Fim da isenção para PCDs? Entenda as novas regras para compra de carros
A Reforma Tributária introduziu alterações significativas nas regras para isenção de impostos na compra de veículos para pessoas com deficiência (PCD). A principal mudança é que a isenção será concedida apenas para carros adaptados, excluindo veículos com câmbio automático e direção assistida, que antes eram elegíveis.
Essa alteração afeta a maioria dos motoristas PCDs, que não necessitam de adaptações estruturais em seus veículos. Estima-se que 95% das pessoas com deficiência perderão o direito à isenção, de acordo com a Associação Nacional de Apoio às Pessoas com Deficiência (ANAPcD).
As novas regras também devem impactar o mercado de veículos para PCDs. Com a restrição da isenção, montadoras e locadoras podem deixar de oferecer versões específicas de veículos para esse público, o que dificultará o acesso a carros adequados e mais acessíveis.
Especialistas e ativistas consideram essa mudança um retrocesso nos direitos das pessoas com deficiência. A restrição da isenção limita a autonomia e a inclusão social, além de prejudicar aqueles que dependem de carros para trabalhar, estudar ou se locomover.
A Reforma Tributária também estabeleceu um novo teto de R$ 200 mil para isenção parcial na compra de veículos. No entanto, o valor da isenção integral será de até R$ 70 mil, o que é considerado insuficiente, já que não há carros novos disponíveis no mercado por esse preço.
O governo justifica as mudanças na isenção de impostos com a necessidade de aumentar a arrecadação e corrigir supostos desvios do benefício. No entanto, especialistas e associações contestam essas justificativas, argumentando que a medida prejudica milhares de pessoas com deficiência que realmente precisam do benefício.
Com as novas regras, apenas pessoas com laudos médicos que comprovem a necessidade de adaptações específicas nos veículos terão direito à isenção. Isso exclui pessoas com condições como hérnia de disco, artrose e esclerose múltipla, que podem dirigir carros sem adaptações, mas que sofrem com dores e dificuldades.
Apesar das novas regras já estarem em vigor, pessoas com deficiência e associações que defendem seus direitos podem contestá-las na Justiça. A expectativa é que a questão seja levada ao judiciário e que os direitos das pessoas com deficiência sejam protegidos.
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