Grupo Petrópolis/Divulgação
Mais um capítulo da novela do pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis ocorreu na última sexta, dia 26. O pedido deu entrada na 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro.
A empresa já começou a conversar com alguns credores. Todavia não tem um acordo com instituições financeiras ainda para aprovar o plano, que pode ter reajustes.
Recapitulando que em março o Grupo Petrópolis, dono de marcas de cervejas Itaipava, Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Cabaré, Cacildis, entre outras, pediu recuperação judicial. As dívidas da companhia somam R$ 4,2 bilhões. Desse total, 48% são financeiras e 52% com fornecedores e terceiros.
O maior credor é o Siena Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, com um crédito de R$ 661,6 milhões, gerido pela MAM Asset Management.
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A proposta para a reestruturação da dívida inclui a venda de parte dos ativos de energia e um deságio de até 70% do valor do crédito de fornecedores e credores financeiros que não colaborarem com o fornecimento para a empresa, e ou não aceitarem dar fiança bancária ou liberar garantias.
O Grupo Petrópolis é do empresário Walter Faria. A empresa propõe duas formas de pagamento. A primeira contempla pagamento de até R$ 10 mil até 30 dias após a homologação do plano.
A segunda prevê um deságio de 70% no valor da dívida. Com o restante sendo pago em dezembro de 2035 corrigidos pelo IPCA, até o limite de 1,5% ao ano para as dívidas em reais.
Já para os fornecedores, a empresa também propõe duas opções de pagamento, sendo a primeira de até R$ 3,5 mil até 30 dias após a homologação do plano, e a segunda também contempla um deságio de 70% do valor da dívida.
Para os credores que aceitarem colaborar com a companhia, a empresa está propondo condições melhores de pagamento, sem deságio no valor da dívida.
Os recursos a serem levantados com a venda de parte dos ativos de energia via leilão, que incluem centrais hidrelétricas, serão usados para o pagamento das debêntures e o restante para quitar a dívida com demais credores.
A Recuperação Judicial é um meio utilizado por empresas para evitar que sejam levadas à falência. O processo permite que companhias suspendam e renegociem parte das dívidas acumuladas em um período de crise, evitando o encerramento das atividades, demissões e falta de pagamentos.
Ela tem como objetivo principal apresentar um plano de recuperação, que mostre aos credores que a empresa possui condições de se reerguer, caso consiga renegociar suas dívidas.
O Grupo Petrópolis é assessorado pelos escritórios Galdino, Coelho, Pimenta, Takemi, Ayoub Advogados e Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo e Cotta Advogados.
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