o maior número de investimentos, mas que o tamanho dos cheques vai aumentar ainda mais devido a necessidade de investimentos em estágios mais avançados”, comenta Gustavo Araujo, fundador e CEO do Distrito.
“Devemos assistir ainda a um aumento da competitividade com a entrada de empresas de outros setores neste mercado e a presença de players internacionais”, completa, referindo-se à criação do RappiBank pelo Rappi e também pela chegada das fintechs N26, Revolut e Stripe no Brasil.
O levantamento mostra também que 2020 também foi histórico para as fintechs em relação às fusões e aquisições.
Com 21 M&As, o último ano alcançou 95% do número de transações ocorridas nos últimos nove anos de desenvolvimento do setor.
Empresas já consolidadas do mercado financeiro adquiriram outras fintechs.
Este é o caso, por exemplo, da XP Investimentos, que adquiriu a Fliper e a Antecipa.
Grandes companhias de outros segmentos também se aproximaram de startups financeiras, como por exemplo a Via Varejo e Magazine Luiza, duas varejistas que adquiriram as fintechs BanQi e Hub Fintech, respectivamente.
“Com um alto volume de investimentos e um número crescente de fintechs no ecossistema, as expectativas é que o volume de fusões e aquisições continue a crescer ao longo dos próximos anos”, pontua Araujo.
De acordo com o levantamento, as fintechs são divididas em 13 categorias.
São elas: Serviços Digitais, Crédito, Backoffice, Tecnologia, Investimentos, Risco e Compliance, Meios de Pagamento, Fidelização, Finanças Pessoais, Cartões, Crowdfunding, Criptomoedas e Dívidas.
Entre todas as categorias, a que mais recebeu recursos em 2020 foram as fintechs de Serviços Digitais.
Ao todo, estas empresas receberam US$ 931 milhões no último ano.
O volume é 84% maior do que o recebido em 2019, quando US$ 506 milhões foram aportados no segmento.
Em seguida estão as fintechs de crédito, que receberam US$ 350 milhões em 2020, volume 10,6% superior ao ano anterior (US$ 316 milhões).
Em relação às rodadas de investimento por estágio nas fintechs, destaca-se o estágio semente (Seed), que teve um crescimento de aproximadamente 183% no último ano.
Ao todo, as startups que receberam recursos em aportes deste nível conseguiram captar US$ 66 milhões, superando os US$ 23 milhões recebidos em 2019.
Em relação ao montante recebido, as rodadas de investimento de estágios avançados saem na frente – já que são destinadas para empresas mais valiosas e consolidadas.
Entre elas, os aportes de Série D foram os que mais movimentaram o mercado em 2020 em termos de volume aportado.
Ao todo, os investimentos deste nível somaram US$ 241 milhões.
Este número é 4,6% maior do que o total realizado em 2019, que somou US$ 231 milhões.
O Inside Fintech Report também traz um olhar sobre as novas tendências para o setor de fintechs no Brasil.
Entre elas, as principais são o Open Banking e o Pix.
De acordo com o levantamento, essas ferramentas devem tornar o setor financeiro cada vez mais competitivo e aquecido, tanto em transações entre empresas, quanto em oferta de produtos e serviços ao mercado.
O estudo também prevê que, com novas regulações, tecnologias e empreendedores se favorecendo desses fatores, devem surgir novas soluções de Open Banking e ofertas de serviços financeiros descentralizados.
Além disso, acredita-se que este movimento deve impulsionar o Open Finance, que traz uma visão ainda mais abrangente no compartilhamento e aproveitamento de dados e informações, e também de soluções de Blockchain e DLT (Distributed Ledger Technologies).
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