Gestão de Per/Dcomp: como controlar os créditos

Administrar uma empresa requer uma solução fiscal eficaz, que auxilie a gerir, de forma específica, cada área do negócio e que permita transformar a gestão como um todo em algo cultural dentro da organização, não apenas algo eventual que surge por uma necessidade. É o chamado compliance fiscal, que ganha cada vez mais espaço dentro das corporações. Um exemplo disso é o tratamento dado pelas empresas a Per/Dcomp – Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação.

Mesmo com várias ferramentas informatizadas, é fácil encontrar analistas e usuários que preferem utilizar planilhas para calcular e controlar os créditos e débitos escriturados na Per/Dcomp. Pior, muitos recalculam a atualização monetária dos créditos utilizando controle mensal da taxa selic de forma manual.

Se hoje a gestão deve ser confiável e segura o bastante, as empresas devem perder o medo de se desprenderem das velhas práticas para o controle de impostos, de seus créditos e débitos, suas atualizações e suas projeções futuras de utilização. Gestão tributária também passa pela Gestão de Per/Dcomp.

Os créditos tributários representam, em algumas organizações, uma grande fatia do seu ativo e apesar de não possuírem uma liquidez imediata como o caixa geral, ou os bancos, por exemplo, se bem organizadas e cuidadosamente gerenciadas podem trazer benefícios e rentabilidade a curto e médio prazo.

A Per/Dcomp é normatizada pela Receita Federal através da Instrução Normativa RFB Nº 1717, de 17 de julho de 2017 que estabelece normas sobre restituição, ressarcimento e reembolso no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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Na esfera da Per/Dcomp, são objetos de restituição e compensação as quantias recolhidas a título de tributo administrado pela Receita Federal, bem como outras receitas da União arrecadadas mediante DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais –, ou GPS – Guia da Previdência Social.

Para ressarcimento e compensação são utilizados créditos do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados –, do PIS/Pasep – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público –, da Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –,  e do Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras.

Cada um desses tributos, em cada uma dessas situações permitidas por lei (e disponibilizadas no programa da Per/Dcomp) possuem campos próprios e informações específicas a serem declaradas nos processos oriundos de contribuições, impostos e tributos federais.

Em meio a diversas formas de pedir restituição, ressarcimento ou reembolso,   pelas várias possibilidades de declarar compensação dos valores recolhidos e administrados pela Receita Federal, é imprescindível controlar de maneira ágil, segura e que visa proteger as operações realizadas mediante o programa Per/Dcomp.

Esse controle de créditos mediante a Gestão de Per/Dcomp é mais que um documento contábil para a escrituração de atos e fatos contábeis. Ele também representa mais que um controle administrativo do tanto que se tem e o quanto se gasta com a carga tributária e é mais que um mero cumprimento legal de uma burocrática obrigação acessória do Fisco.

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Controlar os créditos, atualizar os valores mensalmente, obter relatórios com os débitos baixados mediante os créditos devidamente controlados – isso é Gestão de Per/Dcomp. É parte fundamental na Gestão e Planejamento Tributário.

Todas essas ações, por meio de uma solução fiscal integrada e interligada com outras ferramentas, faz com que as empresas otimizem seu tempo, sintam-se aptas a gerenciar suas compras, obtendo mais benefícios e incentivos, explorando mercados que permitam a utilização de créditos sem que precisem desembolsar valores orbitantes e correndo o risco de receberem notificações e autos de infração por enviarem informações incorretas, justamente por não terem um sistema apto a gerenciar os créditos tributários.

Apenas com tecnologia de ponta, solução fiscal flexível e consolidada no mercado tecnológico é que pode ser feita uma Gestão de Per/Dcomp eficiente. Dessa forma, o nível de competitividade das organizações será elevado, colocando as empresas em um patamar de excelência tributária.

*Johney Laudelino da Silva é especialista em Gestão Tributária e na Solução Fiscal GUEPARDO da FH. É formado em Ciências Contábeis e possui MBA em Gerência Contábil pelo IBPEX.Sobre a FH – Com 18 anos de mercado, a FH é uma empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software. Conta com mais de 220 clientes ativos, aproximadamente 500 colaboradores, oito sedes – Curitiba, São Paulo, Porto Alegre, Joinville, Rio de Janeiro, Brasília, Stuttgart e Madrid. A FH tem atuação em mais de 30 países nos mais variados segmentos da indústria, como: varejo, manufatura, fashion, utilities, energia, financeiro, farmoquímica, agroindústria e setor público. A companhia conta com três linhas de negócio:Services, formada pelas áreas de Consulting, Technology e Fiscal – dedicadas à venda e implementação de projetos SAP, projetos omnichannel (SAP Hybris: e-commerce, marketing, faturamento, vendas e serviços em uma única solução) e projetos fiscais; Outsourcing – suporte online 24 x 7 – e Software – Solução Fiscal GUEPARDO e Camaleo (plataforma com aplicação global para desenvolvimento de soluções).Em 2016, a FH  conquistou o prêmio de melhor parceira SAP do Brasil – nas categorias SAP S/4HANA, SAP Hybris e VAR-GB. Neste ano, a companhia também recebeu o selo SAP Recognized Expertise em SAP S/4HANA, Hybris Commerce e Cloud for Costumer, que comprova a expertise da empresa, tanto em projetos omnichannel, quanto na implementação do ERP de última geração da gigante alemã. Mais informações em: http://www.fh.com.br.

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Ricardo de Freitas

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