Saúde

Estresse Ocupacional: a nova epidemia silenciosa nas empresas

Nos últimos anos, o estresse ocupacional tem se tornado uma preocupação crescente em diversas áreas profissionais. A pressão por produtividade e as demandas do dia a dia fazem com que muitos trabalhadores enfrentem sérias consequências para a saúde física e mental. O reconhecimento da síndrome de Burnout como doença ocupacional trouxe à tona a necessidade de discutir não apenas os impactos na saúde, mas também os direitos trabalhistas dos profissionais afetados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse no trabalho é um dos principais fatores que contribuem para doenças como ansiedade e depressão. É o que comenta Ana Paula Furlan Cepolini, advogada trabalhista do Escritório de Advocacia Macedo Coelho, “estima-se que um em cada quatro trabalhadores já tenha sofrido com o estresse relacionado ao trabalho. Com a nova classificação da síndrome de Burnout, os direitos dos trabalhadores foram ampliados, garantindo acesso a benefícios como licença médica e afastamento remunerado. Essa mudança é crucial, pois muitos trabalhadores ainda enfrentam um ambiente de trabalho hostil, com excesso de carga horária, falta de apoio da gestão e insegurança no emprego.”

Além das implicações para a saúde, o estresse ocupacional também afeta as empresas. Aumento das faltas, redução da produtividade e elevação dos custos com saúde são consequências diretas do desinteresse em promover um ambiente de trabalho saudável. Com a síndrome de Burnout agora reconhecida legalmente, os trabalhadores têm garantias importantes, como o direito a cuidados médicos e suporte psicológico. Essa proteção é vital para que possam retomar suas atividades de forma saudável e segura.

É essencial que as organizações implementem programas de prevenção e apoio, oferecendo treinamentos sobre gestão de estresse e promovendo a saúde mental. “Medidas simples, como pausas regulares e incentivo à prática de atividades físicas, podem fazer uma grande diferença na rotina dos trabalhadores. Além disso, criar canais de comunicação abertos entre funcionários e gestores é crucial para identificar e tratar problemas antes que se tornem graves.” comenta Ana Paula.

O estresse ocupacional é uma realidade que deve ser enfrentada de forma proativa. Com o reconhecimento de doenças como a síndrome de Burnout, os trabalhadores estão mais protegidos, e é fundamental que tanto empregados quanto empregadores colaborem na construção de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Essa é uma responsabilidade compartilhada que, quando bem conduzida, resulta em benefícios para todos.

Mariana Freitas

Recent Posts

Omie tem mais de 60 vagas abertas em 10 estados brasileiros

A Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, está com 64 vagas abertas em suas…

30 minutos ago

MEI: Como realizar a alteração do CNAE pela internet?

Atualmente, é possível alterar a ocupação de forma simples e objetiva, mas muitos empreendedores ainda…

36 minutos ago

Alerta ao MEI: classificação incorreta da atividade pode gerar multas e mais impostos

Nos últimos dias, os pequenos empreendedores foram pegos de surpresa com a notícia de que…

1 hora ago

Fraudes digitais – a ameaça crescente às empresas no Brasil

A digitalização acelerada dos negócios no Brasil trouxe uma série de facilidades, mas também criou…

1 hora ago

IRPF 2025: Como a Inteligência Artificial Ajuda a Evitar a Malha Fiscal

Com o prazo de entrega do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) se aproximando,…

1 hora ago

7 tipos de relações que os contadores devem evitar

A contabilidade é uma área que exige técnica, ética e, claro, um bom relacionamento interpessoal.…

1 hora ago