Existe um projeto de Lei 1.6415/2019, que propõe a inclusão da visão monocular como deficiência sensorial, do tipo visual, já foi aprovado pelo Senado e agora tramita na Câmara.
Com essa nova criação da Lei Federal acerca do tema, as pessoas com visão limitada a apenas um olho terão os mesmos direito e benefícios das pessoas com deficiência.
O que é visão monocular?
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) define que visão monocular é quando o cidadão dispõe de apenas 20% ou menos de deficiência visual em um olho.
As pessoas com visão monocular perdem cerca de 25% do campo visual e têm problemas para definir profundidade.
É limitada a sensação de espaço tridimensional, o que pode ocasionar colisões em objetos e dificuldade de locomoção em escadas e meios-fios.
Dirigir, atravessar ruas, praticar esportes estão entre as atividades que ficam prejudicadas por conta da visão monocular, já que exigem visão periférica.
A legislação proíbe, por exemplo, que portadores de visão monocular utilizem veículos automotores para fins profissionais.
E essa é só uma entre as muitas profissões que rejeitam trabalhadores com essa característica.
Porém na prática para considerar quem é deficiente visual, restringem essa condição apenas aos cegos e pessoas com visão muito baixa.
Qual a vantagem de ser considerado deficiente?
Existem muitas vantagens, principalmente por que hoje o cidadão com visão monocular tem a deficiência e só compartilha dos impedimentos e dificuldades.
Com a aprovação da lei, os portadores terão acesso a todos os serviços que envolvam políticas públicas de acessibilidade, educação inclusiva, direito à reserva de vagas em concursos públicos federais, restituição do imposto de renda, entre outros.
É importante ressaltar que os tribunais superiores já reconhecem esses direitos aos portadores de visão monocular, manifestadas em diversas decisões.
É um entendimento que se estende para a esfera previdenciária, como veremos a seguir.
O que muda em relação à previdência?
O poder judiciário tem um entendimento que, se o portador de visão monocular, na condição de deficiente, tem direito reconhecido à reserva de vaga em concurso público e à isenção de Imposto de Renda, também deve ter acesso aos benefícios previdenciários.
É um ponto positivo considerando que uma ação judicial oferece boas chances de sucesso.
Porém a fala da Lei Federal provoca muitos incômodos aos cidadãos, pelo fato de não conseguirem garantir seus direitos pelas vias administrativas do INSS.
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Resumindo, os direitos dos cidadãos com visão monocular, perante a Previdência, são os mesmos reservados aos portadores de deficiência.
Aposentadoria da pessoa com deficiência
A Reforma da Previdência não traz inicialmente alterações sobre a aposentadoria da pessoa com deficiência, portanto a concessão do benefício continua seguindo os termos da Lei Complementar 142/2013.
O tempo mínimo de contribuição exigido para a concessão da aposentadoria varia conforme o grau da deficiência, que pode ser leve, moderada ou grave.
Sendo assim o valor do benefício na aposentadoria da pessoa com deficiência é de 100% do salário de benefício, que é determinado a partir da média aritmética das 80% melhores contribuições desde julho de 1994.
Aposentadoria da pessoa com deficiência por idade
Na aposentadoria por idade comum a idade mínima é de 65 anos para homens e 60 para mulheres, no caso da pessoa com deficiência a idade cai para 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.
Até mesmo depois da Reforma os trabalhadores com deficiência ainda têm a opção de se aposentar aos 15 anos de contribuição e 60 anos de idade se homem e 55 anos de idade se mulher, independentemente do grau de deficiência.
A aposentadoria por idade do deficiente, o valor será de 70% mais 1% para cada ano trabalhado.
É importante lembrar que nesta categoria de aposentadoria o fator previdenciário só é aplicado se for mais benéfico ao requerente, ou seja, se o fator for positivo.
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Por Laís Oliveira
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