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Então, como é que um surto provocado por um vírus que “mata menos” e tenta se adaptar para ser mais facilmente transmitido chega ao fim? Há basicamente três formas, segundo especialistas.
“A epidemia pode dizimar toda uma população, o que significaria um fracasso para um vírus, porque ele morre junto”, afirma Sprinz.
“Foi o que aconteceu com o vírus da Sars, que foi contido com medidas de bloqueio da transmissão e simplesmente desapareceu”, afirma Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro.
A terceira forma de conter o surto seria com um processo de imunização do hospedeiro. Chebabo diz que isso é uma questão de tempo.
“Um exemplo foi a pandemia de H1N1. No início, ninguém tinha imunidade, e houve uma disseminação enorme, matando muita gente. Mas esse é um processo lento gradual, que pode levar meses ou menos anos”, diz o infectologista.
Uma forma mais eficiente de gerar essa imunização e conseguir erradicar uma doença em seres humanos é ter uma vacina.
A dificuldade diante desta epidemia de coronavírus, em comparação com surtos de gripe, causados pela família de vírus influenza, é que já existiam vacinas para vírus influenza e bastava adaptá-las, mas ainda não há uma vacina para os coronavírus.
O desenvolvimento de uma vacina é um processo longo e demorado e que precisa passar por diferentes fases de estudos com animais e seres humanos para garantir que é segura e eficaz.
Por isso, é esperado ao menos por enquanto que o número total de casos confirmados continue a subir, porque a exposição de pessoas ao vírus progride em escala geométrica.
O melhor a fazer no momento é ter ações coordenadas de vigilância epidemiológica e dos serviços de saúde para bloquear a disseminação do novo coronavírus, diz Spilki.
“Isso é fundamental, porque, com o tempo, surgem tratamentos mais eficazes, eliminando o vírus. No longo prazo, se necessário, podemos recorrer à vacinação, mas infelizmente temos que ser pessimistas quanto a essa possibilidade no momento.”
Esta matéria foi inspirada em um resumo da https://www.bbc.com/
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