Foto: ANSA / Ansa - Brasil
Novos projetos estão sendo estudados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A intenção é aumentar a base apoiadora do governo. Entre estes projetos estão, Pró-Brasil que é voltado para as obras públicas e o Renda Brasil que vai substituir o Bolsa Família.
Entretanto, os parlamentares dizem que esses programas não caberão no teto de gastos.
Existe um acordo entre o Ministro da Economia, Paulo Guedes e o Congresso para que os parlamentares agilizem a votação da proposta que autoriza o governo em 2021 acionar as medidas de contenção de gastos, e também criar novos freios para as contas públicas.
“O teto tem de ser mantido. Só justifica flexibilização se for temporária, e em caso muito excepcional, mas jamais com fim eleitoral”, afirmou Simone Tebet (MDB-MS), a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Para o senador Esperedião Amin (PP-SC), as despesas engessadas será impossível que aconteçam novos investimentos fiscais para o próximo ano.
“O Orçamento vai ser a maior ficção que já fizemos. Nós vamos apostar numa reforma tributária que não está aprovada e numa redução de benefícios fiscais que levantam forças contrárias invisíveis”, finalizou o senador.
Paulo Guedes, Ministro da Economia, confirmou que o governo estuda uma reformulação no programa Auxílio Emergencial de R$ 600 pago para informais e beneficiários do Bolsa Família em virtude da pandemia.
“Vamos estudar junto com o Congresso a reformulação do auxílio emergencial junto com a criação do Renda Brasil. Ainda temos pelo menos um, dois meses pela frente de dificuldades”, disse Guedes em audiência pública na Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária.
Especula-se que o Auxílio Emergencial deverá ser esticado até dezembro, porém, num valor abaixo dos R$ 600.
Há quem diga, que o valor passará de R$ 600 para R$ 200. Mas, não existe nenhum tipo de confirmação.
A ideia a respeito deste novo programa se intensificou depois da criação do auxilio emergencial que surgiu em meio a pandemia do novo coronavírus, e já atingiu 58,6 milhões de pessoas.
O governo ainda não entrou em grandes detalhes de como seria o Renda Brasil, mas de acordo com Guedes, o objetivo é aumentar a cobertura do Bolsa Família. Incluindo os trabalhadores informais, desempregados e autônomos que neste momento recebem o auxílio.
Atualmente estão cadastradas para receber o Bolsa Família, 4,3 milhões de famílias (20% da população).
Segundo os especialistas o novo programa deveria ter a finalidade de ampliar para 50% a quantidade de beneficiários, pois segundo perspectivas, a pobreza dará um salto após a pandemia.
O governo pretende fazer uma revisão nos gastos com programas sociais ineficientes, estão na mira da equipe econômica:
O abono salarial é um benefício de um salário mínimo destinado para trabalhadores que recebem até dois pisos, mas que acaba sendo recebido também por jovens de classe média em início de carreira.
Seguro-defeso (pago a pescadores artesanais durante reprodução dos peixes, quando a pesca é proibida, mas que possui um alto número de irregularidades).
Farmácia popular (é possível pegar remédio bancado pelo governo federal sem estipulação de uma renda máxima).
Para o atual governo, não tem sentido pagar o abono salarial, porque quando foi criado tinha o objetivo de auxiliar as pessoas mais pobres, mas, hoje, o abono salarial abrange famílias que de acordo com os critérios atuais, não são consideradas mais necessitadas (mesmo não sendo destinada para pessoas ricas).
Já o seguro-defeso pago para que pescadores não trabalhem na época de reprodução dos peixes, também é considerado mal alocado pela equipe econômica e poderia fazer parte do Renda Brasil, que atingiria indistintamente pessoas com rendas baixas.
Em relação ao salário-família é o de menor impacto, porém também é voltado para trabalhadores formais, considerados como menos necessitados de apoio do governo.
“Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha, jornalista do Jornal Contábil”
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