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Lira cobra do governo alternativa para o auxílio emergencial

O auxílio emergencial se tornou assunto principal na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O governo está sendo pressionado a tomar uma providência em relação ao benefício.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, começou a cobrar do governo uma alternativa para o auxílio emergencial. Nesta quinta-feira (11), ele falou que a situação de trabalhadores e afetados economicamente pela pandemia do novo coronavírus “está ficando crítica”.

No ano passado, o governo pagou entre abril e dezembro o auxílio emergencial. Ao encerrar os pagamentos, o governo deixou muitos trabalhadores sem nenhuma alternativa, já que não conseguiram nenhuma atividade, além de terem uma perda expressiva na renda.

O governo já admite o retorno do benefício, mas quer que seja com valores menores. As primeiras parcelas pagas em 2020 eram de R$ 600,00.

O governo tenta encontrar uma forma de pagar o auxílio sem piorar ainda mais as contas públicas, já fortemente impactadas pelos efeitos da pandemia.

Integrantes do governo estão tentando alternativas para a volta do auxílio emergencial, por isso eles têm se encontrado com parlamentares para uma solução em relação de onde virão os recursos para pagar o benefício.

Enquanto isso Lira cobra do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma solução.

“Urge que o ministro Guedes nos dê, com sensibilidade do governo, uma alternativa viável dentro dos parâmetros da economia, como ele pensa e como a sociedade deseja. A situação está ficando crítica na população e a gente tem que encontrar uma alternativa”, acrescentou.

O problema é que o Orçamento da União para 2021 ainda não foi aprovado. Com isso, o governo só pode gastar por mês o equivalente a 1/12 do previsto na peça orçamentária. O Orçamento, como foi enviado ao Congresso, não previa gastos com o auxílio.

“Se nós tivermos alguma ‘excepcionalização’ com relação à calamidade pandêmica, acho que o governo tem os mecanismos para solucionar isso rápido”, argumentou o presidente da Câmara.

Porém, deixou claro, que qualquer solução deverá respeitar a regra do teto de gastos.

“Nada fora do teto. Não há possibilidade de fazer nenhum movimento que quebre as regras que nós mesmos criamos de legislação a não ser com a pandemia, com uma segunda onda muito grave, que o governo teria seus mecanismos para ‘startar’”, afirmou.

Lira lembrou que a discussão sobre eventual pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial não precisa estar vinculada à tramitação das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tratam da retomada da agenda econômica, como a PEC Emergencial.

“As PECs caminharão independente disso. Agora, é lógico que elas são um subsídio importantíssimo de sinalização de uma estabilização econômica, social, de destravamento do crescimento do Brasil, e isso impacta diretamente no humor, na economia e na facilitação dos temas como o auxílio ou a criação, que nós sempre defendemos, a criação de um novo programa. O auxílio seria transitório até chegarmos neste ponto”, afirmou.

Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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