Negócios

Estoques estão adequados para 60% dos empresários em setembro

Após três quedas consecutivas, o Índice de Estoques (IE) do comércio paulistano registrou alta de 5,2% em setembro, passando de 114,5 pontos em agosto para os atuais 120,4 pontos. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve elevação de 15,5%. Segundo a pesquisa, a proporção dos que consideraram os estoques adequados subiu 3 pontos porcentuais (p.p), atingindo 60%, ou seja, mesmo patamar pré-crise, antes de 2014. Em relação ao mesmo período de 2018, a alta foi de 8,1 p.p.

De acordo com a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), essa melhora no índice é muito positiva e deve se estender ao longo do segundo semestre de 2019, com um novo ciclo de retomada de vendas, principalmente, com as próximas datas comemorativas que estão por vir como Black Friday e Natal.

Ainda houve queda de 1,9 p.p. entre os comerciantes que declararam ter excesso de estoques – de 28,1% em agosto 26,3% em setembro. Diminuiu também os que consideram ter estoques baixos – 1,1 p.p. – 13,5% ante os 14,5% de agosto.

Entre as pequenas empresas 26,6% estão com estoques altos, enquanto nas grandes – a proporção é menor – 9,8%. Quanto aos estoques baixos, a parcela é de 13,3% e 19,7%, repectivamente.

Os dados são levantados pela FecomercioSP e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de 0 (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos 100 pontos é o limite entre inadequação e adequação.

Recomendações
Para a Instituição, o bom desempenho do negócio está ligado diretamente ao controle de estoques, principalmente, nas pequenas e médias empresas em que a rotatividade dos produtos (giro dos estoques) é mais relevante devido a limitação de espaço e ao de capital de giro, que precisam ser otimizados.

Uma ferramenta que permite acompanhar o desempenho dos produtos é a rotação (giro) do estoque. Assim, é possível visualizar a rapidez com que os estoques são convertidos em vendas. A tabela a seguir, por exemplo, mostra duas empresas com o mesmo volume de vendas, mas com diferentes investimentos em estoques.
A empresa B teve um desempenho melhor do que a empresa A, já que alcançou o mesmo volume de vendas com um estoque menor, ou seja, conseguiu girar mais vezes o seu estoque. Vale lembrar que os cálculos devem ser feitos considerando o valor de custo, de compra do fornecedor e não o valor de venda.

Também é possível calcular o número de dias necessários para que a empresa gire o seu estoque, permitindo um melhor planejamento financeiro ao compará–lo com o prazo de pagamento dos fornecedores.
De acordo com a FecomercioSP, por meio desses resultados, o comerciante obtém boas informações para a gestão do negócio, tais como: perfil e as preferências dos clientes; disposição adequada dos produtos nas gondolas; a sazonalidade, quando é preciso fazer promoções; e desempenho da equipe.

Nota metodológica
O IE é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e para “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

Sobre a FecomercioSP: A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 136 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro – gerando em torno de 10 milhões de empregos.
Wanessa

Redação Jornal Contábil

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