Financial Times: Acusações de corrupção a Joseph Safra sacodem elite empresarial do Brasil

Matéria publicada neste sábado (2) no Financial Times, fala sobre o escândalo de corrupção que sacudiu a elite empresarial do Brasil, envolvendo o banqueiro bilionário dono do “Gherkin”, emblemático edifício de Londres.

Segundo a reportagem, promotores brasileiros apresentaram acusações de corrupção, alegando que ele tinha conhecimento de um esquema ilegal em seu grupo financeiro, supostamente para pagar auditores fiscais do governo para resolver uma disputa fiscal.

Os promotores dizem que um funcionário da empresa, agindo supostamente para o Sr. Safra, concordou em pagar US $ 15.3 milhões em subornos para ajudar a reduzir suas dívidas fiscais em até R $ 1,8 bilhão ($ 504.6milhões).

O jornal destaca que Safra é acusado, ao lado de João Ignácio Puga, integrante do Conselho de Administração do grupo Safra, de envolvimento no escândalo investigado pela Operação Zelotes, deflagrada em março do ano passado por MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda.

O esquema de corrupção funcionava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda no qual contribuintes podem contestar administrativamente – ou seja, sem passar pela Justiça – certas cobranças de impostos feitas pela Receita Federal.

Segundo as investigações, servidores do Carf recebiam propina de grandes empresas para fazer as dívidas desaparecerem. O esquema desbaratado pela Operação Zelotes subtraiu do Erário pelos menos 5,7 bilhões de reais, segundo a força-tarefa da investigação.

Entre as empresas investigadas estão a RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, que teria tido ajuda do ministro do Tribunal de Contas da UniãoAugusto Nardes; o banco Santander; as montadoras Ford e Mitsubishi; e as companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio e Mundial-Eberle, entre outras.

Em fevereiro passado, uma nova fase da Zelotes bateu à porta da siderúrgica Gerdau, uma das maiores companhias do País, suspeita de ter subornado agentes públicos para livrar-se de 1,5 bilhão de reais em impostos.

Após a publicação desta matéria o Banco Safra, entrou em contato com nossa redação, através de sua assessoria para o seguinte posicionamento:

A JS Administração de Recursos esclarece que as suspeitas levantadas pelo Ministério Público são infundadas.
Nenhum representante da JS Administração de Recursos ofereceu vantagem para qualquer funcionário público.
A JS não recebeu qualquer tipo de benefício no Carf. Portanto, não há justa causa para o processo.

Paralelamente, a Zelotes apura também o envolvimento de um filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro Gilberto Carvalho em um suposto esquema de venda de leis. (Com Jornal do Brasil)

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