Imagem: leonidassantana / freepik
Em uma era onde a informação digital é tão valiosa quanto a moeda, a segurança de dados pessoais torna-se um pilar essencial de confiança entre instituições e cidadãos. Esta confiança foi abalada para milhões de brasileiros, quando, na última segunda-feira, dia 9, o Sigilo anunciou a disponibilidade de uma plataforma de consulta para os antigos beneficiários do Auxílio Brasil.
O objetivo é que possam verificar se suas informações confidenciais foram expostas durante o grande vazamento de dados ocorrido em 2022. Em menos de 24 horas após o lançamento da plataforma, já se contabilizava um total superior a 800 mil registros de indivíduos ansiosos por notícias sobre a integridade de seus dados.
A situação ganhou contornos judiciais no mês de setembro, quando o juiz Marco Aurélio de Mello Castrianni, representando a 1ª Vara Cível Federal de São Paulo, emitiu uma sentença determinando que entidades como a Caixa Econômica Federal, a União, o Dataprev e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD) deverão compensar os cerca de 4 milhões de afetados com uma indenização de R$ 15 mil cada.
O estopim para essa investigação foi a publicação explosiva feita pelo The Brazilian Report em outubro de 2022. A reportagem revelou que correspondentes bancários teriam se aproveitado de informações de beneficiários para promover serviços e produtos financeiros. Entre as várias intenções por trás desse ato, destaca-se a promoção de crédito consignado, uma modalidade de empréstimo que foi recentemente estendida aos beneficiários do Auxílio Brasil pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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No cerne do vazamento, encontram-se informações pessoais críticas: desde endereços residenciais, números de celular, e valores dos benefícios recebidos, até datas de nascimento, além dos números do Número de Identificação Social (NIS) e do CadSUS. Esses detalhes, essenciais para a privacidade e segurança dos cidadãos, agora estão, infelizmente, expostos.
Portanto, para descobrir se seus dados foram comprometidos e se você é elegível para a indenização de R$ 15 mil, os beneficiários do Auxílio Brasil devem visitar o site do instituto. Lá, procure pela opção “conferir se tenho direito” e esteja preparado para fornecer informações pessoais como CPF, número de telefone, nome completo e endereço de e-mail.
O próximo passo é crucial: ler e concordar com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do site. Isso é essencial para prosseguir com o processo.
Para aqueles interessados em acompanhar de perto os desenvolvimentos desse caso, existe a opção de se associar ao Sigilo. Como associado, você será mantido informado sobre as atualizações do caso, seja por e-mail, telefone ou WhatsApp.
“O ponto de partida é manifestar interesse. Aconselhamos, embora não seja um requisito, que os beneficiários se associem ao Sigilo. Isso facilita o processo, pois a Justiça os reconhecerá como representados diretamente na ação movida pela entidade”, esclareceu o presidente do Sigilo, Victor Hugo Pereira Gonçalves.
É importante destacar que não há custos iniciais para participar da ação. No entanto, se a ação judicial for bem-sucedida, uma parte da indenização será utilizada para cobrir os honorários dos especialistas jurídicos envolvidos.
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