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Índice de Confiança do Consumidor cai 10,1% na capital paulista

Em virtude da pandemia do coronavírus, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na capital paulista passou de 124,6 pontos para 112, em abril, queda de 10,1%, de acordo com informações divulgadas hoje (22), pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que representa 1,8 milhão de empresários. O indicador apresentou recuo pelo segundo mês consecutivo e é 8% inferior ao de abril de 2019.

O ICC é composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que caíram, respectivamente, 12,1% e 9,1%. No comparativo anual, as quedas foram de 3,6% e 10,1%. Para calcular o índice, foram ouvidos 2,1 mil consumidores do município.

A baixa do Índice de Consumo das Famílias (ICF), também medido pela instituição, foi de 7% neste mês e de 1,1% em relação a abril de 2019. Em março, o ICF somava 106,2 pontos, que caíram para 98,8. Os itens que se destacaram mais fortemente foram momento para duráveis (-15,5%) e perspectiva de consumo (- 9,4%). São analisados mais cinco itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito e nível de consumo atual. No caso do ICF, a amostragem é de 2,2 mil habitantes.

Endividamento de famílias

O levantamento da FecomercioSP revela ainda que 63,7% das famílias que vivem no município de São Paulo têm dívidas em aberto. Desse total, 852.538 lares (21,6%) estão inadimplentes, ou seja, já estão atrasando contas. Apesar disso, 87,5% das 2,2 mil pessoas consultadas para a sondagem declararam que não planejam fazer empréstimos nos próximos três meses.

Para 63,3% dos entrevistados, os cartões de débito e crédito têm sido a melhor forma de efetuar pagamentos, inclusive em ambiente virtual. Trata-se do maior percentual atingido desde setembro de 2019, quando a questão passou a constar do levantamento da FecomercioSP.

Em nota, a federação faz recomendações ao empresariado. A entidade pede que os comerciantes continuem disponibilizando meios de pagamento alternativos por meio online, como PicPay, Mercado Pago e AME, para evitar a exposição de funcionários ao contato físico que ocorre quando o cliente precisa usar a máquina de cartão.

A Fecomercio SP destaca ainda a importância de o empresariado renegociar dívidas neste momento e de pedir descontos a fornecedores e também no pagamento do aluguel das lojas. “Além disso, deve fazer promoções para não ficar com estoques elevados”, finaliza.

Fonte: Agência Brasil

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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