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O perfil de líder servidor terá uma atuação crucial agora no período de turbulências causadas pelo novo coronavírus.
Trabalhar remotamente foi uma ação forçada, logo a equipe que não estava habituada a esse cenário pode sofrer impactos, sobretudo na comunicação e no lidar com essa realidade conflitante.
Esse é um cenário sensível para repensar em modelos ajustáveis e focar principalmente no bem-estar do time e na qualidade da liderança para agir como intermediária, direcionar e ouvir com empatia.
O líder servidor será fundamental para que a empresa enfrente esse momento sem grandes perdas, preservando a saúde emocional dos seus colaboradores e a sustentabilidade do fator humano.
A Plano Consultoria destaca condutas importantes por parte da liderança em cenários como o atual de pandemia, de insegurança, isolamento e turbulências socioeconômicas.
O conceito de ‘Servant leandership’ não é novo, pertence a uma filosofia antiga chinesa conceituada por Lao Tzu, uma figura lendária na China e propagador de diversas ideias relacionada a movimentos anti-autoritários.
É uma mudança de padrão relacionada a liderança.
A pirâmide de poder é invertida em determinados aspectos (não em todos), uma vez que o líder precisa praticar o seu ofício de direcionamento.
No lugar das pessoas trabalharem para servir a um líder ou determinações impostas por ele, são orientadas a desempenhar suas funções com propósito, criatividade e maior autonomia.
Liderar times remotos será um desafio para a maioria das empresas.
Além das questões práticas de organização da rotina, execução das tarefas, a delicadeza do cenário e o despreparo das pessoas para lidar com o que antes não estavam habituadas, devem ser considerados.
Um estudo publicado pela Mercer Brasil, empresa americana de consultoria em recursos humanos, divulgou que 22% das organizações entrevistadas tiveram problema com infraestrutura e na adequação da política ao trabalho remoto.
Dançar conforme a música ou criar novas estratégias? Ana Lucia Caltabianco, executiva de Recursos Humanos da GE destaca em entrevista para a AMCHAM Brasil que o cenário atual está delicado para criar regras ou estabelecer planejamentos, aconselhando que as empresas se ajustem às necessidades do time, como horários, disponibilidades e ‘dancem conforme a música’.
Outro ponto em destaque na pesquisa realizada pela Mercer é que boa parte das pessoas que estão trabalhando remotamente neste momento, não haviam tido experiências anteriores.
Entre as organizações entrevistadas, 15% das empresas estão oferecendo o trabalho remoto e jornadas flexíveis por conta da Covid-19.
‘Escutar mais’ é dito ou lido com certa frequência em matérias direcionadas para a liderança, no entanto, nunca foi tão necessário quanto no momento atual.
A maioria das pessoas dessa geração nunca vivenciou um cenário de pandemia que pudesse impactar de maneira tão drástica sua rotina.
Para colaboradores que precisam conciliar família e crianças essa jornada pode ser extenuante e a princípio exigir organização extra.
A liderança nesse momento terá de ouvir essas diferentes realidades e atuar com empatia para apresentar soluções que possam ajudar o colaborador que estiver enfrentando dificuldades.
O distanciamento físico entre empresa e colaborador vai exigir uma maior aproximação emocional e preparo para lidar com diferentes realidades.
Todo ser humano tem o seu limite e pode sofrer de sobrecarga, tal como o líder deve enxergar o seu time com empatia, o time deve adotar condutas proativas e por vezes tomar decisões na ausência do líder.
A gestão humana será muito importante para que que o trabalho seja realizado com harmonia e menos impactos possíveis, seja de ordem prática ou na saúde e bem-estar dos colaboradores.
Ana Caltabianco, executiva de Recursos Humanos da GE, orienta que cultivar em primeiro momento uma conversa individual será muito importante por parte da liderança.
Entender qual a perspectiva de cada colaborador, o estresse enfrentado ou mesmo a situação que a pessoa vive em casa, como pode se organizar melhor.
“O remoto tem muito mais a ver com entender de gente, do que entender sobre negócios”. Elton Moraes, Consultor Sênior da Mercer Brasil.
Esse não é momento de rever metas, por exemplo, mas oferecer ao colaborador um cenário de acolhimento para que as atividades que a organização precisa realizar sejam executadas de maneira harmônica para todo o time.
Organizações irão necessitar de estratégias relacionadas a atitudes humanas para enfrentar esse momento e, diariamente, tirar grandes aprendizados a nível pessoal e profissional.
A prática de fazer junto, pensar junto e sentir junto, será imprescindível durante o cenário de pandemia.
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