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Justiça autoriza nova recuperação judicial da Oi

Novamente a Oi está em recuperação judicial, isso porque o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da empresa de telecomunicações. O juiz da 7ª Vara Empresarial, Fernando Viana foi quem aceitou nesta quinta-feira (16), o pedido da Oi.

Em 2016, a Oi entrou com seu primeiro pedido de recuperação judicial, quando sua dívida estava em R$ 65 bilhões. Em dezembro de 2022, a sentença de encerramento do processo saiu. Porém, a tele segue com débitos de R$ 43,7 bilhões.

Com a decisão do juiz, foram congeladas as execuções de dívidas da Oi. No entanto, a empresa terá 60 dias para apresentar um plano de pagamento aos seus credores. A maior parte das dívidas da Tele são com investidores de títulos, agências de crédito e bancos.

Pedido feito em fevereiro

Em fevereiro deste ano, a Oi pediu à Justiça do Rio de Janeiro uma liminar que a proteja de credores com os quais detém cerca de R$ 29 bilhões em dívidas, incluindo bancos e detentores de títulos. 

A empresa de telecomunicações propôs a seus credores um plano que prevê o corte da dívida pela metade e a injeção de dinheiro novo para garantir a continuidade das operações e a capacidade futura da tele honrar os pagamentos. 

Tudo indica que parte dos credores da Oi já aderiram ao plano, o que deve abrir caminho para as negociações para a aprovação do plano de recuperação judicial nos próximos meses, segundo informou Rodrigo Abreu, presidente da Oi. 

No despacho, o juiz Fernando Viana admitiu que um novo pedido de recuperação da mesma empresa ou grupo econômico é algo raro, mas legalmente possível.

Anatel acompanha a situação da Oi de perto

A atual situação da Oi vem sendo acompanhada de perto pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A Agência deverá verificar se a Oi está garantindo a manutenção da prestação de serviços públicos, como a telefonia fixa (chamado tecnicamente de STFC), oferecido sob regime de concessão.

Esse novo pedido de recuperação judicial não deverá mudar a situação regulatória da empresa, visto que a Oi não possui dívidas com a Anatel. Durante a primeira recuperação, a Anatel cumpriu ambos os papéis de credor e regulador.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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