Imposto sobre herança mudou; veja o que você tem que saber / Imagem freepik
Se você acha que planejar herança é coisa para o futuro, talvez seja hora de repensar. O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) vai mudar, e quem não se preparar pode acabar pagando bem mais. A nova regulamentação prevê alíquotas progressivas, que podem chegar a 8%, dependendo do valor do patrimônio. Mas a preocupação vai além disso: algumas propostas no Congresso sugerem que essa taxa possa subir ainda mais no futuro, chegando a 15% ou até 20%.
Até então, cada estado definia sua própria alíquota, e algumas famílias conseguiam reduzir o imposto mudando o endereço fiscal para locais com taxas menores. Mas essa estratégia está com os dias contados. Com a nova regulamentação, a progressividade do ITCMD será unificada, evitando essa prática. Ou seja, para algumas pessoas, o imposto pode dobrar, enquanto para outras, a carga pode ser reduzida.
A mudança já está fazendo muita gente correr atrás de especialistas em planejamento sucessório. Afinal, pagar mais imposto nunca é algo que se aceite de bom grado. Mas existem algumas saídas para minimizar esse impacto. Uma das principais é a doação em vida. Hoje, essa modalidade continua com uma alíquota fixa de 4%, o que pode representar uma economia significativa. Mas há outro caminho: a criação de uma holding familiar.
Se você ainda não ouviu falar em holding familiar, talvez seja a hora de conhecer. Essa é uma estrutura que permite administrar os bens e patrimônio de uma família dentro de uma empresa. Em vez de os herdeiros receberem diretamente imóveis, investimentos e outros ativos, eles passam a deter quotas dessa empresa, o que pode reduzir o impacto do ITCMD.
Na prática, significa que a sucessão de herança se torna mais simples e menos onerosa. Mas não é só questão de imposto. A holding também ajuda a evitar conflitos entre herdeiros, pois estabelece regras claras de gestão e distribuição do patrimônio. E tem mais: como a empresa é uma pessoa jurídica, ela pode usufruir de regimes tributários mais vantajosos, reduzindo os custos na administração do dinheiro e dos bens.
Mas não é tão simples assim. Para funcionar bem, uma holding precisa ser planejada com cuidado. Caso contrário, pode gerar dores de cabeça em vez de soluções. Por isso, contar com uma assessoria especializada é fundamental para garantir que a estrutura atenda às necessidades da família sem riscos futuros.
Se você está pensando em driblar as novas regras da herança, é melhor repensar. A Receita Federal já informou que vai aumentar a fiscalização para evitar fraudes e evasão fiscal. Ou seja, qualquer manobra para fugir do ITCMD pode sair caro no futuro.
A mudança também afeta famílias que têm patrimônio no exterior. Nesse caso, a alternativa pode ser uma holding internacional, que permite administrar os bens em outros países com regras tributárias diferentes. Mas essa estratégia também exige atenção, pois as leis brasileiras estão cada vez mais alinhadas às normas internacionais para evitar sonegação.
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Essa é a pergunta que muitos estão se fazendo. E a resposta é: depende. Para quem tem um grande patrimônio, antecipar a herança por meio de doação pode fazer sentido, já que a alíquota de 4% ainda se mantém. Mas é preciso avaliar caso a caso.
O que parece certo é que a tributação sobre heranças tende a aumentar com o tempo. A nova regra fixa o teto em 8%, mas existem propostas que podem elevar essa taxa nos próximos anos. Em outros países, como os Estados Unidos e a Alemanha, os percentuais são bem mais altos, chegando a 40% e até 50% em alguns casos.
O tema ainda gera polêmica, pois há quem defenda que heranças devem ser mais tributadas para reduzir desigualdades. Mas também há o argumento de que aumentar impostos sobre patrimônio pode desestimular investimentos e gerar fuga de capitais.
O que não dá para fazer é ignorar a mudança. Com a nova tributação, vale a pena avaliar as alternativas para evitar surpresas desagradáveis. Seja por meio de doação em vida, seja estruturando uma holding, a palavra-chave é planejamento. Quem se adiantar pode economizar um bom dinheiro e garantir que o patrimônio passe para os herdeiros sem tantos custos extras.
Se você ainda não pensou nisso, talvez seja a hora de colocar esse assunto na mesa. Porque, se tem uma coisa certa, é que o Leão nunca perde a chance de aumentar a mordida.
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