Imagem: @graphictwister / freepik
Abandonada no mercado de capitais, a Enjoei está comprando a Elo7, o maior ecommerce de produtos artesanais e personalizados do País, numa transação que quase dobra seu faturamento, otimiza custos e turbina sua base de clientes e vendedores.
A compra acelera ganhos de escala e acontece num momento em que a Enjoei tem crescido e reduzido sua queima de caixa a cada trimestre. A companhia tem uma posição de caixa líquido de mais de R$ 300 milhões.
A Enjoei teve receita líquida de cerca de R$ 160 milhões em 2022. A Elo7, na faixa de R$ 100-120 milhões. Não está claro se a Elo7 queima ou gera caixa.
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A Etsy – o maior ecommerce americano de produtos artesanais, que vale US$ 11 bi na Bolsa de Nova York – comprou a Elo7 por US$ 217 milhões em meados de 2021 como parte de sua expansão geográfica, e agora está vendendo o ativo para a Enjoei.
A Enjoei está pagando em dinheiro – e tudo sugere um negócio de ocasião. A companhia disse que a transação não precisa de aprovação da assembleia, o que a Lei das SA permite quando o preço pago é inferior a 10% do patrimônio líquido da companhia, hoje em R$ 376 milhões.
A Elo7 tem características muito similares ao business da Enjoei: ambos são negócios peer to peer em que as mulheres são boa parte da clientela.
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As duas plataformas vão continuar operando com marcas independentes, mas a transação traz sinergias em volume de tráfego, na comunidade de vendedores, tecnologia, design, meios de pagamento e logística.
A Elo7 fez um GMV (gross merchandise value) de cerca de R$ 500 milhões em 2022 – comparado a R$ 1,1 bi da Enjoei – e adiciona 1,6 milhão de compradores ativos ao 1 milhão da Enjoei.
Mas a principal fortaleza da Elo7 são seus 50 mil vendedores de produtos artesanais, responsáveis por um catálogo que inclui presentes para festas de casamento, chás de bebê e produtos feitos no Norte, Nordeste e outras regiões do Brasil.
A Enjoei disse que a aquisição está sujeita à implementação de condições precedentes. A transação aprofunda o modelo de negócios da Enjoei, que apesar de sua reprecificação na Bolsa, não abandonou a tese que vendeu aos investidores no IPO. De lá para cá, a companhia já foi do Céu ao Inferno. Já valeu R$ 4,5 bilhões no high e R$ 150 milhões no low. (Hoje vale R$ 270 milhões.)
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