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Lula bate o martelo e retira impostos de vários produtos; café está na lista

Se você tem notado os preços dos alimentos subindo sem parar, pode respirar aliviado (pelo menos um pouco). Mas será que essa medida vai mesmo fazer diferença no bolso? O governo federal anunciou que vai zerar a tarifa de importação de vários produtos essenciais, incluindo café, açúcar, milho, carne e azeite. A decisão faz parte de um pacote de ações que tem como objetivo reduzir o custo dos alimentos para os consumidores. Mas antes de comemorar, é importante entender como essa mudança vai funcionar.

O que muda com a isenção de impostos?

A medida foi anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, ao lado do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, após uma reunião com representantes do setor produtivo. Mas calma, essa mudança não entra em vigor imediatamente – ela ainda precisa passar pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). Segundo Alckmin, isso deve acontecer nos próximos dias.

Com essa decisão, o governo deixará de arrecadar os seguintes impostos:

Carne – Redução da alíquota de 10,8%;

Café – Corte de 9% nos impostos;

Açúcar – Eliminação da alíquota de 14%;

Milho – Fim da cobrança de 7,2%;

Óleo de girassol, óleo de palma, sardinha e massas alimentícias – Também terão impostos zerados.

Mas por que zerar essas tarifas? Segundo o governo, o objetivo é baratear os preços ao consumidor e conter a inflação dos alimentos, que tem sido uma preocupação constante para a gestão federal. Mas será que isso vai, de fato, fazer os preços caírem nas prateleiras?

Veja a publicação:

O impacto real para o consumidor

Zerar impostos de importação significa que os produtos vindos de fora do Brasil poderão chegar ao mercado interno com preços menores. Mas a grande questão é: isso realmente fará diferença no custo dos alimentos que compramos todos os dias?

Especialistas afirmam que essa medida pode, sim, ajudar na redução de preços, mas não imediatamente. Os produtos precisam ser importados, distribuídos e comercializados, o que pode levar algum tempo. Além disso, o câmbio e o custo do frete internacional também influenciam os preços. Ou seja, pode ser que os efeitos reais só sejam sentidos nos próximos meses.

Outro ponto de debate é o impacto para os produtores nacionais. Mas será que essa medida pode prejudicar a produção interna? Segundo Alckmin, o governo acredita que não. Ele reforçou que a isenção não afetará a competitividade dos produtores locais, já que o foco é equilibrar o mercado e evitar que os preços dos alimentos continuem subindo sem controle.

Outras ações para reduzir o preço dos alimentos

Além da isenção dos impostos de importação, o governo anunciou outras iniciativas para tentar reduzir os preços dos alimentos. Entre elas:

📌 Ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) – Isso permitirá que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados em estados e municípios possam ser vendidos em todo o Brasil. Com mais oferta no mercado, espera-se uma redução nos preços.

📌 Reforço nos estoques públicos de alimentos básicos – O governo quer aumentar os estoques de produtos essenciais para evitar altas bruscas nos preços em momentos críticos.

📌 Plano Safra com prioridade para a produção de itens da cesta básica – O governo pretende estimular a produção interna de alimentos essenciais, garantindo crédito facilitado para produtores que abastecem o mercado interno.

Veja mais:

A comida vai realmente ficar mais barata?

O anúncio da isenção de impostos sobre produtos essenciais pode ser um passo importante para conter a inflação dos alimentos, mas os efeitos não serão imediatos. Fatores como câmbio, custo de transporte e demanda internacional ainda podem influenciar os preços.

Além disso, a medida deve ser acompanhada de ações estruturais, como incentivo à produção nacional e melhoria na distribuição dos alimentos. De qualquer forma, para os consumidores, qualquer ação que possa ajudar a aliviar o peso do supermercado no orçamento já é uma boa notícia.

Agora, resta esperar para ver se essa redução de impostos realmente vai se traduzir em preços mais baixos nas gôndolas. Mas, por enquanto, a promessa está feita!

Rodrigo Peronti

Rodrigo é jornalista com mais de 12 anos de experiência e atuou em grandes veículos de comunicação.

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