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Lei autoriza o governo usar a Reforma do IR para custear Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil é atualmente a menina dos olhos do Governo Federal, que precisa encontrar o mais rápido possível uma maneira de bancar o novo programa. O presidente quer que o novo programa que vai substituir o Bolsa Família começasse a vigorar ainda em 2021, já que no ano que vem as coisas vão se complicar devido à lei eleitoral.

O Ministério da Economia encontrou uma forma de custear o Auxílio Brasil, usando a Reforma do Imposto de Renda, mas que só poderia ser usada a partir de 2022. A equipe econômica acredita que até dezembro deste ano, a reforma do IR entrará em vigor, o que assegura o cumprimento da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Foi por isso, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou com vetos o projeto de lei que autoriza o governo a usar a reforma do Imposto de Renda (IR) para custear a criação do Auxílio Brasil, que deverá substituir o Bolsa Família. O texto da lei sancionada foi publicado no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (5).

A lei que foi sancionada também permite um remanejamento interno de recursos no Ministério da Cidadania que possa ser lançado o Auxílio Brasil ampliado ainda neste ano.

Para ampliar o programa social, o governo precisará de R$ 9,3 bilhões só em 2021. Existe uma esperança do governo que o valor seja coberto por uma sobra do orçamento do Bolsa Família, que seria de R$ 7,7 bilhões e pela arrecadação extra com o aumento do IOF, algo em torno de R$ 1,6 bilhão.

O Bolsa Família, atualmente, atende a 14,6 milhões de famílias. O desejo do governo é lançar o Auxílio Brasil em novembro, aumentando para 17 milhões o número de famílias atendidas. Para isso, será elevado os atuais R$ 189 do Bolsa Família para R$ 300.

A Câmara dos Deputados no início de setembro aprovou a Reforma do Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas, empresas e investimentos. No entanto, ainda não foi analisada pelo Senado Federal.

O que chamou a atenção foi um comentário do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao dizer que a reforma do Imposto de Renda não pode ser ‘condição única’ para financiar o auxílio Brasil.

Nova lei

O texto sancionado na terça-feira, altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 e autoriza o governo a contar com projetos que ainda estão tramitando no Congresso Nacional. Desta forma, o governo teria um meio de compensar os gastos com programas de transferência de renda neste ano.

No Congresso, a nova medida está sendo encarada como uma espécie de “pedalada fiscal” e que o governo estaria indevidamente contornando a LRF.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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