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Lei para renegociar e até esquecer dívida de idosos; como funciona

A pessoa idosa também possui dívida, mas há algumas vantagens que merecem ser conhecidas na hora de regularizar a situação financeira.

por Rodrigo Peronti
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A pessoa idosa também possui dívida, mas há algumas vantagens que merecem ser conhecidas na hora de regularizar a situação financeira.

Imagine a seguinte cena: um aposentado, depois de décadas de trabalho, finalmente quer curtir a vida com um pouco mais de tranquilidade, mas descobre que as dívidas estão consumindo boa parte da sua renda. Parece um pesadelo, mas, felizmente, existe uma legislação que pode ajudar. A chamada Lei do Superendividamento, em vigor desde 2021, oferece uma saída para idosos que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo a renegociação e, em alguns casos, até a isenção de dívidas.

O que essa lei sobre dívida faz?

A Lei do Superendividamento foi criada com um objetivo muito claro: proteger consumidores que se encontram em uma situação financeira insustentável. E quem mais precisa dessa proteção? Os idosos, claro! Com renda geralmente fixa e custos crescentes, muitos acabam se endividando com empréstimos, financiamentos e contas do dia a dia.

A legislação trouxe mudanças no Código de Defesa do Consumidor, estabelecendo mecanismos que impedem que as dívidas consumam mais do que 25% da renda mensal do idoso. Assim, ele consegue manter sua subsistência sem comprometer o básico, como alimentação, moradia e saúde.

Quais dívidas podem ser renegociadas?

A boa notícia é que diversos tipos de dívidas podem entrar nessa renegociação, como:

  • Contas de serviços essenciais (água, luz, gás);
  • Empréstimos bancários e crédito consignado;
  • Parcelamentos de compras feitas no comércio.

Isso significa que, se um idoso estiver com dificuldades para pagar essas contas, ele pode buscar uma renegociação para aliviar o peso das parcelas no orçamento mensal.

Como funciona a renegociação da dívida?

Se a dívida está consumindo uma fatia muito grande da renda do idoso, ele pode buscar diretamente os credores – bancos, empresas de energia, operadoras de cartão de crédito – e pedir uma renegociação baseada na Lei do Superendividamento.

As instituições financeiras, por exemplo, são obrigadas a apresentar opções viáveis para a quitação do débito. Isso pode incluir:

  • Redução de juros;
  • Extensão do prazo de pagamento;
  • Parcelamento mais suave.

Caso o credor se recuse a negociar ou tente impor condições abusivas, o idoso pode recorrer ao Procon ou até mesmo à Justiça. As empresas que não respeitarem as diretrizes da lei podem ser penalizadas.

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E a possibilidade de isenção da dívida?

Agora vem a cereja do bolo: em alguns casos, a dívida pode até ser perdoada! Isso acontece quando fica comprovado que a pessoa simplesmente não tem condições de pagar sem comprometer sua subsistência.

Claro, isso não significa que qualquer um pode sair zerando as dívidas – cada caso é analisado individualmente, e a decisão depende de fatores como renda, tipo de dívida e histórico de pagamentos. Mas para quem realmente não tem saída, essa medida pode ser um verdadeiro alívio.

Por que essa lei é tão importante?

A Lei do Superendividamento não só protege os idosos de cair em armadilhas financeiras, mas também os ajuda a recuperar o controle da própria vida. Muitas vezes, o endividamento excessivo gera estresse, ansiedade e até problemas de saúde. Com a possibilidade de renegociação ou isenção, eles podem respirar mais aliviados e seguir em frente sem o peso das dívidas nas costas.

Portanto, se você tem um parente ou amigo nessa situação, vale a pena ajudá-lo a entender seus direitos. E se você mesmo precisa dessa ajuda, não hesite em procurar as instituições financeiras ou os órgãos de defesa do consumidor. A Lei do Superendividamento está aí para garantir que ninguém fique refém de dívidas impagáveis!

Em resumo, ninguém precisa viver preso a boletos que nunca acabam. Com informação e ação, é possível renegociar e, em alguns casos, até esquecer aquelas dívidas que parecem impossíveis de pagar.

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